CAP 28

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CAP 28

POV MARÍLIA

- Cê tem certeza ?

Ouvi de Henrique, e eu não precisei pensar nem duas vezes, talvez meu cérebro esteja um pouco embriagado mas eu tinha certeza do que eu queria.

A brisa leve do mar bagunça meu cabelo e ele o ajeita novamente, colocando atrás da minha orelha. Me pego presa em seu olhar, ele dá um sorriso leve, e assim nos beijamos. Um beijo calmo, de muita entrega, ele pedia passagem e eu permitia. Sua mão na minha nuca fazendo um carinho leve no meu cabelo, enquanto a minha estava apoiada em seu rosto.

A calmaria que me invadiu não fazia parte de mim a muito tempo, e tudo isso por causa dele. Com o tempo precisamos de ar e nos separamos, sentando um de frente para o outro, abaixo meu rosto com vergonha já sentia minha pele corar mas ele toca meu queixo e levanta meu rosto.

- Você não precisa sentir vergonha perto de mim Lila, nunca sinta!

Sorrio para ele e tomo um pouco da cerveja.

- Eu não tenho.

Nossos olhos se encontram e ele deixa um selinho em minha boca e me puxa para um abraço.
Sinto pingos de água gelada em mim, quando olho para cima era o maluco do Juliano balançando a cabeça nos molhando.

- Edson Àlves dos Reis Júnior

Falo tentado tampar meu corpo da água fria. Enquanto ouço ele dar risada.

- Qual foi maninha tá com medo de água?

- Ou tá frio maluco e a água tá gelada.

- Porque cê não disse que tava com frio antes?

Henrique fala tirando a jaqueta dele e colocando por cima dos seus ombros

- Obrigada!

Sorrio para ele.

- Ces não vão entrar na água não? Tá uma delícia.

A Mohana fala.

- Eu não tô de biquíni Moh

- E precisa ?

Juliano fala vestindo novamente a blusa dele.

- Eu tenho vergonha Ju.

- A gente vira de costas

Ele fala como se fosse a coisa mais simples do mundo. Eu tinha ainda um pouco de vergonha do meu corpo, ainda mais com a possibilidade de Ricelly entrar comigo no mar.

- Tá frio Junim

Respondo.

- Mendonça se você não se banhar nas águas do rio eu mesmo vou te carregar e te jogar na água de roupa e tudo e você não vai ter uma roupa seca para ir pro hotel.

Ele me olha com uma cara engraçada e eu começo a rir até que ele me olha sério.

- Me diga que está brincando Edson Júnior.

Olho preocupada para ele. E ele começa a andar em minha direção.

- Ou ou ou ...Tá bom tá bom ... Eu vou. Não precisa me dar banho! Vira de costas os três bora.

Tiro a jaqueta de Henrique que já tinha vestido, e o meu vestido ficando apenas com um conjunto de lingerie preta e visto novamente a jaqueta do barbudo.

- Pronto pode virar de volta.

Os três me olham

- Ce não vai com essa jaqueta não ne?

- Claro que não né Juliano, só tá frio. Perto do mar eu tiro, cabeção!

Ele sorri. A Moh já estava sentada no chão, seu namorado se junta a ela.

- Vai com a Lila Rique.

A morena fala e eu imediatamente coro. Não sei se estava tão pronta para ter essa proximidade com Henrique, ele já tinha me visto de roupa de banho, mas não com uma lingerie que era um pouco transparente.

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POV HENRIQUE

Acabo por assistir Marília ir até o mar sozinha, queria dar aquela privacidade a ela de não ter que ir caminhando até o mar comigo em suas roupas íntimas as quais só consegui ver de longe que eram pretas. Sorrio de lado, era a cara dela usar preto.

Meu irmão balança meu ombro.

- Ou vai lá mano, vai deixar a mana sozinha ?

- Calma Juliano, deixa ela ter um minuto de paz para ela. A Lila não precisa de dois marmanjos o tempo todo em cima dela não...

- Cê tá estranho

Minha cunhada fala.

- Também achei meu amor

Me levanto e tiro minha blusa e a calça e começo a andar para o mar. Não, aquela não era uma conversa que eu queria ter agora com os dois, amo meu irmão e minha cunhada mas ainda queria ter certeza do que aquele beijo que já está gravado na minha memória significava.

Respiro fundo quando sinto a água fria tocar meu pé.

- Eu disse que tava frio!

Ouço a voz da loira mais linda do mundo por cima das ondas do mar.

- O Juliano deveria acreditar mais em você!

Ela me dá aquele sorriso serelepe de menina travessa e eu rio junto. E Começo a caminhar em sua direção e ela vem ao meu encontro.

- Rique ?

- Oi flor!

- Cê tá bem?

- Tô por que?

- Tá com uma carinha cabisbaixa.

- Ah né nada não, tava só pensando numas coisas mesmo

Ela me olha curiosa.

- Posso saber no que?

A loira pergunta e eu balanço a cabeça afirmando.

- Em você!

Ela sorri de lado meio com vergonha e eu pego sua mão, andando um pouquinho mais para o fundo, até a água cobrir nossos ombros, quer dizer, os ombros da loira.

- Eu não nado muito bem, cê sabe. Se eu me afogar a culpa é sua.

- Relaxa loira, se cê se afogar eu faço respiração boca a boca!

Dou uma piscadinha para ela e sou retribuído com um tapa leve no braço.

- Perdeu a vergonha na cara Ricelly Henrique?

- Nunca tive minha flor. Além do mais, ninguém vai ouvir. Muito menos ver se eu fizer isso.

Coloco uma mão na sua cintura e a puxo para mais perto de mim. Sentindo nossos corpos se colarem e imediatamente as faíscas dos nossos corpos começarem a soltar.

- Isso o que Rique ?

Ela pergunta olhando dos meus olhos para minha boca enquanto morde os lábios.

- Isso.

Coloco minha mão em sua nuca e a beijo, dessa vez um beijo apaixonante. De tirar completamente o fôlego. A mistura da água salgada do mar, com o gosto doce da boca da Mendonça se transformava em uma mistura perfeita. Nunca tinha provado nada igual e queria continuar provando de preferencia pelo o resto da minha vida.

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