Capítulo 10🤍

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Aninha✨️

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Aninha✨️

Dois dias se passaram desde aquele dia tenso, e preciso confessar: eu tô bem melhor agora. Ver meu pai matando o Miguel na praça me deu uma paz que há tempos eu não sentia. Parecia que tudo finalmente se fechava, e eu podia voltar a ser eu mesma, sem aquele peso.

Hoje, resolvi mudar de visual. Já que hoje tem baile, nada melhor do que aparecer de cara nova. Disse pra geral que ia ficar em casa, mas mudei de ideia. Fui com meu irmão no salão lá no asfalto. Queria tudo novo: cabelo, sobrancelha, unha, cílios… uma transformação completa. Era mais que um visual novo; era eu me sentindo forte, de novo.

Voltei do salão já me sentindo outra, e fui direto me arrumar pro baile. Meu irmão já tinha se arrumado e ficou me esperando.

— Slc, hein, vou ficar em cima de você hoje, porque cê vai dar trabalho! — ele falou, rindo.

— Hoje ninguém me segura — respondi, dando uma piscada.

— Iii, vai brincando que cê fica…

Chegamos no baile e, assim que entramos, senti os olhares todos pra cima de mim. Theu segurava minha cintura e fui direto pro camarote, já curtindo a energia. Cumprimentei todo mundo e recebi elogio de cada lado, mas algo ali me deixou meio sem reação. Lá estava ele, o Dk, mas não estava sozinho… Jéssica, minha professora do curso, tava do lado dele, e me olhava com uma cara fechada. Parecia que queria me matar com os olhos, enquanto ele me olhava surpreso.

Sem dar brecha, peguei logo uma bebida e fui pro canto. Um vapor que eu tinha notado no último baile estava ali também e, quando passei pelo Dk e pela Jéssica, deu pra ver a tensão no rosto dele. Não sabia se era saudade, ou se era o olhar dela que o deixava desconcertado. Peguei minha bebida e voltei, mas logo depois o DJ cortou o som e anunciou que o Dk queria falar.

Dk pegou o microfone e, com a voz firme, disse:

— E aí, Rocinha! Quero apresentar minha fiel.

E foi aí que a Jéssica apareceu, toda sorridente, e deu um beijo nele na frente de todo mundo. Ele saiu do palco com ela, e não vou mentir: me deu um baque. Mas nem a pau que eu ia demonstrar. Se ele quer seguir assim, tudo bem. E eu também vou viver minha vida, como se nada tivesse acontecido.

Voltei a dançar, querendo apenas esquecer. E tava dando certo, até que resolvi ir ao banheiro. Avisei meu pai e fui sozinha, mas logo senti Dk vindo atrás.

— Tá bem? Você tá estranha, nem falou comigo.

— Tô, só cansada. Passei o dia todo praticamente sentada no salão — respondi com um sorriso controlado.

Ele fez que entendeu, mas veio de novo.

— E tá suave sobre o meu relacionamento? — perguntou, numa voz que misturava dúvida e culpa.

Respirei fundo.

— Sim, Dk. Somos amigos, e eu desejo o melhor pra você. Mas a partir de hoje, não quero mais você como meu segurança e motorista. Não quero confusão com sua mulher, entende?

Antes que ele pudesse responder, Jéssica apareceu, a voz dela soando um grito.

— Então é com essa piranha que você tá? Eu lá sozinha e você aqui conversando com essa mulherzinha!

Respirei fundo, segurando a calma.

— Jéssica, ele, até uns cinco minutos atrás, era o meu segurança. Ele precisa me acompanhar. Mas agora ele não é mais, tá? Compreendo sua insegurança, mas agora isso acabou — disse, me aproximando dela. — Jamais vou querer que um casal tão lindo brigue por minha causa.

E saí, sem dar mais atenção. Que situação. Essa mulher é um saco. Meu humor já tinha ido embora junto com a paciência, então decidi que era hora de ir pra casa e descansar. Fui direto no meu pai.

— Pai, quero ir embora.

— Dk te leva — ele respondeu, firme.

— Ah, pai, deixa ele com a mulher dele. O Ret me leva — sugeri.

Ele só assentiu e foi falar com o Ret. Logo depois, meu pai me chamou e fui direto ao carro.

— Boa noite, Ret.

— Boa noite, princesa — ele respondeu, sorrindo.

O Ret foi tranquilo pelo caminho. Quando chegamos, desci do carro, mas antes de sair ele me chamou de volta.

— Nem um beijinho, Aninha?

Não queria ser mal-educada, então dei um beijo leve nele.

— Obrigada pela carona, Ret.

Entrei em casa, querendo apenas uma coisa: descanso. Passei na cozinha, peguei alguma coisa pra comer e depois fui direto pro quarto. Tirei o roupão que tava estendido na janela, dei uma última olhada no espelho e fui pro banho. Hoje foi intenso, mas nada como uma água quente pra me reconectar.

Amor Proibido - Entre Fogo e PólvoraOnde histórias criam vida. Descubra agora