Capítulo 13

320 37 25
                                    

NO SILÊNCIO DO QUARTO, MARCOS TERMINAVA DE SE VESTIR PARA A OPERAÇÃO, AJUSTANDO O CINTO E O COLETE TÁTICO COM MOVIMENTOS FIRMES, MAS SUA EXPRESSÃO O TRAÍA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NO SILÊNCIO DO QUARTO, MARCOS TERMINAVA DE SE VESTIR PARA A OPERAÇÃO, AJUSTANDO O CINTO E O COLETE TÁTICO COM MOVIMENTOS FIRMES, MAS SUA EXPRESSÃO O TRAÍA. HAVIA UM MISTO DE NERVOSISMO E ANSIEDADE EM SEU OLHAR, ELE SABIA QUE A OPERAÇÃO ERA COMPLEXA E QUE OS CRIMINOSOS QUE ENFRENTARIAM ERAM PERIGOSOS. POR MAIS QUE FOSSE EXPERIENTE, O PESO DA MISSÃO AINDA FAZIA SEU CORAÇÃO BATER MAIS RÁPIDO.

Ritinha entrou no quarto devagar, passando a mão pela barriga, num gesto instintivo de proteção. Seus olhos estavam preocupados, inseguros. Por mais que tentasse não demonstrar, o medo do que poderia acontecer com Marcos se refletia na sua expressão. Ela não conseguia imaginar sua vida sem ele, ainda mais agora, com José Marcos crescendo dentro dela.

Ao vê-la, Marcos não precisou de palavras. Aproximou-se devagar, olhando nos olhos dela com ternura antes de inclinar-se para beijá-la suavemente. Sentiu o calor dos lábios dela e a força silenciosa do amor que compartilhavam. Quando o beijo terminou, ele segurou o rosto de Ritinha entre as mãos, olhando-a nos olhos com seriedade.

— Eu não tenho hora para voltar hoje. — Sua voz era firme, mas o peso da frase estava ali, e Ritinha apertou os braços dele com força, como se tentasse prendê-lo ali por mais tempo.

— Mas tu voltas, né? — A voz dela saiu em um sussurro ansioso, as mãos segurando-o com determinação.

— É claro que sim. — Marcos sorriu, balançando a cabeça, querendo tranquilizá-la. Ele a puxou para um abraço apertado, tentando transmitir segurança.

Eles ficaram assim por alguns segundos, abraçados, como se o tempo pudesse parar e mantê-los ali, seguros. Então, com uma coragem que lhe era característica, Ritinha se afastou um pouco, mas ainda manteve uma das mãos no braço dele.

— Égua, que se não voltar eu vou atrás de ti. — Ela falou com o humor ácido de sempre, tentando aliviar a tensão.

Marcos sorriu, divertido com a ameaça que só ela podia fazer soar carinhosa, e inclinou-se até a altura da barriga dela. Fez um carinho suave, sussurrando enquanto depositava um beijo afetuoso ali.

— Cuida do José Marcos. — Ele murmurou, passando a mão na barriga. — Até logo, filhão.

Ritinha ficou ali, vendo-o partir com um aperto no peito e uma promessa silenciosa de esperá-lo, desejando que aquele até logo fosse breve.

════ ⋆🧜‍♀️⋆ ════

A porta mal tinha se fechado atrás de Marcos, e a casa foi tomada por um silêncio tenso. Joyce, que até então tentava manter a compostura, sentou-se no sofá, como se o peso da ansiedade fosse insuportável, e começou a chorar baixinho. O som abafado de seu choro era o reflexo de uma mãe aflita, atormentada pela incerteza e pelo medo que acompanhavam cada missão do filho.

Ritinha, percebendo a dor de Joyce, sentou-se ao lado dela. Não eram próximas, mas o sofrimento de uma mãe falava mais alto. Tocou levemente o ombro de Joyce, num gesto hesitante de apoio, enquanto Zu se aproximava e oferecia uma xícara de chá.

𝐌𝐄𝐑𝐌𝐀𝐈𝐃 | 𝑹𝒊𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 / 𝓐 𝓯𝓸𝓻𝓬𝓪 𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓮𝓻Onde histórias criam vida. Descubra agora