𝓨𝓸𝓾𝓻, 𝙵𝚘𝚛𝚎𝚟𝚎𝚛 𝘢𝘯𝘥 𝙀𝙫𝙚𝙧

꧁•⊹٭𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 26٭⊹•꧂

Chego em casa junto com Anna Laura.

Ela leva suas compras até Amber, as duas começam a conversar sobre, já eu, me esquivo da conversa e vou para o meu quarto.

As luzes estão apagadas, acendo e fecho a porta, ligo o ar condicionado e vou em direção ao banheiro.

Vejo no espelho o volume em meu bolso.

Ah.

Os brincos. Os coloco encima da pia e me inclino para lavar o meu rosto, ligo a torneira e a água está gelada.

Perfeito.

Lavo bem lavado e desligo a torneira, uso os dedos para afastar a água dos olhos e abri-los.

Quando os abro, estou de frente para o reflexo de Kael.

— AA- — ele cobre minha boca antes que o grito se intensifique.

Ele vira meu corpo em sua direção, minha respiração está acelerada, adrenalina corre em meu sangue e estou assustada. Não por ele, mas por ter aparecido do nada.

Quando meu peito parece se acalmar, ele tira a mão da minha boca.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto, irritada, em um sussurro.

Ele sorri para mim, um sorriso que me faz delirar.

— O que você tem feito sozinha nesse quarto, Emily? — ele pergunta analisando ao redor e dando ênfase ao "sozinha".

— Como você entrou aqui? — retruco, estou o encarando nos olhos.

A mão dele desliza pela minha cintura, e no instante seguinte, meu corpo se choca contra o dele. Mas posso sentir algo duro entre minhas pernas.

Mas que merda?

— Me diga que sentiu minha falta. — o hálito dele é quente contra minha pele exposta.

— Eu não senti sua falta. — digo engolindo em seco.

Posso ouvir uma risadinha.

— Sempre gostei do seu jeitinho de dizer, sabe? — ele diz enquanto afasta meu cabelo da minha nuca e deposita um beijo ali. — Bom, eu senti sua falta pra caramba. — agora Kael está cheirando meus cabelos.

Ele termina de dizer pressionando mais ainda o meu corpo contra o dele.

— Kael...

— Isso... continue. Gosto quando pronuncia meu nome. — ele grunhe e chupa meu pescoço.

Eu pensei que ele odiasse...

Minha bunda se choca contra a pia do banheiro, Kael está devorando o meu pescoço enquanto uma mão agarra o meu cabelo e a outra me puxa pela cintura.

— O que você veio fazer aqui? — pergunto, minha voz sai embriagada. Minhas pálpebras se tornam cada vez mais pesadas conforme ele beija as laterais.

— Eu vim te satisfazer, amor. — ele diz, e agora está me encarando, as duas mãos em meu rosto enquanto segura para que eu o encare.

Me lembro então de mais cedo, quando me toquei enquanto pensava nele. Sinto o mesmo calor percorrer o meu ventre.

Não posso ceder. Ele não precisa saber o quanto necessito dele.

— Você me pediu para ir embora. — digo, me lembrando da noite em que ele me deixou aqui.

Ele encara meus olhos, e logo após, meus lábios.

Não há nada que o impeça de me beijar.

E é isso o que ele faz.