A clareira ao redor do santuário estava quieta, mas a tensão no ar era palpável. Dentro das paredes de pedra iluminadas por uma luz suave, Alara e Tharok sentiam o peso das revelações que o santuário havia trazido. O futuro parecia incerto, e cada passo que davam era uma dança perigosa entre o medo e o poder.
Tharok não conseguia esconder a inquietação. Ele andava de um lado para o outro, os olhos fixos no chão como se estivesse tentando desvendar um enigma que lhe escapava há anos. Alara, ainda processando a visão da fonte, observava-o, sentindo-se dividida entre o desejo de entender mais sobre si mesma e o temor de descobrir que o caminho à frente poderia ser ainda mais sombrio.
“Precisamos descobrir como usar o que o santuário nos mostrou a nosso favor,” disse Tharok finalmente, quebrando o silêncio.
Alara concordou com a cabeça, ainda perplexa com a imagem que vira de si mesma no trono. O que aquele poder significava? Ela se perguntava se, de alguma forma, estava destinada a cair nas garras de Ravik assim como Tharok havia caído.
"Se eu sou parte disso, se Ravik me quer por algum motivo, temos que descobrir o que ele planeja," ela disse, a voz firme, embora o medo estivesse logo abaixo da superfície.
Tharok olhou para ela, os olhos sérios. "Sim, mas você não pode deixar que ele a manipule. Ravik é mestre em jogar com os medos e desejos das pessoas. Eu sei disso melhor do que ninguém."
Alara se aproximou dele, seus dedos tocando suavemente o braço de Tharok. "Mas eu não sou você, Tharok. Vou lutar contra ele, por mim e por você."
Ele a olhou profundamente nos olhos, algo mais suave brilhando em seu olhar. Talvez fosse admiração, ou talvez fosse o reconhecimento de que, apesar de tudo, ela já havia começado a mudar o destino de ambos.
“Vamos começar com o que sabemos,” Tharok disse, voltando ao foco. “O santuário nos mostrou nosso futuro, mas isso não significa que estamos presos a ele. As revelações aqui podem ser nossa arma mais poderosa, se soubermos como usá-las.”
Alara assentiu, e juntos começaram a examinar os símbolos nas paredes, tentando decifrar o enigma que parecia estar ali para guiá-los. As inscrições brilhavam suavemente com a luz da lua, e à medida que os dedos de Alara passavam sobre os símbolos, ela sentia uma espécie de conexão, como se os próprios elementos a reconhecessem.
Um símbolo específico chamou sua atenção. Era uma espécie de círculo entrelaçado com linhas complexas, irradiando uma energia diferente das outras. "Isso... parece importante," ela murmurou, seus dedos parando sobre ele.
Tharok se aproximou, observando atentamente o símbolo. “É uma marca de um selo,” ele disse após alguns instantes. “Se isso for o que eu penso... então talvez haja uma maneira de selar Ravik para sempre.”
O coração de Alara bateu mais rápido. "Um selo? Isso pode funcionar?"
Tharok hesitou. "Não é fácil. O selo exige um sacrifício... alguém precisa se vincular a ele para mantê-lo ativo. É um pacto muito perigoso, mas se for nossa única chance, pode valer a pena."
A ideia de um sacrifício fez o estômago de Alara se revirar, mas ela sabia que o destino do mundo, e o de Tharok, estavam em jogo. "E quem faria esse sacrifício?" ela perguntou suavemente, embora já soubesse a resposta.
Tharok olhou para ela com gravidade. “Eu.”
VOCÊ ESTÁ LENDO
Halloween obsession
DiversosPerdida na floresta na noite de Halloween, Alara encontra Tharok, um serial killer mascarado de caveira. Em vez de atacá-la, ele a ajuda, mas a tensão entre os dois é palpável. Tharok, acostumado à violência, sente um desejo incontrolável por ela, n...