07 | Cooper Lancelllotty

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A maçaneta gira de forma lenta e o suor escorria por minha testa tão lento que podia senti-lo escorrendo por meu rosto, a ansiedade em mim alertava forte em um vermelho bem forte dentro da minha cabeça. Porque não era para está aqui dentro, porque eu sou a porra do filho da diretora e os castigos para mim são bem piores do que para os demais ao contrário do que todo mundo pensa que a minha mãe pega leve comigo porque sou o filho, é bem aí que todos são pegos de surpresa porque ela não pensa em nenhum momento em pegar leve comigo quando me flagra fazendo merda.

Olho para o lado e vejo Ruby mastigando o chiclete tão rápido que tenho medo que ela desloque o queixo do lugar, a porta se abre e rapidamente nós nos abaixamos ao mesmo tempo de baixo da mesa velha que estava coberta por um enorme pano branco, vejo as pernas da minha mãe pela sombra do pano, o som dos seus saltos são altos e lentos, não julgo os outros alunos por terem medo apenas do som desse sapato pelos corredores porque eu tenho até demais, uma respiração baixa e ofegante perto de mim me faz olhar para o lado me deparando com Aubrey abraçando suas pernas com os olhos fechados como isso fosse ajudar em alguma coisa, minha vontade nesse momento é de gritar com ela por meter a gente nessa roubada porque está bem óbvio que eles dois não estavam apenas fazendo um trabalho que nem ela soube decidir de qual matéria seria. Ruby e eu deduzimos que vieram aqui só pra se pegar mas não fazia sentindo ser justamente nessa sala e nesse lugar, então descartamos isso da nossa mesa nos deixando curiosos, eles dois eram os alunos com tantos segredos e mistérios que nos atraiam sem nem percebermos, ela me atraiu me enchendo de curiosidade sobre seus interesses .

- Encontrou ? - A voz da minha mãe quebra o silêncio horrível que estava no local, e predemos a respiração quando a ponta de seus saltos viram para nós e pela sombras vemos ela se agachar, é nessa hora que minha morte ganhou uma data e hora, xingo Aubrey de todos os xingamentos possíveis que vem na minha cabeça, eu odeio essa garota.

- Sim agora podemos ir - Uma voz grossa e masculina responde .

- Está tudo bem ? - O mesmo homem pergunta minha mãe que ainda estava agachada dianda da mesa, minhas mãos soavam e meu coração batia tão forte que podia jurar que estava preso na minha garganta querendo sair mas claro não deixei esse meu medo transparecer diferente dos três ao meu lado que tremiam de medo roendo suas unhas, minha mãe suspira fundo e se levanta indo em direção a porta e assim que ouvimos a porta fechar todas em modo automático respiramos juntos como se estivéssemos prendendo a respiração.

Saio de baixo da mesa e arrumo minha roupa tirando algumas teias de aranha da minha camisa os outros vem logo em seguida se arrumando também.

- Nunca mais me peça algo como isso - Digo apontando o meu dedo para Aubrey, ela respira fundo arrumando seus longos cabelos castanhos escuros que podem muito bem confundilos com preto, então seus olhos de mel fixam nos meus me devolvendo um olhar de fúria na mesma intensidade que os meus.

- Então pode esquecer suas atividades idiota - Ela sorrir convencida como se eu precisasse da sua ajuda com atividades da escola, sou bem inteligente para isso mas como odeio voltar atrás e sou orgulhoso demais para deixar ela livre disso, sorrio com sarcasmo e coloco as mãos no bolso .

- Nem pensar docinho, depois dessa furada que nos meteu vai fazer quantas atividades eu mandar ou prefere que eu dedure seu nome pra diretora ? - Logo ela trava o maxilar apertando o punho e respirando fundo como se estivesse buscando paciência e continuo com o meu sorriso cínico de que realmente tenho a coragem de falar para a minha mãe sobre sua visita no quarto proibido ela passa suas mãos pelo rosto e finalmente encontrando a paz que tanto busca ela mostra um sorriso forçado.

- Depois que essas suas atividades tiverem um ponto final porque isso terá limites, eu juro que te mato - Ela diz apontando seu dedo para mim e sorrio em resposta deixando seu rosto vermelho como pimenta e aquilo alegrava meu dia, ela puxa o nerd pela gola da camisa saindo do quarto me deixando apenas com Ruby que sorria.

Uma Agente Secreta Onde histórias criam vida. Descubra agora