Capítulo 76 - Eu acordei

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Brunilda estava andando pelo corredor, com Elizabeth Bathory atrás dela. De repente, ela notou a aproximação de passos rápidos. Buda e Sun Tzu surgiram ao longe, suas expressões mais sombrias do que o normal - Brunilda, precisamos conversar - Buda disse, com um tom mais grave

Brunilda ergueu uma sobrancelha - O que houve? Vocês foram ao Tártaro, certo? -

Sun Tzu foi o primeiro a responder, sua voz firme e objetiva - Sim, fomos. As coisas lá... não estão nada boas. Depois da morte de Hades, Perséfone assumiu o papel de Deusa do Submundo. Isso já mudou as coisas -

- Perséfone? - Brunilda repetiu, surpresa - Então é verdade... -

- Sim, mas esse não é o único problema - Buda interveio, seus olhos revelando um misto de preocupação - O Tártaro está em um estado de caos. Thanatos apareceu para nos barrar. Não conseguimos entrar, e os titãs guardiões quase nos esmagaram -

Brunilda bufou, irritada - Thanatos. Ele sempre foi imprevisível, mas isso... parece que o submundo está mais instável do que eu imaginava. E o que Perséfone tem a ver com isso? -

- Segundo Thanatos, ela ainda está se adaptando ao poder. Desde a morte de Hades, tudo ficou mais complicado lá embaixo - Sun Tzu explicou, cruzando os braços - Mas o que nos preocupa é o impacto disso nas lutas aqui. Algo mais sombrio parece estar surgindo nas profundezas -

Buda confirma as palavras de Sun Tzu - Não só isso, mas há uma aura diferente no Tártaro agora. Algo que parece antigo... e hostil. Mesmo Thanatos parecia tenso -

Brunilda franziu a testa, absorvendo as informações - Isso não é bom. Se o equilíbrio do submundo está instável, o que impede eles de estarem fazendo algo por baixo dos planos? Precisamos nos preparar para o que está por vir -

Sun Tzu a observou com um olhar calculista - O que está acontecendo lá embaixo pode afetar os próximos combates de maneiras que ainda não compreendemos -

- Vocês fizeram bem em me contar isso - disse Brunilda, os olhos fixos à frente, como se já estivesse formulando um plano - Continuem de olho em qualquer movimentação vinda do Tártaro. Não podemos nos dar ao luxo de sermos pegos de surpresa -

Buda colocou uma mão no ombro de Brunilda, oferecendo um leve sorriso - Não se preocupe, continuaremos atentos. Apenas se prepare para o que pode vir -

De volta para a luta

Dentro da sala destroçada, Thor pousou com força, rachando o chão sob seus pés. Seu olhar encontrou Poseidon se levantando dos escombros. O Deus dos Mares estava ferido, o sangue escorrendo por cortes profundos em seu peito e ombros, mas sua arrogância ainda permanecia intacta. Poseidon segurava o tridente firmemente, e uma aura de fúria se concentrava ao seu redor - Eu cansei de brincar, Thor - rosnou Poseidon, a voz grave reverberando na sala - Agora você verá a verdadeira fúria -

Poseidon ergueu o tridente e, com um grito primal, convocou a energia dos oceanos. Mesmo longe de qualquer água, ele puxou um poder, o chão sob seus pés começou a rachar, jorrando água salgada que se elevava rapidamente, inundando a sala em segundos. A água girava em torno de Poseidon, criando uma tempestade ao redor de seu corpo, erguendo-se como um redemoinho colossal

Thor, imerso até os joelhos na água, apenas sorriu - Fúria? Hah, eu sou o Filho da Tempestade, Poseidon. Tempestades e trovões são o que correm em minhas veias! - Ele estendeu as mãos para o alto, e o ar ao seu redor começou a se encher de eletricidade. Raios começaram a se formar no teto da sala, piscando em intervalos irregulares, enquanto a atmosfera se tornava pesada com poder

Com um rugido ensurdecedor, Thor desencadeou uma explosão de raios direto no redemoinho de água de Poseidon. A eletricidade rasgou a água, criando um espetáculo de luz e energia que deixou a sala brilhando como se estivesse no centro de uma tempestade de outro mundo. Poseidon sentiu a dor atravessar seu corpo enquanto os raios o atingiam, mas ele manteve o controle do redemoinho. Com um movimento ágil do tridente, ele dispersou a maior parte dos raios antes que pudessem destruí-lo completamente. Mas Thor não recuava, avançando contra Poseidon mesmo em meio à tempestade de água e eletricidade

Os dois colidiram no centro da sala, o tridente de Poseidon e os punhos de Thor se encontrando em um impacto brutal que fez a estrutura ao redor deles tremer. Poseidon golpeava com precisão, tentando perfurar Thor, enquanto o Deus do Trovão esquivava e revidava com socos carregados de energia. A cada troca de golpes, a água ao redor explodia em ondas, e os raios iluminaram o cenário - Acha que pode me dominar, Thor? - Poseidon gritou, girando o tridente em um ataque rápido que Thor desviou por pouco - Eu sou o senhor dos oceanos! -

- E eu sou o senhor das tempestades! - Thor gritou de volta, batendo os punhos com força no peito de Poseidon, enviando o Deus dos Mares cambaleando para trás. Poseidon, furioso, tentou mais uma vez cercar Thor com seu redemoinho, mas Thor foi mais rápido, atacando de frente com um soco poderoso que quebrou o controle de Poseidon sobre a água. O impacto fez Poseidon recuar mais uma vez, desta vez caindo de joelhos, sua respiração pesada e seu corpo tremendo de exaustão - Isso acaba agora, Poseidon - Thor disse, com raios pulsando em suas mãos, preparando-se para o golpe final.

Mas antes que Thor pudesse avançar, a água ao redor de Poseidon começou a recuar, formando uma barreira de proteção. Poseidon, com um sorriso cansado, ergueu os olhos para Thor - Você é forte, Thor, mas a força bruta não é tudo - disse Poseidon, suas palavras mal saindo entre suas respirações pesadas

De repente, uma forte onda de água explodiu da barreira ao redor de Poseidon, atingindo Thor com uma força incrível, jogando-o para trás, destruindo o que restava da sala

De repente, o ar ao redor começou a se resfriar de maneira abrupta. Um frio intenso tomou conta da sala, condensando o vapor e fazendo o chão úmido começar a se cobrir de uma fina camada de gelo. As respirações de Thor e Poseidon saíam como nuvens de vapor, e ambos os deuses pararam por um momento, olhando ao redor, sentindo a mudança na atmosfera

De repente, sem aviso, uma ventania gélida atravessou o local, soprando os escombros e a água ao redor. No centro da sala, uma figura imponente apareceu, emergindo como se o próprio inverno tivesse decidido tomar forma humana. Alexander Nevsky, apareceu, seus olhos brilhando com uma luz gélida, enquanto ao seu lado, Kõri, sua Valkyria, se erguia com uma presença majestosa e serena

Fim do capítulo

Crepúsculo dos Deuses: O Último DesafioOnde histórias criam vida. Descubra agora