Isabela, de 25 anos, e Gabriel, de 26, são melhores amigos de infância. Isa se muda para o Rio de Janeiro pra se dedicar mais ao trabalho na Gabigol Store, e seu relacionamento atual acaba entrando em crise por isso, já que seu namorado não gosta da...
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Saudades.
Eu e Gabriel não nos vemos desde o aniversário, já que os pais dele ainda estão aqui e esses dias ele viajou pra jogar. Chegou ontem a noite e hoje nós finalmente vamos nos ver porque vamos pro show do Djavan.
E no dia do aniversário dele não rolou nada, primeiro, porque ele tava bêbado demais e também porque os nossos pais estavam em casa.
Já faz um mês desde a última vez que a gente... Enfim, a saudade tá matando.
–Calma aí, a entrada é pra cá.– O Gabriel segura a minha mão.
–Mas o nosso setor é aqui.– Eu aponto.
–Esse ingresso é simbólico, o Djavan é flamenguista e eu sou o Gabigol.– Ele diz como se fosse óbvio e me guia pra outra entrada.– Além do mais, eu não fico com os meros mortais.– Ele brinca no meu ouvido e eu dou risada.
–Você é ridículo.– Falo e nós dois rimos.
Nós dois caminhamos pelo backstage e eu tive que fingir costume com as nossas mãos dadas.
–Agora vem a parte dois da minha supresa, pra você ver que eu não brinco em serviço.– Ele diz no meu ouvido. Eu estranho. Alguns seguranças abrem espaço pra nós e logo entramos em um camarim.
E o Djavan estava lá dentro.
Acho que agora eu vou de arrasta. Sem brincadeira.
–Opa... Meu ídolo!– Djavan sorri ao olhar pro Gabriel.
Meu Deus. Como que o Gabriel não morreu ainda? O cara é uma lenda viva e tá chamando ele de ídolo.
–Que isso... Que honra.– Gabriel sorri e eles se abraçam.
–Essa aqui é a minha...– Gabriel olha pra mim. Parece se atrapalhar.
Pois é. Nem eu sei. Amiga? Ficante? Não tem nem um termo certo pra gente no momento.
–Essa é a Isabela.– Diz após ficar um pouco confuso.
Mais fácil assim.
–Tudo bem, Isabela? É um prazer.– Djavan sorri e me abraça.
–O prazer é todo meu. Eu sou uma grande fã.– Falo um tanto nervosa ao retribuir o abraço.
