Capítulo 12

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O silêncio na sala era pesado, quase sufocante. A equipe havia voltado do porto derrotada, exausta e sem respostas. O vazio da cela onde Gael deveria estar ainda assombrava Thomas. Ele estava lá. Tão perto. Mas Wu, sempre um passo à frente, havia levado Gael para longe, e isso destruía Thomas por dentro.

— Como podemos ter errado? — TJ murmurou, olhando fixamente para as telas do computador. — Estávamos tão perto...

Lupita colocou uma mão firme no ombro de TJ, tentando transmitir algum consolo. — Wu está jogando com nossas mentes. Ele sabia que estaríamos lá.

— Isso significa que alguém o está ajudando. — Chris completou, os olhos nunca deixando os monitores. — Alguém com acesso às nossas informações.

Thomas, no canto da sala, cruzou os braços, seu olhar duro fixo em um ponto distante. O pensamento em Ardat surgia novamente. Ela não fazia parte do núcleo de confiança, sempre flutuando nas sombras, à margem, observando, mas nunca realmente participando.

— Estou te dizendo, tem algo errado com ela. — Thomas falou para Lupita, que se aproximou ao perceber o foco dele.

Lupita suspirou, com uma sombra de preocupação nos olhos. — Eu sei que você está desconfiado, mas não temos provas. Além disso, nosso foco tem que ser encontrar Gael. Não podemos nos distrair.

Chris, que havia ficado quieto, finalmente quebrou o silêncio. — Recebi uma nova transmissão interceptada. Confirma que Gael foi movido para outro navio, mas ainda não sabemos qual.

— Droga! — TJ bateu na mesa com força. — Wu está brincando com a gente.

— Espere. — A voz de Charles soou pelo interfone, assustando a todos. — Estive vasculhando algumas redes de comunicação ilegais. Parece que uma mulher tem ajudado Wu a mover suas operações. Ela é mencionada em vários canais do submundo.

Thomas sentiu o estômago revirar. Ele sabia que essa mulher só podia ser Ardat, mas, sem provas concretas, não podia fazer uma acusação. Não ainda.

— Quem é essa mulher? — Lupita perguntou, enquanto todos se reuniam ao redor do comunicador de Charles.

— Ainda não sabemos muito. — Charles continuou. — Mas parece que ela tem uma influência significativa no submundo asiático. Os capangas de Wu falam dela com respeito e medo. É letal, e parece que está coordenando os movimentos de Wu, garantindo que fiquemos sempre um passo atrás.

— Uma mulher... — Thomas murmurou, o desconforto crescendo. — Precisamos descobrir quem ela é o quanto antes.

Gael estava preso em um pequeno quarto no porão do navio, seu corpo exausto e cheio de hematomas

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Gael estava preso em um pequeno quarto no porão do navio, seu corpo exausto e cheio de hematomas. A dor era insuportável, e cada tentativa de levantar a cabeça era frustrada pela fraqueza. Seus braços tremiam, sua visão embaçava, e o cheiro metálico de sangue o rodeava.

Dano Colateral - Romance LGBTOnde histórias criam vida. Descubra agora