CAP 36

35 10 7
                                    

CAP 36

POV HENRIQUE

Graças a deus em casa, a viagem de volta pra fazenda não foi tão boa, choveu bastante no caminho, pegamos um pouco de turbulência o que deixou todos cansados.
O pessoal que ajudava com a arrumação da casa levou minha sogra e o João para seus quartos para que pudessem descansar, meus pais, a Moh e Ju também.
Vejo Marília caminhar em direção ao quarto dela.

- Ué? Vai dormir comigo não?

Pergunto confuso.

- Oh amor, foi força do hábito. Não é como se toda vez que eu venho pra cá você durma no seu quarto.

Ela aponta para a porta do meu quarto. Realmente, ela estava certa. Todas vez que estamos na fazenda, alguma coisa gira a manivela do meu cérebro e eu só conseguia dormir em paz com ela ao meu lado. Talvez já eram meus sentimentos por ela e eu não tinha percebido ainda, ou me negava a perceber.

- Que tal se o "seu quarto" virar o nosso quarto? Ele é bem mais confortável e tem algo que o meu não tem.

- O que ?

- Você, loira.

Sorrindo ela me dá um selinho.

- Mas é besta mesmo

- Só se for besta por você.

Falo deitando na cama com os braços por trás da cabeça.

- Ce tá muito bonito assim... quer fazer o que?

Olho para ela que ainda estava em pé

- Quer descansar ? O dia foi corrido.

Vejo sua expressão mudar, nunca tinha visto essa. Desejo? Talvez. Fico curioso.

- O que tem na cabeça meu bem?

Vejo um sorriso se abrir em seu rosto, e logo ela começa a andar em minha direção. Sua mão em minha coxa me faz arrepiar, rapidamente ela tava ajoelhada em cima da cama entre as minhas pernas.

_______________________________________

POV MARÍLIA

- Ce tem certeza Lila ?

É tudo que sai da boca do moreno na minha frente, e eu tinha certeza. Desde quando comecei a perceber que tinha sentimentos por ele, sabia que ele era o cara certo. E aos poucos ele foi me dando mais ainda essa certeza, com o cuidado, carinho, amor  que ele me entrega diariamente.

- Tenho Rique!

Olho em seus olhos e deito em cima dele, ele me abraça respeitosamente ainda, alisando minhas costas, coloco minhas mãos em seu rosto acariciando sua barba e o beijo, os lábios dele já faziam parte de mim desde a primeira vez que nos beijamos e sempre que eles se encontram tenho a mesma sensação de quando aconteceu pela primeira vez na praia, o ar que faltava em meus pulmões entra com o beijo dele.

- Vamos com calma ok?

Ele fala quando nos separamos precisando de ar. Sinto suas mãos colocarem as mechas de cabelo que saíram de trás da minha orelha no lugar.

- Eu te amo.

- Eu também te amo, meu amor.

Nos declaramos como se fosse pela primeira vez e com isso ele tem a certeza de que eu estava bem para fazermos amor, sim amor. Era isso que eu sentia ao estar com Henrique, não havia medo, não havia traumas, apenas duas pessoas se entregando de corpo e alma uma para outra.

Minhas mãos caminha por baixo da sua camisa, sentindo seu peito, sua respiração pesada, as gotas de suor que já começavam a aparecer em nós.

Ele me senta junto com ele, enrolo seu torso com minhas pernas e trocamos olhares, beijos, sorrisos, tudo parecia passar em câmera lenta, queríamos conhecer, desbravar cada centímetro do corpo um do outro, descobrir o que cada um gostava ou não. Quando vi já estávamos sem camisa, Ricelly beijava meu pescoço caminhando para os meus seios.

Do seu LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora