"Sereia, te amo, te quero, comigo
Pelas estradas por onde eu andei
Alguém igual eu nunca encontrei
Você é tudo que eu quero pra mim
Jamais amei assim"
História de amor de Ritinha e Marcos.
A força do querer
INICIADA: 15/07/2024
TERMINADA:
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O CLIMA NA OFICINA ERA CARREGADO, COMO UMA TEMPESTADE PRESTES A DESABAR. MARCOS MANTINHA A POSTURA FIRME, MAS SEUS OLHOS NÃO DEIXAVAM ZECA, QUE PARECIA PRESTES A EXPLODIR A QUALQUER MOMENTO. ABEL, POR OUTRO LADO, ESTAVA VISIVELMENTE DESCONFORTÁVEL, DIVIDIDO ENTRE OS DOIS HOMENS À SUA FRENTE.
— Quanto que deu tudo? — Marcos perguntou, tirando a carteira do bolso sem desviar o olhar de Zeca.
— Não vou cobrar você. — Abel respondeu, ainda tentando processar o sentimento estranho e caloroso que o envolvia ao observar Marcos.
— Não vais fazer nada de graça para esse aí não, pai. — Zeca interrompeu, cruzando os braços, a voz carregada de ressentimento.
Marcos ergueu uma sobrancelha e tirou algumas notas da carteira.
— Eu faço questão de pagar! — disse, ignorando a tensão no ar.
Zeca deu um passo à frente, encarando Marcos com toda a hostilidade que podia reunir.
— O que tu queres aqui? Não tem outro lugar para tu olhares o teu carro que não seja na oficina do meu pai?
Marcos, tentando manter a calma, respondeu secamente.
— Não sabia que era a oficina do teu pai não.
Abel tentou intervir, gesticulando com as mãos.
— Para de espantar ele, Zeca!
Mas Zeca ignorou completamente o pai. Seus olhos queimavam de raiva enquanto ele avançava um pouco mais.
— Esse aqui é aquele desgraçado que levou a Ritinha lá de Parazinho.
— Então ele fez um favor, Zeca! — Abel tentou apaziguar, mas sua voz tremeu.
Zeca soltou uma risada amarga.
— Na verdade, foi mesmo, me fez um favor tirando aquela cobra da minha vida. — Ele estreitou os olhos para Marcos. — Mas tu tentou me fazer de besta, me dando uma carga para trazer para o Rio de Janeiro, assim você ficou sozinho com ela e deu o bote.
— Eu paguei bem, não paguei? — Marcos devolveu, sorrindo de lado, provocando.
Zeca não aguentou mais. Ele ergueu a mão para socar Marcos, mas o policial desviou com agilidade e empurrou Zeca, que tropeçou para trás.
— Quer ser preso? — Marcos falou, a voz carregada de irritação, mas o tom profissional ainda presente.
— Por favor, não! — Abel se colocou entre os dois, desesperado. — Não prende meu filho!
— Eu ainda vou acabar contigo! — Zeca gritou, mas Abel pressionou a mão em seu peito, tentando segurá-lo.
— Fica longe da minha família! — Marcos devolveu no mesmo tom. — Eu tô casado com ela, e ela tá grávida. Nos deixe em paz!