Capítulo 20: O Chamado do Submundo

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A tensão que havia sido sufocada durante a batalha contra Ravik agora vibrava entre Alara e Tharok, crescendo com cada passo que davam no vilarejo abandonado. O portal diante deles pulsava com uma energia densa e misteriosa, como se os chamasse para algo inevitável. Mas, ao invés de medo, era outra força que os dominava — um desejo reprimido que crescia a cada segundo.

Quando Alara deu um passo em direção ao portal, Tharok agarrou seu braço, e o calor de seu toque enviou ondas de eletricidade por todo o corpo dela. Ele estava tão próximo agora, o rosto sério, mas os olhos revelando algo mais profundo — uma mistura de preocupação e desejo.

“Alara, você não precisa fazer isso,” sua voz era rouca, um misto de ordem e súplica. “Esse portal pode nos destruir. E eu... não quero perder você.”

Ela se virou para ele, o coração acelerado. O rosto de Tharok estava a centímetros do dela, o olhar intenso que parecia desnudá-la de todas as barreiras emocionais que ela havia construído. A floresta ao redor deles desaparecia, ficando apenas os dois naquele momento, envoltos pela escuridão e pelo fogo que começava a queimar entre seus corpos.

"Eu sei," ela respondeu, a voz quase um sussurro. "Mas também sei que se formos juntos, podemos superar qualquer coisa."

O toque dele na pele dela era firme, mas ainda hesitante. Ele a observava como se estivesse lutando contra um instinto que o consumia por dentro. Sem mais uma palavra, Tharok a puxou para mais perto, os lábios deles a uma distância mínima. O calor que emanava dele era quase insuportável, mas Alara não se afastou.

O olhar de Tharok percorreu o rosto de Alara, e o silêncio entre eles parecia um prelúdio para algo inevitável. A respiração de ambos estava pesada, entrecortada, como se estivessem à beira de uma explosão.

“Eu não deveria querer isso,” ele murmurou, os dedos deslizando suavemente pelo braço de Alara, subindo até seu pescoço, onde sentiu o pulsar acelerado da veia dela. “Mas não consigo resistir a você.”

Ela não teve tempo de responder antes que ele finalmente cedesse, puxando-a contra si, seus lábios encontrando os dela com uma urgência que eles vinham reprimindo por tempo demais. O beijo era intenso, faminto, como se ambos estivessem buscando algo que não podiam mais ignorar.

A tensão entre eles se dissolveu no contato ardente, os corpos colados, como se quisessem se fundir. O calor que emanava de Tharok parecia queimar Alara de dentro para fora, e ela correspondeu com igual intensidade, sentindo o desejo deles se mesclar, crescendo como uma chama que se recusava a ser contida.

Mas no fundo, ainda havia a escuridão. O portal atrás deles pulsava, uma lembrança de que o perigo estava longe de acabar. Eles precisavam se concentrar, mas naquele momento, tudo o que importava era o presente — a conexão inegável que os envolvia e a incerteza do que viria depois.

Tharok quebrou o beijo primeiro, respirando pesadamente, seus olhos ardendo de desejo enquanto ainda segurava Alara em seus braços. “Se vamos fazer isso... precisamos estar prontos. E você tem que saber que, a partir daqui, não há volta.”

Alara assentiu, ainda sentindo os lábios latejarem pelo beijo. “Eu estou pronta. Sempre estive.”

Com uma última troca de olhares carregada de promessas e perigos, eles viraram juntos em direção ao portal, suas mãos entrelaçadas, prontos para enfrentar o que quer que estivesse à frente — e com a chama de seu desejo alimentando cada passo em direção ao desconhecido.

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