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LUNA

Acordei com a luz suave entrando pela janela, e demorei alguns segundos para me lembrar onde estava

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Acordei com a luz suave entrando pela janela, e demorei alguns segundos para me lembrar onde estava. O cheiro de pizza fria e o som da respiração tranquila de Apollo logo me situaram. Sorri, porque a noite anterior ainda estava fresca na minha memória, e era difícil acreditar em tudo que aconteceu. Olhei para ele, ainda dormindo no sofá, parecendo em paz. Como ele podia ser tão bobo e tão especial ao mesmo tempo?

Me espreguicei devagar para não fazer barulho, mas ao levantar, senti uma mistura de emoções. Tudo estava tão leve e simples entre a gente ontem à noite, como se o beijo tivesse desatado todos os nós que estavam me segurando. Mas agora, a realidade começava a se instalar, e eu não tinha certeza de como as coisas iam ficar a partir de agora. Será que esse sentimento ia ser fácil assim de continuar?

Passei a mão pelos meus cachos, ainda um pouco bagunçados da noite de sono. Precisava de um tempo sozinha para organizar meus pensamentos, então fui para a cozinha, procurando algo para beber. A casa do Apollo era tão familiar para mim quanto a minha própria, mas agora parecia diferente, como se cada detalhe ali carregasse um novo significado.

Abri a geladeira e peguei um suco, enquanto lembrava de cada momento da noite anterior. Ele foi tão gentil, tão cuidadoso, mas também tão ele mesmo. Me encostei no balcão da cozinha, olhando para o chão e tentando processar o que estava sentindo. Apollo sempre esteve ao meu lado, em todas as batalhas, em cada situação difícil, e ontem eu senti que ele queria dizer algo além das palavras. Mas será que a gente estava pronto para mudar tudo?

Minhas reflexões foram interrompidas por passos leves atrás de mim.

- Bom dia, Luna - ouvi a voz rouca de Apollo, e virei para vê-lo encostado na porta da cozinha, com um sorriso meio torto, ainda com cara de sono.

- Bom dia - respondi, tentando manter o tom leve, mas meu coração bateu um pouco mais forte. A naturalidade com que ele se aproximou, como se tudo estivesse normal, me trouxe um certo alívio. Talvez eu estivesse pensando demais.

Ele se aproximou e me abraçou por trás, depositando um beijo rápido no topo da minha cabeça. Eu ri, sentindo aquele calor familiar e reconfortante.

- Pensei que você ia dormir até meio-dia - disse a ele que estava pegando um copo e enchendo com suco também.

- Eu poderia dizer o mesmo, não faz nem cinco minutos que você saiu da sala que eu sei - respondeu me cutucando de leve com o cotovelo.

Ficamos ali, em um silêncio tranquilo, tomando suco e ouvindo os sons suaves da manhã. Eu sabia que eventualmente teríamos que falar sobre o que aconteceu, mas, por enquanto, essa calmaria era tudo o que eu precisava.

ECLIPSE, apollo mcOnde histórias criam vida. Descubra agora