Divididos por idade, cultura e circunstâncias, Anastacia e Alejandro lutam contra um amor que nunca deveria existir. Mas, quando segredos vêm à tona, o que estão dispostos a sacrificar para proteger seu coração?
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Alejandro estava sentado ao lado da cama de sua mãe, observando o rosto pálido e cansado de Dona Carmen. A quimioterapia não estava surtindo efeito, e ele precisava ser forte e estar ao lado dela. Apesar de que ele queria estar ao lado de sua diosa agora, queria poder dizer a ela o que fez com Natanael, que ela está segura agora.
Ele sentia o peso do mundo em seus ombros. Anastacia e Nikolai estavam seguros agora, e isso era tudo que importava para ele. O incêndio no prédio havia sido considerado um acidente, e a polícia não investigou mais. Mas, para Alejandro, a verdadeira batalha estava apenas começando.
Ele segurou a mão de sua mãe, sentindo a fragilidade dos ossos dela sob sua pele. "Mãe, eu estou aqui. Vou cuidar de você," ele sussurrou, tentando esconder a dor em sua voz.
Dona Carmen abriu os olhos lentamente, um sorriso fraco se formando em seus lábios. "Meu filho, você sempre foi tão forte. Mas não precisa carregar esse fardo sozinho."
Alejandro balançou a cabeça, determinado. "Eu sou seu filho. É minha responsabilidade."
A porta do quarto se abriu e Alejandro se virou para ver seu pai, Seu Fernando, entrando cambaleando, claramente bêbado. "O que você está fazendo aqui?" Alejandro perguntou, a raiva fervendo dentro dele.
Seu Fernando riu, um som amargo e sem alegria. "Vim ver minha esposa. Não posso fazer isso?"
"Você nunca esteve aqui quando ela precisou de você," Alejandro retrucou, levantando-se. "Sempre estava fora, traindo ela, bebendo. Você não tem o direito de estar aqui agora."
Dona Carmen tentou intervir, sua voz fraca. "Por favor, não briguem. Não agora."
Alejandro ignorou o pedido da mãe, avançando em direção ao pai. "Você é um covarde. Deixou-a sozinha para lutar contra essa doença enquanto você se afundava na bebida."
Seu Fernando tropeçou, tentando se manter de pé. "E você? O que você fez de tão grandioso? Está aqui agora, mas onde estava antes?"
Alejandro sentiu a raiva crescendo, mas se forçou a se acalmar. "Eu estou aqui agora, e vou cuidar dela. Como sempre fiz. Você não é necessário."
Seu Fernando riu novamente, mas dessa vez havia uma tristeza em seus olhos. "Você acha que é fácil? Acha que eu não queria estar aqui? Mas eu sou fraco, Alejandro. Sempre fui."
Alejandro sentiu um momento de compaixão, mas rapidamente o afastou. "Isso não importa agora. Saia daqui. Eu vou cuidar dela."
Seu Fernando olhou para Dona Carmen, que estava chorando silenciosamente. "Eu sinto muito," ele murmurou antes de sair do quarto, deixando Alejandro sozinho com a mãe.
Alejandro se sentou novamente ao lado da cama, segurando a mão de sua mãe. "Eu vou cuidar de você, mãe. Prometo."
Dona Carmen sorriu, apertando a mão dele. "Eu sei que vai, meu filho. Eu sei que vai."
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Alejandro saiu do hospital, a cabeça cheia de pensamentos. Ele precisava pegar algumas roupas para a mãe e decidiu ir até a casa deles. Quando entrou, encontrou seu pai desmaiado no sofá, uma garrafa vazia ao lado.
Seu Fernando abriu os olhos lentamente, a confusão clara em seu rosto. "O que você está fazendo aqui?"
"Pegando roupas para a mãe," Alejandro respondeu, tentando manter a calma. "Ela precisa de mim agora."
Seu Fernando suspirou, sentando-se. "Eu sei que falhei com vocês. Mas eu não sei como consertar isso."
Alejandro olhou para o pai, sentindo uma mistura de raiva e tristeza. "Você pode começar ficando sóbrio e sendo um pai de verdade. Mas agora, eu preciso cuidar da minha mãe."
Ele subiu as escadas, pegando as roupas e outros itens que a mãe poderia precisar. Enquanto fazia isso, seus pensamentos voltaram para Nikolai. Ele já via o menino como seu filho, e a ideia de perder Anastacia e Nikolai era insuportável.
Quando voltou para o hospital, encontrou a mãe dormindo. Ele se sentou ao lado dela, segurando a mão dela novamente. "Eu vou cuidar de você, mãe. E vou cuidar de Anastacia e Nikolai também. Prometo."
Ele pegou o celular e ligou para Anastacia . Precisava dela agora mais do que do ar para respirar, pois só a voz dela seria capaz de acalmar o turbilhão de emoções que ele está sentindo.
