Caminhando mais fundo na floresta, Alara e Tharok sentiam a energia ao redor pulsar, como se o solo tivesse uma vida própria. O ar estava pesado, quase opressor, e os sussurros que antes eram sutis agora pareciam gritos que ecoavam de todas as direções. O céu acima deles estava coberto de nuvens escuras, bloqueando a luz da lua e mergulhando o caminho em uma escuridão impenetrável.
"Estamos próximos," Tharok disse em um tom baixo, olhando para Alara com uma intensidade feroz. "O coração da floresta é onde a maldição foi lançada. É onde tudo começou... e onde tudo terminará."
Alara engoliu em seco, sentindo a tensão crescer a cada passo. Ela sabia que o que quer que estivesse à frente seria o teste mais difícil de todos. Mas, ao olhar para Tharok, encontrou uma força que a fez respirar fundo e reunir coragem. Estavam juntos nisso, ligados de forma que nada poderia desfazer.
Quando atravessaram uma antiga arcada de galhos retorcidos, o cenário mudou abruptamente. A floresta densa abriu-se em uma clareira, onde no centro havia um imenso carvalho com troncos entrelaçados e raízes que pareciam sair das profundezas da terra. O ar ao redor da árvore estava carregado de uma névoa quase sobrenatural, densa e pulsante, como se fosse parte da própria maldição.
"É aqui," Tharok disse, soltando a mão de Alara e se aproximando da árvore. "Este carvalho é o foco da energia que nos prende. Se conseguirmos desfazer o feitiço, tudo isso... o peso da maldição, o sofrimento... tudo desaparecerá."
Alara sentiu o ar ao seu redor vibrar e viu sombras que pareciam dançar na névoa. De repente, vozes antigas ecoaram, sussurrando advertências e segredos.
"Vocês realmente acham que podem me derrotar?" A voz era grave, como um trovão distante. Alara e Tharok se entreolharam, surpresos.
"Quem é você?" Alara gritou, sua voz firme, mesmo que seu coração estivesse acelerado.
"Sou a essência desta floresta, aquele que lançou a maldição. E vocês dois, meros mortais, não têm poder para quebrar algo tão antigo."
Tharok deu um passo à frente, os olhos flamejantes. "Você lançou essa maldição há séculos, mas eu fui criado nas sombras que você deixou. E eu nunca estive sozinho." Ele estendeu a mão para Alara. "Agora, juntos, temos o poder de enfrentá-lo."
Alara agarrou a mão de Tharok e, ao fazer isso, sentiu uma onda de energia inundar seu corpo, como se o vínculo que haviam criado trouxesse uma força nova, além do que qualquer um deles imaginava. Ela e Tharok começaram a entoar as palavras do ritual que haviam aprendido.
As sombras ao redor da árvore começaram a se contorcer e a se erguer, tomando formas estranhas e ameaçadoras, mas Alara e Tharok mantiveram-se firmes, as vozes se entrelaçando em um cântico poderoso. Conforme o feitiço avançava, o tronco do carvalho começou a rachar, emitindo um som ensurdecedor.
"Vocês não vão destruir a minha criação!" a voz rugiu novamente, mas já soava mais fraca, como um eco distante.
A árvore começou a se despedaçar de dentro para fora, e Alara sentiu que o vínculo entre ela e Tharok estava se tornando ainda mais forte. Com um último verso, a árvore explodiu em uma nuvem de névoa e escuridão, e o silêncio caiu sobre a clareira.
Alara olhou ao redor, respirando ofegante. As sombras e sussurros haviam desaparecido, e a floresta parecia... livre.
Ela olhou para Tharok, que ainda a segurava pela mão, com um sorriso suave. "Conseguimos."
Ela sorriu de volta, sentindo uma paz que nunca tinha experimentado antes. "Sim, conseguimos. Agora, podemos finalmente viver sem as sombras nos perseguindo."
Os dois se abraçaram, sabendo que haviam enfrentado e vencido o inimaginável.
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Halloween obsession
RandomPerdida na floresta na noite de Halloween, Alara encontra Tharok, um serial killer mascarado de caveira. Em vez de atacá-la, ele a ajuda, mas a tensão entre os dois é palpável. Tharok, acostumado à violência, sente um desejo incontrolável por ela, n...