#18

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A água quente escorria sobre minha pele, trazendo uma sensação relaxante após um dia longo e exaustivo. Estávamos no banho juntos, cercados pela suavidade do vapor e pelo aroma dos produtos de higiene que ele mantinha em sua luxuosa cobertura. Eu me sentia confortável, mas ao mesmo tempo havia uma tensão no ar — uma tensão que parecia pulsar entre nós. Ao meu lado, Hector, sempre tão misterioso e excêntrico, não parecia mais o homem inatingível que conhecia. Ele estava ali, tão próximo, e o calor de seu corpo fazia meu coração disparar.

Enquanto o vapor nos envolvia, lembrei da noite anterior, de como ele me fez sentir. A intensidade de nossa conexão ainda estava presente, como uma chama acesa, mas a dúvida começou a me consumir. Com a coragem que eu mal reconhecia, decidi quebrar o silêncio. “Hector, foi tão ruim assim dormirmos juntos?” A pergunta saiu como um sussurro, mas carregava um peso que parecia reverberar no espaço entre nós.

Ele me olhou com aqueles olhos profundos que sempre pareciam ler minha alma, e senti um frio na barriga. “Marina, você sabe como funciona. Existem regras que devemos seguir.” Sua voz era firme, mas havia algo na maneira como me olhava que me fazia questionar se ele realmente pensava assim ou se estava apenas mantendo a fachada.

“Mas por que eu deveria ser punida?” A indagação saiu mais intensa do que eu pretendia. “O que aconteceu entre nós foi algo que ambos desejávamos. Não deveria ser assim, não depois do que compartilhamos.”

A expressão de Hector se transformou em uma mistura de surpresa e respeito. Ele estava claramente avaliando minha ousadia. “Desafiar as regras pode ter consequências, Marina. Você deve entender que as coisas não são tão simples quanto parecem.”

“E se eu não me importar?” Era a primeira vez que sentia vontade de me afirmar, de não ser apenas a mulher submissa a seus desejos. O desafio em minhas palavras fez meu coração acelerar. “Eu não quero ser apenas a amante que você possui. Quero ser mais. Quero ser alguém que importa.”

A tensão aumentou, e eu podia sentir a mudança na atmosfera. Era como se a água ao nosso redor estivesse fervendo. Hector não estava acostumado a isso, e a ideia de que eu o estivesse desafiando o deixou intrigado, mas também preocupado.

“Você realmente quer saber até onde isso pode ir?” O tom dele era mais grave, como se ele estivesse me testando.

“Sim, eu quero,” respondi, decidida. “Estou disposta a correr o risco. Quero saber o que há além do que você me permitiu até agora.”

Ele hesitou, o que me fez sentir uma onda de expectativa. Algo mudou em seu olhar — um misto de desejo e respeito. O momento estava carregado de eletricidade, e eu sabia que a resposta estava a um passo de distância.

Sem aviso, Hector me puxou para mais perto. A água escorria entre nossos corpos, e a intensidade de sua presença me envolveu por completo. “Então, você está disposta a aceitar as consequências?”

Meu coração disparou, e antes que pudesse responder, ele inclinou-se para mim. Nossos lábios se encontraram em um beijo fervoroso, um beijo que falava de desejo e intensidade. Eu me perdi naquele momento, mergulhando de cabeça na paixão que sentia por ele.

A água se misturava com o calor entre nós, e eu me deixei levar pela entrega. O mundo ao nosso redor desapareceu, e a única coisa que importava era aquele beijo — cada toque, cada sussurro.

Era como se tudo que eu temia se dissipasse, e o que restava era apenas a conexão profunda que nos unia. No calor daquelas águas, descobri um lado de mim que não sabia que existia — um lado que desejava desafiá-lo, mas que também se entregava a ele sem reservas.

Quando finalmente nos afastamos, ainda estava presa no encanto do momento, e a realidade se dissolveu em meio ao calor e à intimidade. Eu sabia que nosso caminho estava apenas começando, e que as regras que ele impunha poderiam ser mais flexíveis do que eu imaginava.

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