#15

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O carro parou suavemente em frente à cobertura onde viviam. Marina não pôde evitar um arrepio quando Hector soltou sua mão e saiu primeiro, sempre o cavalheiro, sempre à frente. Ele deu a volta e abriu a porta para ela, estendendo a mão com um olhar que falava mais do que qualquer palavra que poderia dizer.

Ela desceu do carro, e a brisa fria da noite fez seu corpo se contrair levemente. Hector, com aquele semblante de calma contida, envolveu seu braço em volta de sua cintura e a conduziu para dentro. A portaria elegante refletia as luzes suaves da noite, mas ela mal reparou. Sua mente já estava longe, antecipando o que viria.

Dentro do elevador, o silêncio entre eles era carregado de tensão. Marina podia sentir o calor da mão dele ainda em sua cintura, firme, possessiva. Seus olhos, apesar de fixos nas portas do elevador, transmitiam aquela energia que ela conhecia bem, uma promessa não verbalizada do que viria em breve.

Assim que chegaram à cobertura, a atmosfera mudou. A sala de estar iluminada por luzes suaves parecia um outro mundo em comparação com a cidade lá fora. Ali, eles eram apenas eles, sem as máscaras sociais, sem a pressão de se ajustarem a um padrão "normal".

Marina se afastou por um momento, caminhando até a sacada, olhando para a vista deslumbrante da cidade. Hector a observava de perto, suas mãos nos bolsos, como se estivesse aguardando o momento certo para fazer o próximo movimento.

Ela respirou fundo, sentindo a tensão em seus ombros se dissipar. O dia tinha sido bom. Diferente. Ela havia sentido uma leveza que raramente vivia ao lado de Hector, mas sabia que aquela não era a verdadeira essência deles. O que os conectava, o que os mantinha colados um ao outro, era muito mais intenso, mais visceral.

" Foi um bom dia", ela disse baixinho, sabendo que ele a escutaria, mesmo do outro lado da sala.

"Foi",ele concordou, a voz dele grave e controlada, enquanto se aproximava lentamente.

Marina se virou para encará-lo, sentindo o coração acelerar conforme ele se aproximava. Hector parecia mais à vontade agora, a tensão do "normal" esvaindo-se de seu rosto, dando lugar à intensidade que ela tanto desejava.

Ele parou à sua frente, os olhos escuros dele fixos nos dela. Aquele momento de silêncio entre eles, como se o mundo lá fora não existisse. Hector levantou a mão e acariciou sua bochecha suavemente, o toque firme o suficiente para lembrar quem ele era.

" Faltou algo hoje?" ele perguntou de novo, mas dessa vez, havia algo mais profundo em sua voz. Algo mais possessivo.

Marina sorriu levemente, inclinando o rosto ao toque da mão dele, sentindo cada fibra de seu ser se entregar ao momento. Ela não precisava de palavras para responder. Seu corpo já o estava fazendo por ela.

"Venha comigo,"ele ordenou, sem dar espaço para resistência.

Ele a guiou para o quarto, onde o ambiente era acolhedor, mas carregado com a expectativa do que estava por vir. As luzes estavam mais baixas ali, a cama perfeitamente arrumada, mas a energia que pairava no ar já era elétrica.

Hector a parou no meio do quarto e se afastou por um segundo, seus olhos examinando-a com uma intensidade que fazia sua pele queimar de antecipação.

"Tire o vestido,"ele ordenou, a voz firme, como sempre, sem deixar dúvidas sobre quem estava no controle.

Marina obedeceu, como sempre fazia. Seus dedos trêmulos puxaram o zíper devagar, sentindo o tecido escorregar de seu corpo até cair aos pés. Ela permaneceu ali, apenas de lingerie, enquanto Hector observava cada movimento com aquele olhar predatório que fazia seu corpo se acender.

Ele se aproximou devagar, o calor dele invadindo o espaço entre eles. Seu dedo deslizou pelo ombro dela, descendo pelo braço até sua mão. Ele a puxou para mais perto, tão perto que ela podia sentir sua respiração, pesada e controlada, contra sua pele.

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