Capítulo 14

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O CLIMA NA OFICINA ERA CARREGADO, COMO UMA TEMPESTADE PRESTES A DESABAR

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O CLIMA NA OFICINA ERA CARREGADO, COMO UMA TEMPESTADE PRESTES A DESABAR. MARCOS MANTINHA A POSTURA FIRME, MAS SEUS OLHOS NÃO DEIXAVAM ZECA, QUE PARECIA PRESTES A EXPLODIR A QUALQUER MOMENTO. ABEL, POR OUTRO LADO, ESTAVA VISIVELMENTE DESCONFORTÁVEL, DIVIDIDO ENTRE OS DOIS HOMENS À SUA FRENTE.

— Quanto que deu tudo? — Marcos perguntou, tirando a carteira do bolso sem desviar o olhar de Zeca.

— Não vou cobrar você. — Abel respondeu, ainda tentando processar o sentimento estranho e caloroso que o envolvia ao observar Marcos.

— Não vais fazer nada de graça para esse aí não, pai. — Zeca interrompeu, cruzando os braços, a voz carregada de ressentimento.

Marcos ergueu uma sobrancelha e tirou algumas notas da carteira.

— Eu faço questão de pagar! — disse, ignorando a tensão no ar.

Zeca deu um passo à frente, encarando Marcos com toda a hostilidade que podia reunir.

— O que tu queres aqui? Não tem outro lugar para tu olhares o teu carro que não seja na oficina do meu pai?

Marcos, tentando manter a calma, respondeu secamente.

— Não sabia que era a oficina do teu pai não.

Abel tentou intervir, gesticulando com as mãos.

— Para de espantar ele, Zeca!

Mas Zeca ignorou completamente o pai. Seus olhos queimavam de raiva enquanto ele avançava um pouco mais.

— Esse aqui é aquele desgraçado que levou a Ritinha lá de Parazinho.

— Então ele fez um favor, Zeca! — Abel tentou apaziguar, mas sua voz tremeu.

Zeca soltou uma risada amarga.

— Na verdade, foi mesmo, me fez um favor tirando aquela cobra da minha vida. — Ele estreitou os olhos para Marcos. — Mas tu tentou me fazer de besta, me dando uma carga para trazer para o Rio de Janeiro, assim você ficou sozinho com ela e deu o bote.

— Eu paguei bem, não paguei? — Marcos devolveu, sorrindo de lado, provocando.

Zeca não aguentou mais. Ele ergueu a mão para socar Marcos, mas o policial desviou com agilidade e empurrou Zeca, que tropeçou para trás.

— Quer ser preso? — Marcos falou, a voz carregada de irritação, mas o tom profissional ainda presente.

— Por favor, não! — Abel se colocou entre os dois, desesperado. — Não prende meu filho!

— Eu ainda vou acabar contigo! — Zeca gritou, mas Abel pressionou a mão em seu peito, tentando segurá-lo.

— Fica longe da minha família! — Marcos devolveu no mesmo tom. — Eu tô casado com ela, e ela tá grávida. Nos deixe em paz!

𝐌𝐄𝐑𝐌𝐀𝐈𝐃 | 𝑹𝒊𝒕𝒊𝒏𝒉𝒂 / 𝓐 𝓯𝓸𝓻𝓬𝓪 𝓭𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓮𝓻Onde histórias criam vida. Descubra agora