#21

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Marina assistiu Julie deixar a sala, o corpo murchando sob o peso do desprezo de Hector, e algo dentro dela se contorceu. O desconforto pela forma calculadamente fria com que ele a dispensara trouxe uma mistura de sensações. Parte dela se viu aliviada – afinal, Julie nunca passou de uma distração para ele. Mas outra parte... Temia.

Por mais que ela soubesse que era a única que possuía o lugar de verdadeira submissa de Hector, havia algo inegavelmente cortante em ser confrontada com um lembrete de que ele, sem esforço algum, podia colocar qualquer pessoa de lado. Às vezes, Marina se perguntava quando seria sua vez de ser descartada.

Seu peito subia e descia mais rápido, o aperto do ambiente ao redor aumentando sua ansiedade. O cheiro forte de couro vinha direto do sofá, o ar do escritório agora estava saturado com sua antecipação... e o olhar de Hector queimava em sua pele como as luzes que atravessavam as janelas.

Sua decisão de ir até ali — até o escritório proíbido, movida por ciúmes — tinha sido um erro. E não havia mais volta. Os erros não passavam despercebidos por Hector. Ela sabia muito bem o que a esperava. Seus músculos se retesaram e, misturado ao medo de punição, algo mais a atravessava: excitação.

"Você realmente achou que poderia aparecer assim, sem considerar as consequências?" A voz dele cortou o ar, baixa, como um predador que não precisa rugir para ser temido.

Ele estreitou a distância entre eles, movimentando-se com aquela calma impecável, a adrenalina de Marina pulsando junto ao som de seus sapatos no chão. Hector segurou seu queixo com firmeza, erguendo o rosto dela para encarar seus olhos: duros, impenetráveis. Não havia negação do poder ali, e isso fez o corpo dela, sempre ávido por controle, tremer de antecipação.

“Hoje...” Ele fez uma pausa, o polegar acariciando o lábio inferior dela com uma suavidade inesperada, “... você vai aprender. Me desobedecer tem um preço, Marina.”

O calor entre seus corpos vibrava no ar, mas era Hector quem estava completamente no comando. Uma das mãos dele deslizou pelos pulsos de Marina, prendendo-os acima de sua cabeça com uma facilidade alarmante. Não havia espaço para fuga — física ou emocional. Ela pertencia a ele naquele momento, mesmo que lutassem por essa posse a cada segundo
.
Ele a pressionava a assumir uma posição de submissão, seus olhos escuros avaliando cada movimento dela.

“Agora, você vai aprender a me agradar,” disse ele, a voz firme como uma ordem. Marina, sentindo o coração disparar, se ajoelhou em frente a ele, a tensão crescendo enquanto se preparava para o que ele a forçaria a fazer.

Marina estava de joelhos, suas mãos tremendo ligeiramente enquanto Hector se aproximava, alto e imponente, os olhos fixos nos dela, avaliando cada respiração acelerada que saía de seus lábios. O ambiente ao redor parecia se desfazer enquanto ela se concentrava no que estava por vir. A tensão entre eles era palpável, o ar carregado de expectativa.

"Você sabe o que fazer," ele murmurou, sua voz baixa e carregada de comando, como se fosse uma instrução cuidadosamente ensaiada.

Marina olhou para ele, sentindo uma mistura de excitação e apreensão dominar seu corpo. Com uma respiração profunda, ela permitiu que seus lábios se aproximassem lentamente, a sensação de seu dever e submissão pulsando com força crescente dentro dela. Cada movimento que ela fazia era deliberado, cronometrado para provocar e ao mesmo tempo testá-la.

Rapidamente Hector desabotoou a calça e liberou seu membro ereto próximo ao rosto de Marina;Quando ela finalmente o envolveu com a boca, Hector soltou um suspiro baixo, satisfeito e dominador. Cada movimento que ela fazia era meticulosamente observado, seus olhos não desgrudavam dos dela. Ela se movia com dedicação, tentando manter-se no controle, mas inevitavelmente perdendo o fôlego, as sensações ficando mais intensas à medida que ele segurava firmemente a parte de trás de sua cabeça. O ar ficava escasso, e um arrepio percorreu sua espinha.

Marina lutava para se adequar ao ritmo que ele impunha, as mãos apertando seus próprios joelhos em um esforço para se manter equilibrada enquanto ele a guiava, exigindo mais entrega a cada segundo que passava. Seu corpo tremia de excitação, o calor em sua pele era quase doloroso.

