#10

17 1 0
                                    

Marina sentiu um frio na barriga ao ouvir as palavras de Hector. O tom de sua voz, firme e resoluto, a fez questionar se ele realmente estava falando sério sobre o castigo. Um misto de excitação e apreensão tomou conta dela. Por um lado, havia um terror silencioso, uma parte dela que se questionava se tinha ido longe demais, se desobedecer a ele significava realmente ser punida. Por outro lado, a ideia de ser reprimida por Hector despertava um desejo que ela mal conseguia compreender.

Enquanto caminhavam, Marina tentava se concentrar no caminho à frente, mas sua mente estava tumultuada. O ambiente do evento de BDSM vibrava com energia erótica, e a interação que acabara de testemunhar a deixara confusa. Hector era possessivo, isso ela já sabia, mas a forma como ele se impôs diante do outro homem havia amplificado tudo: seu domínio, sua proteção, seu desejo.

“Ele é realmente ciumento,” pensou, tentando entender os sentimentos que isso despertava dentro dela. A sensação de ser desejada daquela forma, mesmo com um toque de possessividade, era nova e, de algum modo, tentadora. Era como se Hector estivesse marcando seu território, e a ideia de ser sua — completamente sua — a fazia tremer de excitação.

Mas o que seria o castigo? A incerteza a consumia. A imaginação fervilhava em sua mente: será que ele a levaria para um quarto privado? O que ele faria? Havia algo de tão sedutor na ideia de ser punida, de se entregar à vontade dele, mas isso vinha com a sombra do desconhecido. Marina precisava saber até onde ele estava disposto a ir. A tensão entre os dois era palpável, e ela podia sentir o calor emanando dele enquanto caminhavam.

Chegando a um canto mais reservado do espaço, Hector a puxou para mais perto, o olhar fixo em seus olhos. “Você está nervosa, Marina,” ele disse, e a forma como pronunciou seu nome soou como um sussurro, profundo e possessivo. “O que você está pensando?”

Ela hesitou, olhando para baixo. “Não sei o que esperar,” confessou, a voz trêmula. “Você realmente vai... me castigar?”

Hector inclinou-se mais perto, sua presença dominante a envolveu como um manto. “Sim, você será punida,” ele afirmou, mas havia uma suavidade na forma como ele a olhou. “Mas apenas sempre que você não me obedecer,ou fizer algo errado. Nunca será sem motivos "

O coração de Marina disparou. Ela queria agradá-lo, mas a ideia de desobediência — e das consequências que viriam com isso — a deixou em um estado de antecipação frenética. “E se eu... não fizer nada de errado?” questionou, um sorriso nervoso nos lábios.

“Então, você não terá nada com que se preocupar,” Hector respondeu, sua voz baixa e sedutora. “Mas, se você continuar a desafiar meu controle...” Ele deixou a frase no ar, permitindo que a imaginação de Marina criasse cenários.

O pensamento de ser punida por algo que ela nem sabia o que era a deixava em um estado de êxtase e medo. O jogo de dominação e submissão entre eles estava apenas começando, e, mesmo assim, algo dentro dela queria mais. Marina sabia que a conexão entre eles estava se aprofundando e que essa nova dinâmica estava moldando sua identidade de uma forma que ela nunca havia esperado.

A ideia de ser castigada por Hector — seu mestre, seu protetor, seu desejo — era intoxicante. “Estou pronta,” disse Marina, a determinação emergindo. “Estou pronta para aprender.”

Hector sorriu, um sorriso que misturava orgulho e desejo. “Então, vamos começar. Apenas lembre-se, eu sou o seu mestre, e você deve se submeter a mim. Apenas a mim e ninguém mais."

Marina sabia que tinha cometido um erro ao dar atenção a outro homem, mesmo que fosse apenas uma conversa casual. A atmosfera carregada do evento a fazia sentir-se deslumbrada, e a presença de Hector a deixava em um estado de excitação. No entanto, a ordem e a dinâmica que estavam começando a se formar entre eles não poderiam ser ignoradas. Ela havia se desviado do caminho que estava aprendendo a trilhar ao lado dele.

Desejo proibido Onde histórias criam vida. Descubra agora