Uma Agente Secreta

17 | Cooper Lancelllotty

- Porque esse interesse tão inesperado essa hora da noite? - Túlio fala se levantando da cadeira indo até uma cervejeira que ficava no canto do quarto pegando duas latas de cervejas e joga uma em minha direção e pego batendo o metal contra o meu peito nu.

- Por motivos pessoais - Ele respira fundo apertando forte a lata na sua mão e ao abrir sua latinha ele senta na cadeira minha ansiedade a mil para saber sobre esse nome que me assombrou por toda infância e agora voltou do nada .

Túlio liga o computador e então ao se aproximar da tela ajeitando seus óculos o líquido de cerveja cai sobre o teclado fazendo uma fumaça subir e rapidamente ele se afasta do objeto igual uma chaminé.

- Que porra aconteceu Túlio? - Falo abanando com a mão, Túlio joga uma toalha de rosto sobre seu computador pré-histórico .

- Sinto muito cara mas agora vou ter que concertar primeiro então eu pesquiso tudo sobre esse tal de Teddie Parker - Ele diz com as mãos na cintura olhando para o seu computador todo molhado.

- Tudo bem, amanhã eu vejo isso - Dico coçando a nuca e olhando bem para a imagem do aparelho com defeito na minha frente e para o rosto de Túlio que estava com o semblante muito aliviado para alguém que ama seus aparelhos como ele ama, então isso fica igual uma pedra no sapato me incomodando porque com certeza Túlio sabe sobre esse homem ou ele apenas não gosta da minha compainha mas quem eu quero enganar é óbvio que tem uma coisa muito podre por trás desse homem.

- Boa noite Túlio - É tudo o que digo erguendo minha lata para cima e ele faz o mesmo com a sua vazia e um sorriso meio nervoso no rosto enquanto seu pé bate frequentemente no chão.

saio do seu quarto seguindo pelo corredor, claro que aquilo foi muito estranho porque eu não era tão burro de acreditar que aquela cerveja caiu no computador por acidente. Passo pelo segundo corredor mas paro no meio do caminho quando vejo uma garota sentada na grama do jardim olhando para o céu, me aproximei ao poucos pois o jardim a noite não era um lugar muito iluminado, e assim que estava mais perto vi que era Aubrey, ao seu lado tinha uma caixa pequena tocando baixinho Wings de Birdy e do outro lado estava uma garrafa de cerveja pela metade.

- Tem lugar pra mais um ? - Falo com uma voz mansa e calma logo atrás dela a mesma me olha por cima dos ombros e toma um gole da sua bebida e em seguida dar duas batidinhas do seu lado vazio como me convidando para sentar, sento ao seu lado e ela olhava para o céu estrelado como se através daqueles pequenos pontos brilhantes no céu fossem um paraíso.

- Será que é verdade o que dizem por aí? - Ela pergunta ainda com seus olhos fitados no céu.

- Sobre o que ? - Abro minha lata de cerveja e tomo um gole, ela suspira e solta uma risada triste com um peso enorme naquele som que deveria ser alegre.

- Sobre as estrelas serem pessoas que não estão mais entre nós? - seu olhar se volta para mim esperando por uma resposta e sou péssimo nisso, pois nunca tive uma conversa desse tipo com alguma garota exceto a Ruby, mas com ela, é diferente ela sempre me faz testar o impossível, e nesse momento estou obrigando meu cérebro a digerir alguma resposta útil pela minha boca.

- Eu prefiro continuar acreditando que sim, talvez seja verdade ou apenas um mito inventado pela humanidade, mas talvez seja verdade que aquelas estrelas brilhando no céu sejam pessoas que agora fazem o céu brilhar - Ela volta olhar para o céu e vi o seu rosto molhado de lágrimas, olho para sua mão entre nós que apertavam o pano que estávamos sentados em cima, então coloco minha mão sobre a dela ganhando sua atenção.

- Quem é a pessoa ? .

- Minha mãe - Ela aperta minha mão forte mordendo os lábios enquanto as lágrimas não paravam de rolar, levei meu dedo sobre sua bochecha limpando as lágrimas do seu rosto em um gesto carinhoso e suave massageando sua bochecha com o meu dedão.