Capítulo 23 - A Revelação na Escuridão

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A noite caía novamente sobre a floresta, cobrindo tudo com um véu de sombras e mistério. Alara sentia o ar mais denso, o vento sussurrando segredos que ela não podia entender. Seus pensamentos estavam emaranhados na última conversa com Tharok, onde ele quase revelou algo importante, mas se conteve, como se o peso do segredo fosse grande demais para ser dito.

Ela caminhava pelos trilhos que conhecia tão bem agora. Cada passo era uma batalha contra o medo, mas também contra a atração perigosa que sentia por Tharok. A cada encontro, sentia-se mais envolvida, como se estivesse presa em uma teia invisível que ele tecia ao redor dela. E, estranhamente, ela não queria sair.

Ao se aproximar da cabana de Tharok, algo estava diferente. O silêncio da floresta parecia mais profundo, opressor. Ela abriu a porta devagar e o encontrou ali, sentado, com a máscara ao lado, revelando o rosto marcado por cicatrizes e uma expressão sombria.

"Você veio," ele disse em um tom grave, sua voz ecoando na pequena morada.

Alara assentiu, sem palavras, sentindo a eletricidade no ar.

"Está na hora de você saber a verdade", disse ele, levantando-se e caminhando em sua direção. "Não sou apenas um assassino mascarado, Alara. Eu fui criado para isso, mas há algo em você que muda tudo."

Ela ficou imóvel enquanto ele falava, seus olhos fixos nos dele. Havia uma intensidade em sua voz que a fazia estremecer, mas não de medo. O ar entre eles parecia vibrar, como se uma força invisível os empurrasse um para o outro.

"Eu não posso continuar fingindo que sou apenas isso", ele continuou, sua voz mais baixa agora, quase um sussurro. "Há mais sobre quem eu sou e sobre o que está acontecendo aqui. E você está no centro disso, quer ou não."

Antes que ela pudesse responder, Tharok avançou, seus olhos queimando com um desejo incontrolável. Ele a puxou para si, seus lábios encontrando os dela com uma urgência que quase a deixou sem fôlego. O toque dele era ardente, como se o fogo que sempre estava à beira de consumi-los finalmente tivesse sido aceso.

O beijo durou o que pareceu ser uma eternidade, e quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, como se tivessem corrido uma longa distância. Alara sentia o coração bater descontroladamente, e algo profundo dentro dela mudou. A chama entre eles, que antes era apenas desejo, agora era algo maior, mais perigoso.

"Eu não posso deixar você escapar", Tharok murmurou, seus olhos fixos nos dela. "Você me pertence, Alara. E não há mais volta."

O que ele disse a fez tremer, não por medo, mas pela intensidade da conexão que sentia. Era como se a escuridão que o cercava estivesse começando a se entrelaçar com a dela, e ela não sabia mais se queria lutar contra isso.

"Então, me mostre", foi tudo o que ela conseguiu dizer, a voz baixa, carregada de expectativa.

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