Capítulo 21 - Entre um salto e um saque

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Sunisa Lee

— E então, o que achou? — Gabi apareceu na sala, seu cabelo estava solto esbanjando seus lindos cachos e ela estava inteiramente de preto, por baixo de seu cardigan, contrastava um cropped branco que deixava metade da sua barriga para fora e que barriga...

— Não. — Respondi rindo. — Não quero mais sair.

— O que houve? — Ela me encarou com uma feição divertida.

— Você, Gabriela Guimarães, é um crime de preto. — Dei de ombros. — É como se o preto fosse somente seu, somente... Para você. — Deixei meu celular no sofá e me levantei, indo para perto da mesma novamente.

É como se houvesse um imã que nos ligava, eu não conseguia e não queria ficar longe dela. Nem por um segundo.

— Você está perfeita, é sério. — Disse.

Gabi sorriu, e aquele sorriso sempre me deixava sem palavras. Ela colocou as mãos na minha cintura e me puxou para mais perto, seus olhos brincando com os meus.

— Você está tentando me fazer desistir dos nossos planos? — Ela perguntou, com a voz baixa, cheia de provocação.

— Não vou negar que essa ideia não me parece nada mal. — Respondi, mordendo o lábio. A proximidade dela fazia meu coração disparar de um jeito que eu ainda estava aprendendo a lidar. Cada momento com ela parecia carregar uma intensidade que eu nunca tinha experimentado antes.

Gabi tocou meu rosto com carinho, enquanto nossos olhares estavam ligados e seus lábios tomaram o meu de um jeito tão gostoso e lento, que senti vontade de gemer.

— Temos bastante tempo juntas, lembra? — Gabi sussurrou, inclinando a cabeça levemente, como se quisesse ler cada expressão no meu rosto. — Vamos aproveitar cada segundo.

Ela se afastou suavemente, pegando a chave do carro. Eu observei cada movimento, admirando como ela se movia com tanta confiança e leveza. E eu ainda estava sob o efeito de seu toque, paralisada.

O que essa mulher fez comigo?

— Certo, mas saiba que isso é um sacrifício. — Respondi, rindo, enquanto a seguia para a porta, cada uma com uma mala. — Cada minuto longe de você, mesmo que seja só dentro do carro, é difícil.

— Não exagera, pequena. — Ela piscou para mim, antes de abrir a porta.

[...]

— Pronta para a surpresa? — Gabi perguntou, enquanto dava a partida no carro, um sorriso misterioso brincando nos seus lábios.

— Surpresa? — Perguntei, curiosa, ajeitando o cinto de segurança.

— Sim, senhora. — Ela respondeu, com um tom de mistério que me fez levantar uma sobrancelha.

— Já te falaram que você é muito sexy dirigindo? — Perguntei.

Gabi segurou o riso e bati em seu braço levemente.

— Você quer que eu minta? — Gabi perguntou em um tom engraçado.

— Acho que sim. — Respondi.

Quando chegamos ao café, o ambiente acolhedor me fez relaxar instantaneamente. Parecia um daqueles lugares que tinham uma história em cada canto, com mesas de madeira antigas e o cheiro inebriante de café no ar. Nos sentamos em uma mesa próxima à janela e vi Gabi fazendo o pedido em italiano.

— Eu adorei esse lugar. — Disse, assim que a garçonete se afastou.

— Eu sabia que você ia gostar. — Gabi sorriu. — Mas na verdade, acho que qualquer lugar seria perfeito desde que eu esteja com você.

Através de saques e saltosOnde histórias criam vida. Descubra agora