Capítulo 25 - O Fogo que Queima Dentro

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Alara olhou ao redor da clareira. A névoa densa que pairava sobre o lugar parecia pulsar com uma vida própria, como se guardasse segredos antigos e perigosos. Seu coração batia acelerado, mas não de medo, e sim de antecipação. Algo profundo dentro dela estava despertando, um fogo que ela não conseguia controlar. Tharok estava ao seu lado, seu olhar fixo nela, como se tentasse ler cada pensamento seu.

"Por que me trouxe aqui, Tharok?" Alara perguntou, a voz quase um sussurro.

"Porque aqui é onde tudo vai mudar," ele respondeu, aproximando-se lentamente dela, seus olhos intensos e penetrantes. "Este é o lugar onde os segredos que eu guardei por tanto tempo não podem mais ser escondidos. Mas também é onde nós dois estamos conectados de um jeito que você não imagina."

Ela franziu a testa, tentando entender o significado por trás das palavras dele. "Conectados? Como assim?"

"Desde o momento em que você entrou na minha vida, Alara, algo mudou. Eu deveria ter te afastado, te mantido longe... mas não consegui. E agora, estamos presos a algo maior, algo que nenhum de nós pode controlar." Ele deu um passo mais perto, a respiração quente contra a pele dela, o toque da mão dele no rosto dela era suave, mas intenso. "Você sente isso, não sente? Essa força entre nós... como se fosse fogo correndo por nossas veias."

Ela ofegou, incapaz de negar o que ele dizia. O calor entre eles era palpável, quase sufocante. Cada vez que ele a tocava, ela sentia como se uma faísca a atravessasse, incendiando seus sentidos. Alara sabia que o perigo que ele representava deveria ser o suficiente para afastá-la, mas, de alguma forma, isso apenas a atraía mais.

"Eu sinto, Tharok," ela murmurou, sua voz tremendo levemente, mas carregada de uma emoção intensa. "Mas o que isso significa? O que realmente está acontecendo aqui?"

Ele se aproximou mais, o corpo dele agora tão próximo do dela que ela podia sentir a força contida nos músculos dele, a intensidade em seus olhos. "Significa que eu nunca quis ninguém assim antes. E isso me assusta, Alara. Porque, se eu me render a isso, não haverá volta."

Alara sentiu o corpo tremer com a confissão dele. As palavras de Tharok tinham um peso que ela não esperava. Ele era sempre tão frio, tão controlado, mas ali, naquele momento, ele estava sendo honesto, vulnerável. E ela sentia a mesma coisa. A tensão entre eles era esmagadora, uma mistura perigosa de desejo e medo.

"Então não lute contra isso," ela sussurrou, a voz baixa e cheia de expectativa. "Porque eu também não posso."

As palavras mal haviam saído dos lábios de Alara quando Tharok a puxou para si, seus corpos colidindo com uma urgência que eles não podiam mais negar. O beijo que se seguiu foi intenso, cheio de paixão reprimida e emoções não ditas. O calor entre eles parecia crescer com cada toque, cada movimento. As mãos dele deslizaram pela pele dela, enquanto a puxava para mais perto, como se quisesse fundir seus corpos em um só.

Ela sentia cada batida do coração dele, cada respiração pesada, e correspondia com a mesma intensidade. O desejo era como uma corrente elétrica, pulsando entre eles. Alara sabia que estava cruzando uma linha, mas não se importava. Naquele momento, tudo o que importava era o que eles estavam sentindo, o calor ardente que queimava entre eles.

"Alara..." Tharok murmurou contra os lábios dela, seus dedos firmemente segurando a cintura dela. "Você me faz perder o controle."

Ela sorriu contra o beijo, sentindo-se empoderada por saber o quanto ele estava sendo afetado por ela. "Então não se controle."

As palavras dela foram o suficiente para fazê-lo perder qualquer resistência. Tharok a pegou nos braços, carregando-a até a borda da clareira, onde uma cama de musgo e folhas os aguardava. Ele a deitou gentilmente, mas os olhos dele estavam cheios de uma intensidade que Alara nunca tinha visto antes. Ela sentiu o corpo dele sobre o dela, o peso confortante e o calor que parecia irradiar dele.

"Você é perigosa, Alara," ele sussurrou, as mãos correndo suavemente pelo corpo dela. "E eu estou completamente à mercê disso."

Ela estendeu a mão e puxou o rosto dele para mais perto, os olhos encontrando os dele com uma intensidade igual. "Então, não há mais volta, Tharok. Estamos nisso juntos."

E com isso, o calor entre eles explodiu em algo ainda mais poderoso, algo que Alara nunca imaginou que sentiria. Era como se todas as barreiras que os separavam tivessem caído, e tudo o que restava era o desejo bruto e incontrolável. Naquela clareira, cercados pela escuridão e pelos segredos da floresta, eles se entregaram completamente um ao outro, sem medo das consequências.

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