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Não existe cenário em que eu conseguisse não estragar algo que é tão bom pra mim

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Não existe cenário em que eu conseguisse não estragar algo que é tão bom pra mim.



Eu tenho esse problema. Quando alguém é muito bom pra mim, eu afasto. Sempre dou um jeito de estragar tudo.



E se fosse qualquer outra mulher envolvida nisso comigo, eu com certeza arriscaria e escolheria ficar com ela. E seria egoísta a ponto de pedir pra que ela ficasse comigo. Mas não é qualquer uma, é a Isabela.




Eu não posso correr o risco de machucar ela, nunca me perdoaria por isso.




Na única vez na vida em que eu decidi deixar o egoísmo de lado, eu preciso entregar a mulher que eu amo na mão de outro cara.




E o pior foi ter que ouvir ela me dizendo aquilo tudo. Me confirmando que também estava sentindo algo. Me pedindo pra ficar. Me olhando com aqueles olhos lindos. E eu tive que mandar ela ir embora.



O que mais doeu foi isso. Ouvir tudo o que ouvi e ter que deixar ela ir. Deixar ela ir pensando que sentiu tudo sozinha. E é claro que não sentiu. Eu senti também, e senti pra caralho.



Já tem duas semanas desde que tudo aconteceu e ela não voltou pra casa até agora. O Fabinho disse que ela tinha falado que voltava hoje, mas semana passada ela disse a mesma coisa e depois desistiu de vir.



Não sei nem como agir quando ela voltar. Não sei ela prefere que eu finja que nada aconteceu, não sei se ela quer conversar... Mas torço pra que ela queira fingir que nada aconteceu. Ela nunca entenderia meus motivos, só machucaria ela ainda mais.




–Tô indo buscar a Isabela no aeroporto.– Fábio avisa ao descer as escadas.




Puta merda. Dessa vez ela veio mesmo.





–Gabriel, vê se se comporta, tá? Já deu merda o suficiente.– Ele pede e eu bufo.




–Eu vou ficar na moral, cara. Já falei. Sou a última pessoa no mundo que quer ver a Isabela mal.– Falo como se fosse óbvio e ele suspira. Sai de casa em seguida.




Eu aproveitei pra ir tomar um banho. Depois voltei pra sala e fiquei no sofá esperando eles chegarem.




–Olha a minha menina! Isa, que saudade!– Tia Rose é a primeira a se animar quando a Isabela e o Fabinho entram em casa. Eu olho pra porta e vejo ela ali, sorridente ao olhar pra tia Rose.




–Tiiia, que saudade.– As duas se abraçam.– Tenho tanta coisa pra te contar.– Isa comenta.




–Eu já fiquei sabendo de algumas... Noivinha do ano! Deixa eu ver esse anel.– Tia Rose se anima e olha o anel na mão da Isabela. Eu suspiro. Vejo o Fabinho olhando fixamente pra mim, acompanhando a minha reação.




VELHA INFÂNCIA- Gabigol.Onde histórias criam vida. Descubra agora