"Isso," ele sussurrou roucamente. "Você está aprendendo." O olhar firme de Hector não deixava dúvidas de quem estava no controle naquela sala.

À medida que as estocadas suaves se tornavam mais profundas, Marina sentiu o ar escapar em um momento só, seus olhos se fechando enquanto tentava manter-se firme. Intensa demais, ela sentia o gosto da submissão e o poder que ele emanava. Quando finalmente sentiu o impulso o dominar e ele gentilmente a trouxe de volta à realidade, ela se afastou, os lábios vermelhos e a respiração ofegante.

Hector se ajoelhou ao nível dela, segurando seu rosto com uma firmeza que ainda trazia vestígios de carinho.

"Você foi perfeita," ele murmurou com um sorriso ligeiramente voltado para cima. "Mas estamos apenas começando."

"Brincaremos de um jeito... diferente agora,” ele sussurrou, e o tom escapava carregado de uma ameaça velada.
Marina não podia mais controlar sua própria respiração. Cada toque e cada palavra de Hector a levava para uma montanha-russa interna onde desejo e medo se misturavam. Ele a virou, pressionando-a contra a mesa, a madeira fria nas costas de Marina contrastando violentamente com o calor de seus pensamentos e a expectativa que a dominava.

As mãos dele a prendiam com mais firmeza, a imobilizando totalmente, e sua boca se aproximou do ouvido dela, enviando arrepios com cada palavra calculada.

"Quando você quebra as regras..." ele apertou os punhos dela com mais força, sua respiração quente contra o pescoço nu dela, "... você perde o direito de tomar decisões."
Ela não sabia por quanto tempo conseguiria segurar seus próprios impulsos — seu corpo respondia mais rápido do que seus pensamentos, e sua mente estava totalmente enredada entre a vergonha da desobediência e a excitação de ser controlada por ele.

Marina tentou abrir um pedido de desculpas, algo que desse a ela um respiro psicológico, mas ele percebeu. Hector sempre percebia. A reação dela, por menor que fosse, nunca passava despercebida.

"E se você pensa que há uma saída fácil, Marina," ele apertou os pulsos dela com ainda mais determinação, "você vai aprender do jeito mais difícil."
E então, sem aviso algum e sem hesitar, ele a puxou de volta para si com força, obliterando qualquer dúvida sobre quem dirigia esse momento.

Assim que a força de Hector a envolveu completamente, Marina engasgou, surpresa pela intensidade. Ele a silenciou com a boca no pescoço, um toque feroz que a fazia estremecer, mas que a levava mais profundamente para um abismo ao qual ela nunca resistiria. O domínio dele era absoluto, e Marina mal conseguiu evitar ofegar a cada avanço que ele fazia.

“Você acha que pode desafiar a mim?” ele murmurou, cada sílaba carregada de controle absoluto, enquanto sua mão se movia com uma precisão ofuscante. “Acha que esse joguinho infantil no escritório não teria consequências?”

A pressão aumentou, e ele fez com que Marina se lembrasse de cada vez que ela tentou rebelar-se emocionalmente, movida por ciúmes ou qualquer desejo de aproximação. Ele não a punia apenas por cada ato — mas por cada pensamento que tentava escapar de seu controle.

E ela amava isso. O ódio surgiu devagar, só para ser sufocado pelo prazer de ser comandada por completo.

Quando ele a soltou por fim, Hector não deu sinais de afeto ou gentileza. Marina tremia enquanto se mexia, tentando reordenar o pulso acelerado de seu corpo.

“Eu sou quem define as regras aqui, Marina,” ele disse por fim, ajustando seu colarinho como se o ato anterior fosse uma reunião entediante. “E talvez... você devesse começar a respeitá-las.” O sorriso frio que seguiu não aplacou qualquer receio que jorrava na mente dela. Era uma constatação. Um lembrete de que essa batalha, por mais que ela tentasse, nunca estava a seu favor.

Marina encarou Hector, seu próprio corpo desafiando os impulsos que lhe corriam. Ela sabia que seria punida pela visita ao escritório, e de uma maneira física, mas Hector sempre fazia questão de lembrar que o verdadeiro castigo... estava no controle emocional que ele exercia.

Ela engoliu em seco, ciente de que o que ela havia começado ali não acabaria tão cedo.

"Agora," Hector disse, o tom sórdido de dominação final, "vamos para a cobertura. E esteja pronta... para mais do que isso."

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