Fogo cruzado

Apenas uma noite

Felix tentou se conter, se lembrar de que ceder tão fácil não era a melhor escolha — mas, ah, a maneira como Hyunjin o beijava o fazia esquecer qualquer resistência. Os lábios de Hyunjin o envolviam com uma intensidade que o fazia sentir cada segundo daquele contato. Felix entreabriu a boca, permitindo que a língua de Hyunjin se deslizasse para dentro, quente e determinada, explorando cada canto com uma precisão quase cruel. O sabor e o toque eram arrebatadores.

As mãos de Felix encontraram o cabelo de Hyunjin, e ele os puxou com força, enredando os dedos nos fios sedosos e escuros, que deslizavam entre seus dedos como seda. Ele queria sentir mais, queria se perder naquela sensação. O corpo de Hyunjin estava pressionado contra o dele, quente e firme, como uma presença inabalável. O toque das mãos de Hyunjin desceu para as coxas de Felix, apertando e acariciando, e Felix sentiu os músculos se contraírem sob o toque.

— Felix... — Hyunjin murmurou entre os beijos, a voz rouca e baixa, como um sussurro que ecoava no silêncio da sala. — Por que você tem que ser tão... — Ele parou, respirando fundo enquanto olhava para ele, os olhos brilhando com algo que Felix não conseguia decifrar completamente.

Felix respirava rápido, o peito subindo e descendo, e ele sorriu, ainda segurando o cabelo de Hyunjin com uma leve provocação.

— Tão o quê? — Felix perguntou, a voz saindo quase ofegante, mas carregada de uma provocação velada.

Hyunjin deu uma risada baixa, o rosto ainda muito próximo, os lábios vermelhos e úmidos pelo beijo. Ele deslizou as mãos pela cintura de Felix, apertando levemente e trazendo-o ainda mais para perto, como se precisasse daquele contato para se manter ancorado.

— Tão... — Ele hesitou, como se não quisesse admitir o que estava prestes a dizer, mas os olhos brilhavam com algo que transparecia. — Tão irresistível.

Felix sentiu o coração acelerar, e o rubor em suas bochechas se intensificou. Ele desviou o olhar por um instante, sem saber como reagir. Hyunjin não costumava ser tão direto. Ele abriu a boca para responder, mas não encontrou palavras. Sentindo a hesitação de Felix, Hyunjin aproveitou para inclinar-se novamente, capturando os lábios dele com um beijo mais intenso, mais profundo, que o fez esquecer qualquer tipo de pensamento racional.

As mãos de Felix se moveram para os ombros de Hyunjin, deslizando pelas costas enquanto ele se entregava àquele beijo, sentindo o calor e a segurança dos braços de Hyunjin o envolvendo. Cada toque, cada movimento parecia envolvê-lo em uma névoa de desejo.

— Hyunjin... — Felix sussurrou quando eles finalmente se afastaram por um instante, respirando com dificuldade, os olhos entreabertos. Ele o encarou, ainda segurando o rosto dele entre as mãos, sentindo o coração bater forte no peito. — Isso... — Ele hesitou, tentando reunir os pensamentos. — Isso não é só... não pode ser só uma noite, certo?

Hyunjin respirou fundo, o olhar fixo em Felix. Ele não respondeu de imediato, mas a intensidade no olhar deixava claro que aquilo não era um momento qualquer. Depois de alguns segundos de silêncio, ele segurou o rosto de Felix com gentileza, os polegares acariciando suas bochechas.

— Eu não quero que seja só uma noite — admitiu, a voz baixa e sincera. — Mas eu não sei o que posso te oferecer, Felix. Eu... eu só sei que te quero agora.

Felix assentiu lentamente, tentando não se deixar levar demais pela intensidade do momento. Ele sabia que era complicado, que Hyunjin não era alguém fácil de se manter por perto. Mas, por aquela noite, ele queria acreditar. Ele fechou os olhos e se inclinou para frente, beijando Hyunjin novamente, enquanto suas mãos deslizavam pelos braços dele, sentindo os músculos tensos sob o tecido.

As roupas caíram no chão uma a uma, como se cada peça fosse uma barreira a menos entre eles. Em poucos segundos, Felix e Hyunjin estavam nus, entrelaçados em uma sequência de beijos urgentes e intensos. Felix puxou Hyunjin para seu quarto, o corpo de ambos colado, como se a distância entre eles fosse algo insuportável. Ao chegarem no quarto, eles se jogaram juntos na cama, rindo baixinho entre respirações ofegantes e mãos que exploravam.