DK 🤯
Tava tudo pronto. A missão de resgatar o Terror era a mais pesada que já fizemos até agora. Tava só eu, NG, e um bonde de vapores que sabiam que hoje era vida ou morte. O clima no carro era de silêncio, cada um concentrado, e só o som dos rádios quebrava o silêncio.
O lugar onde o Terror tava preso era praticamente uma fortaleza. Cheio de segurança, câmeras, e com uma energia que deixava no ar que ali não era lugar de amador. Mas nós não éramos amadores. Quando chegamos, cada um assumiu sua posição. NG ficou no comando com os vapores enquanto eu fui direto pro portão com mais dois.
A troca de tiros começou assim que entramos. Não tinha como evitar. Os seguranças eram muitos, e tão bem armados quanto a gente. Os vapores estavam na contenção, mas não era fácil avançar. Tiros ecoavam de todos os lados, e a adrenalina fazia o coração bater no ritmo das balas.
Eu fui pelo corredor principal com um vapor, enquanto NG e os outros vapores cercavam o prédio. Vimos dois seguranças bloqueando uma porta. Dei o sinal pro vapor e jogamos uma bomba de fumaça. Entramos na porrada com eles ali mesmo, e depois que desarmamos os dois, arrombamos a porta.
Lá estava o Terror. Ele tava magro, mas ainda tinha aquele olhar cheio de ódio e força. Assim que viu a gente, já deu aquele sorriso de canto.
Terror: Sabia que vocês vinham. Nunca me deixaram na mão.
DK: Acha que íamos te largar aqui, parceiro? Bora logo que o bagulho tá quente.
Pegamos o Terror e saímos da cela, mas não foi tão simples. Mais seguranças apareceram, e o tiroteio ficou ainda mais intenso. Era bala vindo de tudo quanto é lado. O Terror pegou uma arma de um dos seguranças que derrubamos e começou a atirar também. Foi um caos, mas conseguimos abrir caminho.
Chegamos no carro, arrancamos dali e fomos direto pro ponto onde o jatinho tava esperando. Só quando a gente tava no ar que o silêncio voltou. O Terror tava sentado no fundo, olhando pela janela, mas eu sentia o peso do olhar dele em cima de mim. Sabia que ele ia querer falar, e eu não tava errado.
Terror: E a Ana Clara? Tá cuidando dela, né?
Na hora engoli seco. Respirei fundo e falei a real.
DK: A gente terminou. Eu vacilei com ela.
Ele virou pra mim com uma expressão que eu nunca tinha visto antes. Levantou e veio direto pra cima, já me dando um soco.
Terror: Tu vacilou com a minha filha, DK? Tá tirando, porra?
Eu caí pra trás com o golpe, mas antes que eu pudesse reagir, ele já tava em cima de novo. Foi só os vapores que separaram a briga. NG também entrou no meio, segurando o Terror.
NG: Calma aí, parceiro! Resolve isso depois. Agora, tamo em missão.
Terror se afastou, mas dava pra ver que ele tava fervendo. Eu limpei o sangue do canto da boca e me sentei de novo, sem falar nada. Sabia que tinha vacilado, mas não dava pra resolver aquilo ali, naquele momento.
Chegando no Rio, eu fui pra casa. Precisava de um tempo sozinho. Entrei, tomei um banho demorado, tentando lavar não só o sangue, mas também o peso da missão e da conversa com o Terror.
Depois, fui pra varanda, acendi um baseado e fiquei ali, olhando pro morro. Pensando na vida, nos erros, e no que viria pela frente. O vento batia forte, trazendo o cheiro da noite do morro, e eu sabia que o pior ainda tava por vir.
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Terror 💣Liberdade. Só quem já perdeu sabe o valor que ela tem. Depois de tudo que passei, o único lugar que queria estar era aqui, no morro, com a minha família. Mas ao mesmo tempo, eu sabia que muita coisa tinha mudado. E quando o DK soltou que traiu a Ana, senti que minha missão tava longe de acabar.
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Amor Proibido - Entre Fogo e Pólvora
FanficEm meio aos becos sombrios do morro, Ana Clara e Dk vivem um amor proibido, inflamado pelo perigo. Ela é filha do dono do morro; ele, um vapor de confiança. Cada encontro é um risco, uma faísca que pode acender a fúria implacável de seu pai. Sabem q...