Capítulo 22 - A paz que tenho ao seu lado

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Sunisa Lee

O café da manhã seguiu com conversas descontraídas, não sabia que o humor de Gabi era tão parecido com o meu. O que deixou o clima entre nós ainda mais favorável.

— Podemos ir? — Ela perguntou.

— Com certeza, comi mais que o suficiente. — Dei risada. — Inclusive, adorei esse lugar.

— Quer que eu tire uma foto sua? — Gabi perguntou e concordei.

— Segura minha mão? — Pedi. — Adoro quando os casais tiram fotos assim.

— Você está entregando que somos um casal. — Gabi brincou antes de tomar uma de minhas mãos com cuidado e depositou um beijo rápido na mesma.

Sorri, sentindo o calor subir pelo meu rosto enquanto Gabi segurava minha mão com firmeza, seus dedos entrelaçados nos meus de uma forma que parecia tão natural, como se já estivéssemos juntas há muito tempo.

— E não somos? — Perguntei, meio brincando, meio séria.

Ela me olhou, os olhos brilhando de divertimento e algo mais profundo. Gabi levantou o celular e tirou a foto, capturando o momento de forma perfeita: nossas mãos juntas, o café charmoso ao fundo, e a luz suave do sol iluminando a cena.

— Acho que essa vai ser uma das minhas fotos favoritas. — Ela comentou, enquanto olhava para a tela.

Eu dei uma risada leve, sabendo que para mim também aquele simples gesto significava muito mais do que parecia.

— Vamos então? — Ela perguntou, guardando o celular no bolso e oferecendo o braço para que eu o segurasse.

Assenti e seguimos em direção ao carro, de volta à estrada que nos levaria até o próximo destino. Enquanto o carro seguia pela estrada, percebi que Gabi não tinha me contado o destino final. Ela mantinha um sorriso misterioso, e embora a curiosidade estivesse latente dentro de mim, eu não queria estragar a surpresa. Parte de mim adorava essa sensação de estar no desconhecido, mas com ela ao meu lado. Sabia que, onde quer que fôssemos, seria perfeito, simplesmente porque estávamos juntas.

O sol atravessava as copas das árvores, lançando sombras dançantes sobre nós enquanto Gabi dirigia com uma mão no volante e a outra suavemente pousada sobre minha coxa. O toque dela era leve, quase distraído, mas ao mesmo tempo carregado de uma intimidade que fazia meu coração disparar.

O som suave do motor, o movimento ritmado da estrada e o carinho de Gabi criavam um cenário perfeito de paz. Eu me recostei no banco, deixando meus pensamentos se dissiparem. Sentir o calor da mão dela em minha pele trazia uma sensação de segurança que eu não sabia que precisava. Com ela, todas as preocupações sobre a distância, o futuro e os desafios pareciam tão pequenas.

Eu nunca tinha me sentido tão à vontade com alguém assim, como se, com Gabi, não houvesse pressa. O tempo, os compromissos e as exigências do nosso dia a dia não importavam quando estávamos juntas. Era como se o mundo lá fora parasse por um momento.

— Está tudo bem? — Gabi perguntou, sem desviar os olhos da estrada, mas apertando minha coxa suavemente, como se sentisse meu relaxamento crescente.

— Está mais do que bem... — Respondi com um sorriso sonolento.

Ela sorriu, e mesmo sem olhar para mim, dava para sentir o carinho por trás daquele sorriso. Eu me permiti fechar os olhos, sentindo o calor do sol em meu rosto e o ritmo constante da mão dela acariciando minha pele.

— Cochile um pouco, pequena. — Gabi disse, a voz baixa e suave. — Temos um tempo ainda até chegarmos.

Eu suspirei, já sentindo minhas pálpebras pesadas. Estava tão confortável, tão em paz... Meus pensamentos começaram a se embaralhar enquanto o toque constante de Gabi e o som suave da estrada me embalavam. No fundo, sabia que não importava onde ela estivesse me levando. O destino era secundário; o que importava era que, pela primeira vez em muito tempo, eu me sentia completamente segura.

Através de saques e saltosOnde histórias criam vida. Descubra agora