Capítulo 15 | Me destrua

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Atos insanos

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Atos insanos

ELARA NSOKI 

Ontem à noite, o peso do mundo parecia ter se instalado em meus ombros. As emoções conflitantes se enroscavam dentro de mim, formando um nó apertado que me deixava à beira da explosão. A tristeza, a raiva, o arrependimento — tudo se misturava em uma tempestade emocional incontrolável. Passei a noite inteira me culpando por algo que, racionalmente, eu sabia que não era minha culpa. Mas a mente humana, especialmente a minha, tem um jeito cruel de nos fazer duvidar de nós mesmos. Chorei até não poder mais, até me sentir completamente vazia e quebrada. Desde que conheci Trevor, ele vem me despedaçando de várias formas, com palavras afiadas e ações cruéis. Eu o odeio com uma intensidade que nunca pensei ser capaz de sentir por alguém. Ele é um verdadeiro filho da puta.

Hoje, porém, algo dentro de mim mudou. Acordei com uma clareza feroz, uma nova determinação queimando em meu peito. Decidi que, se Trevor quer arruinar a minha vida, então eu vou retribuir o favor com a mesma moeda. Por que eu deveria ser sempre a vítima? Não, enquanto eu estiver viva, vou fazer o possível para destruí-lo da mesma maneira que ele vem me destruindo. Se ele gosta de me quebrar, então eu vou quebrá-lo também.

Peguei um balde de tinta preta e me dirigi à sala de computação, onde sabia que ele estaria. Caminhei com a cabeça erguida, o balde firme na mão, minha mente fervendo com a antecipação do que eu estava prestes a fazer. Ao entrar na sala, meus olhos o encontraram imediatamente, e sem hesitar, avancei em sua direção.

ㅡ Ei, racista de merda! ㅡ Gritei, minha voz cortando o barulho da sala. Todos os olhares se voltaram para mim. Trevor se virou para me encarar, seus olhos se estreitando em uma expressão de surpresa e irritação.

Sem perder tempo, ergui o balde e joguei a tinta preta sobre ele. O líquido escuro se espalhou, manchando sua roupa e pingando pelo seu rosto. Não pegou muito no rosto, mas o suficiente para manchá-lo. Um coro de risadas ecoou pela sala, uma melodia que soou como vitória em meus ouvidos.

ㅡ Já que você gosta tanto de preto, pensei em te homenagear ㅡ Disse com um sorriso frio nos lábios, saboreando cada palavra.

Âmbar, como era de se esperar, correu para defendê-lo. Ela me empurrou com força, quase me derrubando. Mas ao invés de recuar, recuperei meu equilíbrio rapidamente e virei-me para encará-la. Peguei um pouco mais de tinta do balde e, com um movimento rápido, esfreguei no rosto dela.

ㅡ Pra combinar com o seu namoradinho ㅡ Acrescentei, meu tom sarcástico, enquanto via a surpresa e a raiva nos olhos dela.

Saí da sala antes que eles pudessem reagir, levantando o dedo do meio em direção a eles.

𝐈𝐍𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora