Em meio aos becos sombrios do morro, Ana Clara e Dk vivem um amor proibido, inflamado pelo perigo. Ela é filha do dono do morro; ele, um vapor de confiança. Cada encontro é um risco, uma faísca que pode acender a fúria implacável de seu pai. Sabem q...
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Ana Clara✨️
Terminamos de comer em silêncio. Dk recolheu os pratos, e eu fui direto para o quarto. Me joguei na cama, abraçando o travesseiro como se ele pudesse me proteger de tudo o que eu estava sentindo. Meus olhos começaram a fechar, exaustos de tanto segurar as lágrimas e o medo, quando de repente, meu celular tocou. Olhei para a tela e vi número privado, acho que sei que é.... Meu olho já encheu de lágrimas
- Pai? - atendi, com a voz embargada.
Do outro lado, a voz dele soava cansada, mas ele tentava soar firme.
- Minha filha, tá tudo bem aí? Quero que você fique calma, logo mais tô de volta, tá?
O som da voz dele quebrou a última barreira que eu estava segurando, e as lágrimas começaram a descer sem parar.
- Pai, tô com medo... Você tá bem? Fizeram alguma coisa com você?
Ele hesitou, mas respondeu com firmeza.
- Tô bem, filha... Fica tranquila, tá? Amanhã você vai me ver. Te amo, minha menina.
A ligação caiu, e eu fiquei segurando o celular, como se ele fosse minha última conexão com ele. Me encolhi na cama, chorando, até que o sono finalmente me venceu.
(...)
Fui arrancada do meu sono por uma dor aguda no abdômen e um peso em cima de mim. Abri os olhos e vi uma figura familiar, mas distorcida pelo susto e pela dor: Jéssica. O rosto dela estava tomado por um ódio que eu nunca tinha visto, e uma faca brilhava na mão dela.
- Por que você, hein? - ela sussurrava entre os dentes, enquanto pressionava a faca contra mim. - Ele sempre fala de você, até quando tá comigo. Você não merece ele, sua nojenta!
Eu gritei, o som ecoando pelo apartamento, enquanto tentava me debater, tentando impedir que ela fincasse a faca mais fundo. A dor era insuportável, e minha visão começou a escurecer.
De repente, ouvi passos apressados. Dk entrou no quarto com os olhos arregalados ao ver a cena. Ele não hesitou. Em um segundo, ele sacou a arma e atirou. O corpo de Jéssica tombou para o lado, o olhar dela congelado de surpresa.
Olhei para Dk, sentindo a fraqueza tomar conta de mim. Ele correu até mim, e foi então que eu senti o calor úmido da faca próxima ao meu peito. Minha visão escureceu, e a última coisa que vi foi o rosto dele, desesperado, me chamando enquanto eu desmaiava. ---