A luz forte do meio da tarde invadiu o quarto, onde Draco e Hermione ainda dormiam profundamente após horas exaustivas no St. Mungus. Hermione estava com uma perna sobre ele e sua cabeça descansava em seu peito.Draco piscou lentamente, incomodado pela claridade, e notou uma coruja pousada na janela com uma carta presa à perna. Ele resmungou, sentindo uma leve dor de cabeça, e ao tentar se mover, percebeu o corpo pequeno de Hermione jogado sobre o seu.
Com cuidado, Draco passou a mão pelos cabelos dela, e delicadamente tirou sua perna de cima das suas, levantando-se devagar para deixá-la descansar na cama.
Quando Draco tentou se afastar da cama para cruzar o quarto em direção à carta, uma dor aguda tomou conta de seu corpo. Ele percebeu que havia se afastado demais de Hermione. Pela primeira vez, amaldiçoou o tamanho de sua própria mansão, tão grande que se aproximar da janela sem manter uma distância mínima dela parecia impossível.
Ele sentiu vontade de gritar, mas respirou fundo, tentando manter a calma. Com esforço, aproximou-se de Hermione e tocou seu ombro, tentando acordá-la. Ela apenas se virou, puxando o cobertor e murmurando algo incoerente antes de voltar a dormir.
Draco suspirou, sem outra escolha. Com delicadeza, pegou-a nos braços e levantou-a da cama. Nesse momento, Hermione despertou parcialmente, com os olhos semicerrados e a voz sonolenta.
— O que você está fazendo? — perguntou, com a voz grogue.
— Preciso pegar uma carta — respondeu Draco, segurando-a com cuidado enquanto caminhava até a janela.
Ele deu um petisco à coruja e pegou a carta, observando a ave levantar voo em seguida. Retornou à cama, colocando Hermione de volta sobre os lençóis. Sentou-se e abriu a carta, lendo a mensagem de sua chefe. Josefina informava que ambos estavam de folga.
— Estamos de folga hoje e amanhã — disse Draco.
Hermione se mexeu na cama, piscando lentamente enquanto o observava.
— Fala sério.
Draco apenas deu de ombros, retornando para a cama ao lado dela.
Dormiram mais um pouco.
Então acordaram.
E agora depois de almoçarem, ambos desciam as escadas da Mansão Malfoy.
— Você não pode ser sério, Malfoy! — Hermione exclamou, apertando o livro contra o peito enquanto descia rapidamente, o som de sua indignação se misturando ao de seus passos apressados.
— Estou falando sério, Granger. — Draco respondeu, descendo logo atrás dela, com um olhar impaciente. — Precisamos treinar, não podemos ficar parados o dia todo! Já ficamos de folga demais.
Hermione parou abruptamente, virando-se para encará-lo no meio das escadas.
— Eu só quero um tempo para ler em paz, será que isso é pedir muito? Depois de tudo que passamos, eu mereço pelo menos isso.
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Impulsos - Dramione
FanfictionDraco Malfoy poderia considerar que sua vida pós-guerra era tranquila e estável após tudo o que viveu, trabalhava como medibruxo e tinha intenções de oficializar seu relacionamento com Astória. A única coisa do seu dia a dia que era caótica era Herm...