Capítulo 18 | Desejo Outonal

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.⋆꙳・Aleksander・꙳⋆.

Encostado à parede fria da minha casa de banho particular no trabalho, senti os meus músculos tensos, como se cada centímetro do meu corpo estivesse a colapsar sob o peso de algo que eu não conseguia conter.

Os meus dedos deslizavam sobre o meu membro, começando com movimentos lentos, precisos, enquanto a imagem da Evangeline dominava todos os meus pensamentos. O calor do seu corpo, tão perto, a roçar no meu, a respiração dela a misturar-se com a minha, o leve tremor que percorreu o seu corpo quando os nossos corpos tocaram-se através das roupas... 

A cada lembrança, os meus movimentos tornavam-se mais rápidos, mais intensos. A mão apertava com mais força, ritmada pelo desejo crescente. Sentia o calor a subir, o corpo a reagir à memória da Monroe, ao jeito que os seus lábios entreabriram-se naquele instante, ao som quase imperceptível que ela fez quando as nossas respirações se misturaram. Eu imaginava-me a deslizar as minhas mãos pelo corpo dela, sentindo cada curva, cada contorno.

Os meus quadris moveram-se contra a minha mão, procurando mais, cada vez mais rápido, enquanto o pensamento da nossa proximidade esmagadora no armário consumia-me. A maneira como os nossos corpos encaixaram-se no escuro; o seu rabo a roçar firmemente contra o meu pau; como ela, por um segundo, pareceu ceder, tão perto que eu podia sentir o calor da sua pele...

Com esses pensamentos, a minha respiração ficou mais pesada, mais rápida, enquanto os meus dedos moviam-se com precisão, apertando e soltando ao ritmo da necessidade incontrolável.

E então, quando a lembrança do rosto da Evangeline — tão perto, com os olhos cheios de algo que ela não queria admitir — fixou-se na minha mente, senti o calor tomar conta. O meu corpo estremeceu violentamente, e o ápice atingiu-me com uma força avassaladora. Os meus dedos apertaram com força enquanto o prazer atravessava-me como uma onda, deixando-me arfante, e o seu nome escapou dos meus lábios num sussurro rouco.

Limpei-me e esperei até recompor-me, certificando-me de que não havia vestígios do meu momento pessoal.

Quando saí da casa de banho, a primeira visão que tive foi a da Evangeline, sentada, como sempre, concentrada no trabalho. A luz da manhã banhava o  seu rosto, tornando os seus cabelos ruivos mais vibrantes e os seus olhos verdes a brilhar sob o sol como esmeraldas raras.

Vendo-a assim, na minha perspetiva, a Evangeline era o outono personificado, tranquilamente envolvente, que traz calor em meio ao frescor do ar.

É nos seus gestos que encontro a mesma calma que sinto quando as folhas caem, como se cada palavra dela fosse um sussurro leve, embalado pelo vento. Estar ao lado da Evie era como caminhar numa floresta dourada, há algo nela que faz-me sentir como se estivesse em paz, um momento de respiro no meio da tempestade que eu chamo de vida.

— O senhor voltou. — a sua voz suave interrompeu os meus pensamentos, e ela lançou-me um sorriso pequeno, mas cheio de algo que eu não conseguia decifrar.

Eu sorri de volta, sem nem perceber que o fazia. Era automático, como se o meu corpo respondesse ao dela antes que a minha mente tivesse tempo de protestar.

Afastando-me rapidamente para o escritório, tentei controlar o turbilhão que ela sempre causava em mim. Sabia que, se eu ficasse ali parado por mais tempo, encarando-a, ela iria perceber. E pior, a Monroe provavelmente comentaria com a Madison, e ela não iria deixar-me em paz.

Sentei-me na minha cadeira, tentando focar no trabalho que acumulava-se à minha frente. Concentração, Aleksander, concentra-te.

Foi apenas poucas horas depois, quando estava imerso nas minhas tarefas, que um bater na minha porta tirou-me do transe.

— Entre. — disse, com mais rispidez do que pretendia.

O Blake entrou, o seu semblante estava sério, diferente do seu usual modo despreocupado. Algo estava errado.

— O Anthony pediu que te entregasse isto. — disse, segurando uma pasta nas mãos. Quando fui pegá-la, ele hesitou, o seu olhar encontrando o meu. — Aleksander, só... só tenta não perder a cabeça.

— Dá-me logo essa pasta. — exigi, o meu tom mais afiado, impaciente.

Peguei o arquivo e abri-o, os meus olhos passavam rapidamente pelas informações. Eram os dados sobre quem estava a perseguir a Evangeline, algo que eu já esperava. O Anthony era eficiente, sempre conseguia o que eu pedia, e mais uma vez surpreendeu-me com a velocidade com que deu-me estas informações.

Mas então, eu vi... O nome. O maldito nome que fez o meu sangue congelar e ferver ao mesmo tempo.

Não.

Não é possível.

Não pode ser ele...

O meu corpo inteiro ficou rígido, o ar ao meu redor pareceu congelar. Uma raiva fria e letal tomou conta de mim. Ele ousa pensar em tocar no que é meu. Ele mandou persegui-la. A minha Evangeline.

Eu vou matá-lo. Não há outra maneira. Eu vou destruí-lo  antes que ele tenha a chance de colocar as mãos nela.

A crueldade que eu guardava nas profundezas despertou-se.




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Sabem quando, ás vezes, escrevem ou leem um excerto erótico e depois  mais tarde ficam com vergonha? Foi exatamente assim que me senti depois de escrever este capítulo, mesmo não tendo sido muito explícito. 😅
Mas espero que tenham gostado! 😚

Sei que foi um capítulo pequenino, mas ando bastante ocupada com os meus estudos. Mesmo estando ocupada, tirei tempo para escrever. Peço pela vossa compreensão 🙏

Desculpem se deixei passar algum erro despercebido.
Votem e comentem, não sejam leitores fantasmas 👻

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⏰ Última atualização: Oct 11 ⏰

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