Capítulo 11

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A tensão crescia no quartel-general improvisado enquanto a equipe se preparava para a ação. O porto abandonado, o navio, a saída iminente de Wu e Gael... tudo convergia para aquele momento crítico. Thomas ajustou o colete tático, o rosto contorcido pela preocupação. O pensamento de Gael sofrendo nas mãos de Wu o fazia se mover mais rápido, mais decidido, mas também o deixava à beira do desespero.

— Estamos prontos? — perguntou Lupita, caminhando até ele. Sua voz firme e profissional tentava acalmar o caos que crescia dentro de cada um ali.

— Mais do que prontos — respondeu TJ, ajustando o fone de comunicação. — Precisamos estar um passo à frente.

Chris revisava os mapas e as coordenadas no computador, olhando a movimentação do navio. — Eles estão adiantados. O cargueiro vai zarpar em menos de uma hora, se não chegarmos lá rápido, Gael estará a caminho da China, e Wu vai ter a vantagem.

Thomas tentou ignorar a dor no peito ao pensar no que Gael poderia estar passando. As últimas informações que conseguiram revelaram que Gael estava lá. Wu, cruel e calculista, sabia que Gael era a chave para quebrar Thomas.

Deby, ao lado de Chris, observava silenciosamente as telas. Algo a incomodava, mas ela não conseguia colocar em palavras. Sua intuição, sempre afiada, lhe dizia que havia algo mais nesse jogo.

— Precisamos nos mover — disse Lupita. — Não podemos esperar mais.

Todos assentiram. Eles sabiam que, a essa altura, cada segundo contava.

Enquanto o grupo começava a se organizar, Ardat apareceu novamente, como uma sombra silenciosa. Sempre ali. Thomas, já incomodado com a presença constante dela, não conseguia mais ignorar a sensação de que algo estava errado. Havia algo em seus olhos, uma calma calculada, que o fazia sentir que ela sabia mais do que estava dizendo.

Ardat se aproximou lentamente de Thomas, colocando uma mão delicada em seu ombro. — Tudo vai ficar bem, Thomas. Tenho certeza disso — disse com uma voz suave, quase doce demais para o momento. Ela sorriu, mas o desconforto de Thomas apenas aumentou.

Quando ela se afastou, Thomas virou-se para Lupita e murmurou, baixo o suficiente para que apenas ela ouvisse: — Algo não está certo com ela. Estou começando a desconfiar de que Ardat sabe mais do que está revelando.

Lupita estreitou os olhos. — Você acha que ela está envolvida?

— Não sei ainda, mas ela sempre aparece nos momentos cruciais. Parece coincidência demais — Thomas respondeu, a voz carregada de desconfiança.

Lupita assentiu lentamente. — Vamos ficar de olho. Mas agora, nossa prioridade é Gael.

Eles partiram em direção ao porto, dando uma desculpa esfarrapara para Ardat. O tempo era escasso, e as chances de resgatar Gael diminuíam a cada segundo.

 O tempo era escasso, e as chances de resgatar Gael diminuíam a cada segundo

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Dano Colateral - Romance LGBTOnde histórias criam vida. Descubra agora