Isabela, de 25 anos, e Gabriel, de 26, são melhores amigos de infância. Isa se muda para o Rio de Janeiro pra se dedicar mais ao trabalho na Gabigol Store, e seu relacionamento atual acaba entrando em crise por isso, já que seu namorado não gosta da...
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Meu Deus, eu pedi paz.
Eu não acredito que ele vai querer brigar agora. Eu tô morta. Ele literalmente acabou comigo ontem.
Foi de fato uma surra. Quase me matou. Honestamente? Eu amei.
E aí agora essa palhaçada. Não aguento mais. Alguma coisa sempre dá errado.
–Depois da gente transar e dormir junto, você tá na minha cama trocando mensagem com o PIQUEREZ?– O Gabriel diz indignado e se senta na cama. Eu bufo, passo as mãos pelo rosto e me sento na cama também.
–Nem começa a surtar, não tem motivo nenhum pra isso.– Eu já começo a falar e ele ri parecendo desacreditado.
–Isabela, você tá na MINHA CAMA trocando mensagem com outro cara. Porra, como que não tem motivo pra surtar?– Ele diz indignado.
–Gabriel, a gente não tava falando nada demais! Pelo amor de Deus, deixa de ser doido.– Eu falo indignada também. Já me estresso e levanto da cama, começando a catar as minhas roupas no chão e vestindo elas.
–Nada demais? Eu devo estar com cara de otario, né? Não é possível, mano. Chega a ser difícil de acreditar. Caralho, Isabela, eu sei que eu errei, me arrependi e te pedi desculpas. Você precisa sair fazendo essas coisas só por vingança? Você nem precisa disso, cara.– Ele diz indignado e eu reviro os olhos enquanto visto o meu vestido.
–Gabriel, olha só, você vai continuar agindo assim ou vai me deixar explicar? Se você for continuar insinuando que eu sou uma piranha que em uma noite dá pra você e no dia seguinte tá na sua cama conversando com outro, eu vou embora. Parece que você não me conhece, cara.– Eu falo indignada.
–Eu não tô insinuando nada, Isabela! É o que é! Ontem a gente transou e hoje eu acordo e vejo você conversando com esse cara. Esse teu negócio de vingança já tá ridículo. Se você me amasse mesmo, não estaria agindo assim.– Ele fala.
E isso me pega. Me pega muito. Passei tudo o que eu passei pra ele vir duvidar do meu amor por ele agora?
–Você tá se ouvindo? Meu Deus do céu, para de falar merda! Eu queria saber quando, nos 26 anos que a gente tem de amizade, eu fui desonesta ou desleal a você. NUNCA! Por que caralhos agora seria diferente?– Eu aumento o tom de voz e fico mais indignada ainda.
–Você não quer nem ouvir a minha justificativa! Só quer saber de apontar o dedo na minha cara como se eu fosse uma vagabunda.– Eu pego o meu celular em cima da cama pronta pra sair dali.
