Capítulo 9🤯

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Dk🤯

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Dk🤯

Já percebi que algo tava estranho. Desde que a gente saiu do elevador e Ana Clara deu de cara com aquele moleque, ela ficou em silêncio, encolhida, o rosto pálido. Quando ele finalmente saiu, fui direto.

- O que tá pegando, Ana? - perguntei, tentando entender o que ela tava sentindo.

Ela só me olhou com os olhos cheios d'água, e começou a chorar, sem conseguir segurar nada.

- Só me abraça... - ela disse baixinho, e eu abracei forte. Ela tremia, e aos poucos o choro foi transformando ela em um peso mole nos meus braços.

- Qual é o apartamento da sua amiga? - perguntei, vendo que ela não ia conseguir ir sozinha.

- 23.

Assim que o elevador abriu, fui direto, toquei a campainha, e a amiga dela, Isa, abriu a porta. Quando ela viu Ana nos meus braços, o rosto da Isa se encheu de preocupação.

- O que aconteceu, Ana? - ela perguntou, apavorada.

Ana chorou mais, se encolhendo.

- Eu vi o Miguel... e ele falou comigo...

Isa franziu o rosto e puxou Ana pra perto dela, as duas se abraçaram e a Isa também começou a chorar. Eu só consegui observar. Não entendia nada, mas o peso daquele nome, "Miguel", me deixou alerta.

- Calma, amiga, tá tudo bem. Você tá protegida, só tá eu e o Dk aqui.

Vendo Ana começar a se acalmar, Isa me chamou de canto, e aí ela explicou.

- Esse Miguel deu bebida batizada pra Ana uma vez e tentou... ele tentou estuprar ela. Na verdade, ele enfiou o dedo nela enquanto ela tava desacordada, sabe? E ela nunca se recuperou disso direito.

Foi como se uma bomba tivesse explodido na minha cabeça. Meu sangue fervia e as mãos já cerraram em punho.

- Esse moleque mora aqui? - perguntei, sem pensar duas vezes.

- Mora... mas o que você vai fazer?

- Cuida da Ana e tranca a porta. Deixa comigo.

Ela só assentiu, vendo a minha cara. Quando passei perto da Ana, ela já dormia no sofá, exausta. Peguei o endereço do moleque com a Isa e fui pro morro.

Assim que cheguei, fui direto na boca atrás do Terror. Ele tava de pé, na postura de sempre, mas o olhar me parou na hora.

- Cadê minha filha? - ele perguntou direto.

- Tá na casa da amiga dela. Precisamos trocar uma ideia, patrão.

Ele viu minha expressão e ficou sério.

- Solta a voz.

- Não sei nem como te falar isso, mas descobri que um moleque tentou estuprar a Ana.

O Terror franziu a testa, a respiração pesada, enquanto a mão dele já buscava a arma na cintura.

- Cadê esse moleque?

- Mora no mesmo prédio da amiga dela, já tenho o endereço.

Ele nem pensou duas vezes.

- Vamos lá.

Chegamos no condomínio, e como não tinha porteiro, foi mole entrar. Fomos direto pro apartamento dele. Assim que ele abriu a porta, a gente já entrou. O moleque nos olhou assustado, sem entender nada.

- O que tá acontecendo aqui?

Terror deu um passo à frente, sem desviar o olhar.

- Conhece a Ana Clara?

- Conheço. Por quê?

Terror o encarou de cima a baixo.

- Ana é minha filha. Satisfação, Terror, dono da Rocinha. Você vai sair do seu apartamento de boa, e vai sumir. Espero que não seja necessário a gente fazer você entender.

O moleque tremia, sem saber o que responder.

- Mas o que vocês querem?

- Anda logo, antes que eu perca a paciência. - Terror olhou pra mim. - Dk, pega a Ana Clara e leva ela embora. Já resolvo isso aqui.

Eu só assenti. Saí rápido e voltei pro apartamento da amiga dela. Toquei a campainha, Isa abriu e me deixou entrar. Ana ainda tava deitada no sofá, mas quando me aproximei, ela acordou sobressaltada.

- Socorro! - ela gritou, num susto que me deu um nó no estômago.

- Calma, sou eu - disse suavemente, tentando acalmá-la.

Ela abriu os olhos e me reconheceu.

- Douglas... - Ela me abraçou, e começou a chorar de novo, com um alívio que eu sentia vibrar em cada palavra.

- Vem, vamos embora. Você precisa descansar nos braços da sua mãe. Ela tá te esperando.

Ana assentiu, ainda frágil. Peguei ela no colo, e ela se despediu da Isa antes de sairmos. No carro, ajeitei ela no banco, coloquei o cinto e fiz um carinho nos cabelos dela enquanto dirigia. Ela logo dormiu, como se aquele pesadelo tivesse finalmente acabado.

Assim que chegamos no morro, Camila já tava na porta. Parei o carro, tirei o cinto da Ana e a peguei no colo.

- Ela tá dormindo - disse, e vi o olhar aflito da Camila.

- Coloca ela no quarto, por favor.

Subi com ela nos braços e a deitei com todo o cuidado, enquanto Camila se deitava ao lado dela. Quando saí do quarto, não precisei pensar duas vezes. Fui direto pro galpão.

Cheguei e o Terror já tava lá, segurando o moleque, que agora tinha o olhar de um rato encurralado. E eu? Descontei cada pedacinho de ódio que tava entalado em mim.
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Amor Proibido - Entre Fogo e PólvoraOnde histórias criam vida. Descubra agora