O helicóptero cortava o céu escuro com velocidade máxima. A água do oceano abaixo era apenas uma massa negra, mas ao longe, as luzes do navio de Wu piscavam como um aviso. Eles estavam perto.
— Estamos chegando ao ponto de interceptação! — gritou TJ sobre o rugido das hélices, enquanto o navio ficava cada vez maior na visão do grupo.
Thomas fechou os olhos por um segundo, tentando controlar a adrenalina que corria por seu corpo. Tudo estava prestes a acontecer. Lupita, Deby e Chris se preparavam ao seu lado, revisando as armas e os planos de entrada.
— Vai ser rápido e letal. — Deby falou, sua voz firme. — Não podemos perder tempo com distrações. Entramos, neutralizamos os capangas, tiramos Gael e saímos.
— Simples assim, né? — Thomas respondeu, com uma leve ironia, mas seus olhos estavam fixos no navio à frente.
O helicóptero começou a descer em um ângulo íngreme, as luzes do navio agora totalmente visíveis. Os capangas de Wu, alertados pela aproximação, já estavam armados e em posição, prontos para a batalha.
— Hora da ação! — gritou TJ, enquanto as portas do helicóptero se abriam e os primeiros disparos começavam a ecoar no ar.
Thomas, Lupita Chris e Deby desceram rapidamente por cabos até a plataforma do navio, sendo recebidos por uma chuva de balas. Os capangas de Wu estavam preparados, mas o grupo não perdeu tempo. Lupita, ágil e experiente, se abaixou enquanto disparava com precisão, derrubando o primeiro guarda antes que ele pudesse reagir. Deby, com suas habilidades mortais de combate corpo a corpo, avançou para a linha de frente, derrubando os inimigos com uma combinação de golpes rápidos e certeiros.
— Mantenham-se juntos! — Thomas gritou, tentando sobrepor sua voz aos tiros e gritos. Ele rolou para o lado, desviando de uma rajada de balas, e disparou contra dois homens que avançavam na direção de Lupita.
O navio balançava levemente com o movimento das ondas, mas isso não desacelerava a batalha. O som metálico dos tiros e o eco das botas dos capangas nos corredores apertados do convés tornavam o ambiente sufocante. As lâmpadas oscilavam com o impacto dos tiros, jogando sombras ameaçadoras sobre os combatentes.
Thomas liderou o avanço, disparando contra os guardas que tentavam bloqueá-los enquanto Lupita, Chris e Deby flanqueavam os inimigos com ataques precisos. Os capangas de Wu eram bem treinados, mas o grupo de Thomas era mais determinado e movido pelo desespero.
— Gael está aqui em algum lugar! — Thomas rosnou, empurrando um guarda para fora do caminho e golpeando-o com a coronha da arma.
Cada segundo parecia estender-se em uma eternidade. Thomas sabia que cada momento perdido poderia ser fatal para Gael. Ele sentia o peso da responsabilidade como um peso em seus ombros.
— Vamos terminar logo com isso! — Chris gritou, derrubando mais dois capangas com tiros certeiros.
Conforme eles avançavam pelos corredores estreitos do navio, os capangas caíam um a um. Mas a resistência era feroz. No convés inferior, onde Gael estava sendo mantido, o grupo encontrou mais capangas de Wu esperando por eles. Uma luta violenta corpo a corpo começou. Deby, com suas habilidades ágeis, girava e desarmava os inimigos com maestria, enquanto Thomas, Chris e Lupita davam cobertura.
Wu observava tudo através de uma tela de vigilância. Seus olhos ardiam de raiva enquanto via seus homens sendo derrubados um a um. Ele socou a mesa de metal à sua frente, frustrado.
— Como eles chegaram tão rápido?! — ele gritou para si mesmo, incapaz de controlar a raiva.
O plano estava ruindo. Seus capangas estavam sendo derrotados, e ele sabia que o resgate de Gael agora era inevitável. Ele só tinha uma escolha: fugir e salvar sua própria pele, pois sabia que o grupo iria arás dele depois. Com um gesto apressado, ele acionou um botão de emergência.
— Droga... — Wu murmurou, agarrando sua maleta e correndo para a saída. Mas sua frustração era palpável. Ele não conseguiu manter o controle da situação. – Ardat vai me pagar por não ter impedido isso. – Bradou ao final.
Thomas, Lupita, Chris e Deby derrubaram os últimos capangas no corredor e correram para o porão onde Gael estava sendo mantido. O cheiro de sangue e água salgada era forte no ar. Quando Thomas abriu a porta de metal com um chute, seu coração parou.
Lá estava Gael.
Inconsciente, preso por correntes, seu corpo machucado e ensanguentado. Ele estava pálido, seus lábios rachados e seus olhos inchados de dor. Thomas sentiu um frio gélido percorrer sua espinha ao ver o estado do homem que amava.
— Gael! — Thomas gritou, correndo até ele e caindo de joelhos ao seu lado.
Ele verificou a pulsação de Gael. Estava fraca, mas presente.
— Ele ainda está vivo! — Thomas gritou para Chris, que já estava cortando as correntes com um alicate que havia encontrado.
Deby e Lupita deram cobertura, os olhos atentos para qualquer outro capanga que pudesse aparecer.
Thomas pegou Gael nos braços com cuidado, suas mãos tremendo. — Vamos tirar você daqui, Gael. Fique comigo. Por favor, fique comigo.
O som distante de helicópteros de apoio se aproximava, mas para Thomas, tudo ao seu redor parecia desvanecer. A única coisa que importava naquele momento era Gael, que lutava pela vida.
Ele segurava Gael com força, determinado a levá-lo para um hospital, um lugar seguro e salvá-lo a qualquer custo. Eles haviam vencido essa batalha, mas o que viria a seguir seria ainda mais perigoso.
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Dano Colateral - Romance LGBT
RomanceGael Dubois, um preceptor renomado, é conhecido por sua discrição e seriedade ao trabalhar com filhos da elite global. Ao aceitar um trabalho no Havaí para o enigmático empresário Ray Wu, ele desconhece um detalhe crucial: Wu é um mafioso chinês pro...