02 | Aubrey Parker

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- O senhor terá que visitá-la todos os finais de semana e terá que ir com um carro comum e roupas comuns sem chamar muita atenção - Débora diz enquanto anotava tudo em seu caderno minúsculos olho para a janela do prédio me deparando com tudo isso que vim me meter, e se eu falhar? E se acabarem me descobrindo e ferrando com tudo que o meu pai planejou? . As perguntas rolavam na minha cabeça como uma roda gigante girando sem parar me deixando tonta.

- Sério? Carro comum? Tô começando a mudar de ideia - Meu pai diz cruzando os braços sentando na sua poltrona, Débora rir e olha para ele tirando sua atenção do caderno.

- Não se preocupe isso não será pra sempre senhor, agora está na hora - Débora diz saindo na frente, ela era a única de todos os funcionários que o meu pai mais confiava e eu também, dês de muito pequena ela cuidou de mim principalmente depois que minha mãe partiu.

Meu pai se levanta vestido em roupas formais, uma calça jeans e uma camisa branca com uma jaqueta por cima, seu cabelo não estava no gel como sempre e era a primeira vez dele usando um tênis.

- Vamos? - Meu pai oferece seu braço para mim e sorrir entrelaçando nossos braços e com minha outra mão pego a minha mala e arrasto ela.

Descemos no elevador para fora do prédio entrando em um carro comum, não tinha nada de luxuoso nele, era branco e um pouco velho mais não tanto, coloco minhas coisas dentro do porta-mala e dou a volta entrando no carro .

- Débora devia achar um carro menos quebrado eu agradeceria.

- Para de reclamar e liga esse carro não posso chegar atrasada no meu primeiro dia né? - Sorrir e ele riu ligando o carro que fez uma grande fumaça atrás, meu pai revirou os olhos dando a volta e pegando a estrada até o Internato.

Toda a responsabilidade pesava sobre meus ombros mas precisava mostrar que sou capaz de um dia trabalhar junto com o meu pai e ver seus olhos brilharem de orgulho da filha, o caminho até o local era cheio de árvores altas e com um ar sombrio causando arrepios até na espinha, apoiei meus braços na janela colocando minha cabeça deitada sobre eles sentindo o vento bater no meu rosto, o som da paz e da pista solitária que se tornou quanto mais perto ficávamos do lugar.

Então ergui meu olhar assim que vi a casa enorme que parecia mais um castelo do que uma escola para alunos, abri a boca surpresa e os portões de ferro se abrem e rangem com o movimento que fizeram, no meio havia uma ponte pequena com um anjo em formato de uma estátua no centro.

- Sejam bem vindos ao Internato Maplewood - Uma mulher logo na entrada com suas mãos para frente vestida em um vestido longo e preto com mangas longas e seu cabelo preso em coque, um sorriso gentil no rosto mostrando algumas rugas na sua face, esse sorriso de boa senhora pode enganar todos aqui menos a mim e o meu pai, nós dois sabemos que pessoas assim podem ser ainda mais cruéis e perversas que outros vilões que mostram realmente sua verdadeira face. Meu pai toma a frente erguendo sua mão para mulher que aperta e olha para mim parada com as mãos no bolso

- Então essa deve ser sua filha - Ela diz olhando para mim e sorrio convincente e ergui a mão para mesma que aperta com o mesmo carinho e afeto que com o meu pai.

- Bom me acompanhe Sr.Dawson, e sua filha pode acompanhar nosso melhor funcionário e aluno Ethan - Olho para um aluno que estava parado no começo do corredor com uma pasta na mão e um sorriso angelical, cabelos negros e uma pele bronzeada, seus olhos eram verdes escuros e olhei uma última vez para o meu pai e segui o garoto que andou na minha frente pelo corredor.

- Bom como pode ver ali em baixo é o refeitório, mais a frente temos a sala de música e do lado a sala de dança.

- Realmente tem de todos os tipos ee aula nesse lugar ou são ao apenas boatos?.

- sim temos, o andar de cima fica salas com todos os tipos de matérias e profissões que imaginar, aqui não pode estar pelos corredores depois das 23:00h, não é permitido meninas andarem no dormitório masculino e mesmo vale para eles.

- Porque eu entraria no dormitório masculino ? - Rir com a possibilidade que pensou que aconteceria talvez seja pela reputação das garotas que vem para esse lugar.

- Apenas por precaução - Ele sorrir parando em uma escada que dava para o andar de baixo .

- Daqui diante você vai seguir reto e seu quarto é o 56, aqui sua chave - Ele entrega a chave em minhas mãos e sorrio, assenti com a cabeça e o mesmo fez a mesma coisa.

- E seja bem vinda .

- Obrigada - desci as escadas me deparando com um corredor enorme sem fim parecendo mais um corredor de hospital, era portas dos dois lados, todos tinham números e tapetes no chão no pé da porta, caminhei olhando para todas as portas e olhando para o número da minha chave, olhando todos aqueles números até algo bater em mim me fazendo cair no chão junto com a minha mala .

- OU IDIOTA NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO? - Grito com raiva e sem paciência olho para trás e vejo um cara alto de cabelos loiros e apenas de calça com sua camisa por cima dos ombros subindo as pressas pelas escadas indo para o andar de cima .

- Nem pra parar e me ajudar, cara idiota - Me levanto arrumando minha roupa pelo visto tem muita gente aqui quebrando as regras, claro até parece que um colégio com garotas e garotos loucos por sexo iriam seguir rigorosamente as ordens .

Olho para frente e vejo o número 56, coloco minha chave e destranco a porta vendo duas camas, uma estava apenas com uma capa e um travesseiro a outra estava com a parede cheia de pôster de bandas de rock que nunca tinha visto da minha vida. A escrivaninha estava cheia de livros e cadernos e um computador fechado, parece que não estou sozinha .

Coloco a mala em cima da cama e respiro fundo tentando me focar em apenas uma coisa, conseguir provas de que a dona desse lugar está envolvida nessa bagunça que Frederico criou e sair fora daqui e ganhar um lugar no trabalho do meu pai, pronto meu novo objetivo será esse .

- Porra Brian! ver se me deixa em paz - A porta se bate numa brutalidade me fazendo me virar em um susto e ver uma garota de cabelos pretos e com mechas vermelhas, vestida com uma camisa de banda um piercing no nariz trancar a porta enquanto a pessoa do lado de fora chama por ela e pede pra entrar.

- Colega nova ? - Ela pergunta se jogando na cama, apenas balanço a cabeça concordando e a pessoa da porta bate mais uma vez, olho para lá e para ela esperando alguma explicação.

- Não liga, é apenas um idiota que acha que tem algum direito de conversar comigo - Sorrir colocando a mala debaixo da cama depois de arrumar todas as minhas roupas no meu armário.

- As regras não dizem que os meninos não podem andar por aqui? - Ela rir se sentando e cruzando suas pernas.

- As regras são uma merda ninguém liga ou segue - Ela dar de ombros, sento na cama ficando de frente para ela.

- E vocês não tem medo da diretora?.

- Ela é uma lesada, não tá nem aí para os alunos - Sorrir vendo que vai ser mais fácil do que eu pensava em descobrir tudo sobre ela, as regras aqui são apenas palavras porque na verdade ninguém liga.

- Ruby, prazer - Ela estende a mão e inclinando a cabeça, alguém que não se importa com as regras da escola? Nossa hoje é o meu dia de sorte, aperto a mão dela e sorrio.

- Aubrey Dawson.



























Aubrey depois de ver como é sua colega de quarto:

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