Ana Clara 🤍
Ainda tentava me recompor. O turbilhão de emoções tinha me pegado de jeito. A fumaça azul subiu e confirmou: eu carregava um menininho dentro de mim. Meu coração parecia pequeno pra tanta felicidade. A Isa ainda me segurava no abraço enquanto eu chorava, e o DK, todo molhado depois de pular na piscina, veio na direção da gente.
Ele se aproximou, com o rosto cheio de lágrimas misturadas com água da piscina, e me abraçou forte.
— Um menino, Ana. Nosso menino. — Ele disse, com a voz meio trêmula, os olhos fixos nos meus.
Eu não conseguia parar de sorrir e chorar ao mesmo tempo. A felicidade era tanta que parecia um sonho.
Do nada, ele se afastou um pouco, passou a mão pelo rosto pra tirar as lágrimas (mesmo estando encharcado), e pegou o microfone que meu pai tinha largado em cima da mesa. Meu coração já começou a acelerar. Conhecendo o DK, ele tava aprontando alguma coisa.
— Ô família, família! Faz um silêncio aí, rapidão, parça! — Ele pediu, levantando uma mão no ar.
O pessoal começou a se ajeitar, calando aos poucos e se virando pra ele. E eu? Eu tava ali parada, coração a mil, sem saber o que vinha.
— Cês sabem, né? Minha vida nunca foi moleza. Cresci no corre, vendo a vida passar rápido demais, sempre no risco. Mas aí… veio ela. — Ele olhou direto pra mim, e o olhar dele era tão intenso que parecia atravessar minha alma. — Ana Clara, cê apareceu nos becos da minha vida como uma luz no escuro.
O silêncio ao redor era total. Todo mundo ouvia com atenção, e eu já sentia os olhos marejarem de novo.
— Cês acham que é fácil? Que é simples? Nada disso, parça. Ela é filha do homem que manda no morro, e eu… sou só mais um vapor que ele confiava. Nosso amor era proibido, tipo filme, tá ligado? A cada encontro, a cada vez que eu sentia ela perto de mim, era risco. Era fogo.
Minha garganta apertou. Era verdade, cada palavra que ele dizia.
— Só que tá ligado, né? Tem coisa que é maior que nós. A gente sabia que se o Terror descobrisse, o bagulho ia ficar louco. Mas resistir? Resistir era mais perigoso ainda. Ela era tudo que eu queria e precisava.
As lágrimas já escorriam pelo meu rosto quando ele deu um passo à frente, ajoelhou na minha frente e puxou uma caixinha do bolso.
— Ana Clara, cê é minha luz, minha paz no meio do caos. Minha razão de correr atrás de uma vida melhor. E agora, cê me deu o maior presente que eu poderia sonhar: nosso filho.
Eu tampei a boca com as mãos, o coração quase saindo pela boca.
— Então, diante de todo mundo que importa pra nós… eu pergunto: Ana Clara, cê aceita casar comigo?
A galera explodiu num grito. Meu pai tava parado, meio sério, mas até ele tinha o olhar emocionado. A Isa, chorando igual eu, gritou no meio da multidão:
— Aceita, amiga!
Eu tentava respirar, mas parecia que o ar tinha sumido. Dei um passo à frente, ainda com as mãos no rosto, e balancei a cabeça, tentando organizar as palavras.
— Eu… eu aceito, DK.
O sorriso dele se abriu, e ele levantou num pulo, me pegou no colo e me girou no ar. O povo aplaudia, gritava, fazia barulho, e eu só sabia rir e chorar ao mesmo tempo.
Quando ele me colocou no chão, tirou o anel da caixinha e colocou no meu dedo. Era simples, mas perfeito. Ele segurou minha mão, olhou nos meus olhos e prometeu:
— Eu juro pra você, Ana. Vou ser o homem que cê e nosso menino merecem.
-Jaera família, agora ela ta no meu nome, se antes ela já era proibida agora piorou
Naquele momento, o resto da festa virou uma celebração dupla. Era o chá revelação e o nosso noivado. Meus pais estavam emocionados, até meu pai deu um sorriso de canto, e a Isa não me largava. Já o DK… ele não parava de sorrir nem por um segundo.
Naquele instante, eu soube. Sabia que tudo ia ficar bem. O amor que a gente tinha, um pelo outro e pelo nosso filho, era maior que qualquer desafio.
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Amor Proibido - Entre Fogo e Pólvora
FanficEm meio aos becos sombrios do morro, Ana Clara e Dk vivem um amor proibido, inflamado pelo perigo. Ela é filha do dono do morro; ele, um vapor de confiança. Cada encontro é um risco, uma faísca que pode acender a fúria implacável de seu pai. Sabem q...