Riches of love - Ellie Williams

ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟙𝟛𝟞

𝑬𝒍𝒍𝒊𝒆 𝑾𝒊𝒍𝒍𝒊𝒂𝒎𝒔

       Com a ajuda de Joel conseguimos sair da festa com a Elodie sem que ninguém nos veja. Enquanto colocamos ela no carro, deixo sua cabeça apoiada em meu ombro, ela acordava algumas vezes resmungando mas logo apagava de novo. O sentimento de desespero se faz presente durante todo o trajeto até o hospital em conjunto com o de culpa.
        Limpo com a manga da minha blusa o sangue que escorria do seu nariz, mantendo sua cabeça levantada por conta do sangramento. A palma da minha mão está com pequenos cortes, por conta do nervosismo, fico com punhos cerrados sentindo a raiva me consumir por inteira. Se eu soubesse que aquele filho da puta havia machucado ela, eu teria matado ele ali mesmo.

        Ao chegarmos no hospital, Joel conversa com as médicas enquanto eu vou até a sala na qual a loira estava acordada recebendo os primeiros atendimentos, ela estava grogue por conta da pancada e dos remédios de dor e toda essa merda. Desde que ela acordou, não disse mais de cinco palavras, apenas chorou e chorou. Me sinto mal por vê-la nesse estado, ainda mais por algo que querendo ou não possa ter sido minha culpa.

- Oi linda... - Me aproximo da mesma que me olha com seus olhos vermelhos de tanto chorar

- Ellie... - Suspira limpando suas lágrimas logo fazendo uma careta de dor - Aí!

- Como você está se sentindo? - Pergunto arrumando seus cabelos

- Não sei... - Suspira - Tudo dói.

- Eu sinto muito por isso - Falo sentindo meu peito apertar

- Nada disso é culpa sua... Na verdade, eu que te peço desculpas por não ter acreditado em você!

- Não, você estava no seu direito de não acreditar. Além disso, eu fui uma filha da puta com você e não merecia isso!

- Olha, vejo que já está melhor! - Diz a doutora de meia idade indo em direção à loira

- Sinto muita dor na cabeça... - Resmunga a loira enquanto a mulher limpa os resquícios de sangue

- Tá, deixa eu dar uma olhadinha aqui... - Pega uma lanterna ligando-a próximo aos grandes olhos azuis - Consegue acompanhar a luz?

- Acho que sim... - Assente fazendo o que a mulher mandava

- Certo... Quantos dedos você vê aqui - Pergunta

- Cinco.

- E, aqui?

- Dois.

- Ótimo... Aparentemente, nada grave! - Admite me fazendo suspirar aliviada

- O que aconteceu!? - Pergunta a doutora fazendo a loira me olhar instantâneamente

- É... - Penso em algo

- Estavamos andando de bicicleta e eu acabei me desequilibrando e... Cai no chão - Diz a loira

- Entendi... - Assente

- Doutora, eu já posso ir embora? - Pergunta cansada

- Por hora eu vou precisar que passe a noite aqui para podermos te observar... Se tudo der certo, amanhã você já estará livre para ir - Responde - Tudo bem?

- Uhum... - Assente

- Bom, eu vou levar esses relatórios e acho melhor você descansar um pouco, boa noite e qualquer coisa só apertar esse botão ao lado da cama!

- Obrigada doutora! - Agradeço acompanhando a mesma até a porta fechando-a logo em seguida - Bom, eu vou te deixar descansar um pouco e qualquer coisa me manda mensagem? - Me aproximo tocando seu braço antes de fazer menção para me afastar