E se você se apaixonasse por sua "maior" rival?
Cheryl e Toni não se gostam, isso não é novidade para ninguém.Todo esse ódio muda quando Cheryl decide passar uns dias em São Paulo, obviamente elas não se deram bem de cara,mas depois elas vão percebe...
❝Você destruiu a vida da mulher que eu amo, agora vou garantir que você nunca mais durma em paz❞
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CHERYL BLOSSOM
O reflexo no espelho me encarava com uma expressão que tentava disfarçar o tumulto por trás dos olhos. O vestido preto, colado ao corpo, de alças finas, destacava minha postura rígida, e as ondas suaves do cabelo solto caíam com a mesma precisão calculada de cada palavra que eu planejava dizer.
"É só um encontro, Cheryl. Um jantar. Você já passou por coisa pior." Mas nada disso envolvia uma ex como Safira.
Respirei fundo, peguei minha bolsa e saí de casa, trancando a porta com uma sensação de alívio. O frio da noite mordeu minha pele exposta, mas era bem-vindo. Me lembrava de que eu ainda estava aqui, firme.
O terraço do restaurante tinha a mesma vista de sempre, mas agora parecia um cenário forçado, uma lembrança envenenada. O som suave da cidade ao fundo contrastava com o ruído alto dentro da minha mente.
Safira já estava lá. O sorriso no rosto dela era uma obra de arte torta, bonita à primeira vista, mas grotesca quando você olhava de perto. Vestida com um blazer claro e uma blusa que deixava parte do colo à mostra, ela exalava uma confiança que só pessoas perigosas carregam.
- Cheryl. - A voz dela deslizou pelo meu nome como se fosse uma carícia, mas soava mais como veneno. - Você está... deslumbrante. Achei que fosse me encontrar vestida para matar, mas parece que veio para ressuscitar sentimentos.
Ignorei a provocação e me sentei, cruzando as pernas com um movimento calculado.
- Vamos direto ao ponto, Safira. O que você quer?
Ela soltou uma risadinha baixa, inclinando-se sobre a mesa com o olhar fixo em mim, como se estivesse desfiando cada camada da minha armadura invisível.
- Eu só queria te ver. Conversar. Relembrar os velhos tempos. - Ela se inclinou ainda mais, sussurrando: - Mas parece que você está muito ocupada se escondendo atrás da sua nova namoradinha.
Meus olhos se encontraram com os dela, frios.
- Não estou me escondendo de nada. E Toni não é um escudo, ela é uma escolha.
O sorriso dela diminuiu, mas não desapareceu.
- Ah, Toni. - Ela pronunciou o nome com um veneno sutil. - A garota temperamental que partiu para cima de mim naquela festa. Sabe, ainda lembro de cada soco que aquela selvagem me deu.
O sangue ferveu nas minhas veias, mas mantive o controle.
- Ela fez isso porque você passou dos limites. Você sabe muito bem o que fez.
Safira sorriu de lado, brincando com a taça de vinho.
- Ah, você quer dizer quando eu te toquei e você gostou? - Ela deu um gole no vinho, o olhar malicioso nunca deixando o meu. - Mas você sempre despertou isso em mim, Cheryl. Aquela tensão, aquele desejo reprimido...