O sol brilhava suavemente sobre o hospital, mas dentro do quarto de Gael, a atmosfera estava densa com um misto de preocupações e alívio. O grupo, agora reunido, havia decidido visitar Gael assim que souberam que ele estava fora de perigo. Deby, Thomas, Lupita, TJ e Chris entraram no quarto de hospital, sorrindo, mas carregando a tensão de dias difíceis.
— Como você está, Gael? — perguntou Lupita, a primeira a se aproximar da cama. Havia alívio em seu olhar ao ver Gael acordado, embora ainda debilitado.
Gael sorriu, fraco, mas grato.
— Me sinto... melhor. Muito melhor agora que vocês estão aqui. — Sua voz era rouca, mas seus olhos transmitiam sinceridade.
Thomas estava ao lado da cama, e o toque silencioso de suas mãos era um lembrete do quanto ele havia temido perder Gael.
Deby, no entanto, estava menos tranquila. Ela olhava ao redor do quarto, visivelmente desconfortável, como se algo estivesse fora de lugar.
— Estou preocupada com sua segurança, Gael — admitiu ela, sem rodeios. — Agora que todos os nossos familiares estão protegidos na casa, você é o único que ainda está vulnerável. Sabemos que Ardat não vão desistir tão facilmente.
Gael assentiu, sentindo a preocupação de Deby, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, TJ interveio.
— Você tem razão, Deby, mas também devemos isso a Gael — disse TJ, olhando para Gael com uma expressão séria. — Ele merece saber a verdade sobre quem somos e por que tudo isso aconteceu.
Deby concordou, olhando para Gael com um misto de empatia e firmeza.
— Nós somos agentes secretos — disse Deby, deixando as palavras ecoarem por um momento. — Mas, Gael, nossa amizade com você sempre foi real. A confiança que construímos, as coisas que compartilhamos... isso não foi parte de uma missão. Não sabíamos que Thomas estava envolvido até tudo começar a se complicar.
Gael olhou para cada um deles, absorvendo as revelações. Ele sabia que havia segredos, mas era reconfortante ouvir que a amizade que desenvolveram era genuína.
— E nossas funções dentro da equipe... bem, somos especialistas em operações especiais e inteligência, cada um com uma função específica dentro deste grupo, mas cada um pertence a uma agência diferente, eu e Thomas somos da CIA, TJ é da Interpol, Deby é do MI5 e Lupita é dessa organização, mas antes ela foi de várias agências. — explicou Chris. — Faz tempo que somos uma equipe, e Thomas... ele, assim como cada um, precisa seguir as ordens de sua própria agência.
Thomas desviou o olhar, claramente refletindo sobre suas ações e o impacto que isso teve em Gael.
— Eu entendo — disse Gael calmamente. — Não esperava que tudo fosse tão... complexo. Mas me lembro de algo. Quando eu estava em cativeiro... Wu e seus homens continuavam insistindo em umas coisas. Eles queriam saber quem eram vocês, a que agência pertenciam. Mas mais do que isso, eles queriam saber o que Thomas estava fazendo em Taiwan.
Ao ouvir as palavras de Gael, os olhos de Thomas e Deby se encontraram de imediato. Ambos se lembraram da missão que haviam realizado juntos.
— Taiwan... — murmurou Deby, sua mente correndo para o passado.
Thomas inclinou-se um pouco mais perto, a expressão séria.
— Você se lembra da missão em Taiwan? — ele perguntou a Deby. Ela assentiu, já percebendo a conexão.
— Estávamos seguindo pistas de um grupo extremista russo — começou Deby. — Eles estavam se infiltrando nas máfias asiáticas, buscando alianças para expandir suas operações. Quase fomos capturados naquela vez.
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Dano Colateral - Romance LGBT
RomanceGael Dubois, um preceptor renomado, é conhecido por sua discrição e seriedade ao trabalhar com filhos da elite global. Ao aceitar um trabalho no Havaí para o enigmático empresário Ray Wu, ele desconhece um detalhe crucial: Wu é um mafioso chinês pro...