Capítulo 11: O Fogo que Consome

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A tensão entre Alara e Tharok havia crescido desde o momento em que entraram na caverna mágica. As revelações sobre o destino de ambos, as forças que conspiravam ao redor deles, e a própria escuridão dentro de Tharok apenas intensificaram o magnetismo que os unia. Agora, enquanto corriam juntos por corredores escondidos dentro da terra, o calor entre eles se tornava cada vez mais insuportável, como um fogo que os envolvia de dentro para fora.

Eles finalmente chegaram a um ponto onde a caverna se alargava, revelando um salão que brilhava com as luzes dos cristais flutuantes. O som de água correndo ecoava ao longe, e uma brisa leve carregava o cheiro de flores exóticas, como se aquele fosse um refúgio secreto dentro do caos que os cercava.

Alara estava ofegante, não só pela corrida, mas pela eletricidade constante entre ela e Tharok. O silêncio que se seguiu ao som de seus passos era quase ensurdecedor, carregado por algo mais profundo do que simples palavras poderiam expressar. Ela sentia o olhar de Tharok sobre ela, queimando como fogo, e sua própria pele parecia formigar em resposta.

Ele se aproximou lentamente, sem dizer uma palavra. Não precisava. Os olhos dele falavam o que os lábios não precisavam pronunciar. A intensidade em seus olhos era uma mistura de desejo, incerteza e uma necessidade feroz. Estava claro que ele lutava contra algo dentro de si, uma batalha interna entre a escuridão que ele carregava e o desejo arrebatador por ela.

"Você sabe o que somos agora, Alara," ele disse, sua voz baixa, quase rouca. "Mas isso não muda o que eu sinto quando estou perto de você. Não muda o fogo que me consome toda vez que te toco."

Ela sentiu o coração bater mais rápido, sua respiração falhando por um momento. As palavras dele eram como um gatilho, despertando um desejo nela que ela mal podia conter. O perigo que ele representava, a escuridão dentro dele, era exatamente o que a atraía. Sabia que estava mergulhando em algo profundo, algo que poderia consumi-la, mas não se importava. Naquele momento, tudo o que ela queria era se perder nele.

"Tharok..." Alara murmurou, sem conseguir encontrar as palavras exatas. Ela o queria, mas havia tanto mais não dito entre eles.

Ele se aproximou ainda mais, tão perto que ela podia sentir o calor do corpo dele irradiando contra o seu. Seus dedos tocaram o rosto de Alara, deslizando suavemente por sua pele, como se ele estivesse se permitindo sentir cada nuance daquele momento. A proximidade era sufocante, mas ao mesmo tempo, irresistível. Ela não conseguiu evitar; inclinou-se em direção a ele, a distância entre os dois evaporando como se jamais tivesse existido.

"Eu deveria mantê-la longe," ele murmurou, sua boca tão perto da dela que o calor da respiração dele tocava seus lábios. "Mas não consigo."

Antes que ela pudesse responder, Tharok a puxou para si. O contato foi como uma explosão — de desejo, de tensão acumulada, de tudo o que eles não tinham dito. Seus lábios encontraram os dele com uma urgência desenfreada, e o beijo que se seguiu foi profundo, cheio de fogo e intensidade. Alara agarrou-se a ele, sentindo o corpo forte de Tharok contra o seu, cada toque amplificando a energia que parecia pulsar ao redor deles.

O beijo foi apenas o começo. As mãos de Tharok exploraram o corpo dela com uma possessividade que a fez estremecer. Alara sentia cada toque como uma faísca que acendia algo mais profundo dentro dela, algo que a fazia desejar cada vez mais. Seus próprios dedos não estavam parados, percorrendo o corpo dele com uma necessidade voraz, sentindo os músculos tensos sob sua pele.

A sensação era de que o mundo ao redor tinha parado. Não havia mais caverna, cristais flutuantes ou destinos traçados. Só havia eles dois, perdidos um no outro, em um desejo que parecia arder com a força de mil chamas.

Tharok a pressionou contra uma das paredes rochosas, o frio da pedra contrastando com o calor de seus corpos. Alara suspirou contra os lábios dele, suas mãos agora cravadas nos cabelos dele, puxando-o ainda mais para perto. Cada movimento, cada toque era uma dança entre o perigo e a paixão. O mundo ao redor deles poderia estar desmoronando, mas naquele momento, nada mais importava além do calor que compartilhavam.

Quando Tharok finalmente se afastou, ambos estavam ofegantes, os rostos próximos demais, ainda incapazes de se separar por completo. Ele a encarou, os olhos escurecidos pelo desejo, mas também pela incerteza. "Eu não sei onde isso vai nos levar," ele confessou, a voz quase inaudível.

Alara sorriu levemente, seus dedos ainda nos ombros dele. "Eu não me importo. Eu quero estar com você, seja onde for. O que quer que venha, enfrentaremos juntos."

Ele hesitou por um momento, como se estivesse absorvendo as palavras dela. Então, sem mais delongas, a beijou novamente, mais suavemente dessa vez, mas com a mesma intensidade que fazia seu corpo inteiro formigar. Eles estavam em algo muito maior do que apenas uma paixão, mas naquele momento, isso era tudo o que importava. O futuro podia esperar.

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