Sedução e Segredos Macabros!

Capítulo 12

 O Confronto Final.

A mansão dos Legrand estava silenciosa, a tensão no ar pesada e quase palpável. O grupo de amigos estava reunido na grande sala, todos cientes de que o encontro com o homem que havia os ameaçado estava prestes a acontecer. Jack, Ava, Isabelle, Luma, Charles e Lewis estavam ali, mas nenhum de seus olhares se encontrava; todos estavam tensos, absorvendo a realidade do que estavam prestes a enfrentar. O que antes parecia uma ameaça vaga agora era uma ameaça real, um pesadelo que se aproximava.

Jack mantinha uma postura fria e calculista, enquanto Ava, apesar da gravidez, estava ao seu lado, firme e pronta para o que quer que fosse. O celular de Jack vibrava com uma mensagem. Era do homem. O encontro estava marcado para aquela noite.

— É agora. — Jack disse com uma voz grave, olhando para Ava. Ela apenas assentiu, um brilho de determinação em seus olhos.

Quando o homem chegou, a porta da mansão foi aberta, e a silhueta de um homem alto e robusto apareceu na entrada. Ele entrou sem cerimônia, com os olhos fixos em Jack e Ava, seus passos ecoando no chão de mármore. Todos os amigos estavam presentes, mas a única coisa que importava ali era o olhar profundo e gélido que o homem direcionou a Jack e, depois, a Ava.

Ele não parecia estar ali apenas para fazer ameaças. Ele tinha um propósito. O silêncio na sala ficou ainda mais denso, como se o ar tivesse sido comprimido. O homem, com um sorriso torto e cheio de desprezo, olhou para Jack e então falou com uma voz suave, mas cheia de veneno.

— Vocês pensaram que poderiam escapar? — Ele riu. — Pensaram que o que fizeram com o meu filho ia ser esquecido?

Jack e Ava trocaram um olhar, e a tensão na sala se intensificou. O homem fez um gesto com a mão, e imediatamente, uma arma foi apontada na direção de Ava. Seus olhos se arregalaram, mas ela não se moveu. Jack, em pé ao lado dela, manteve a calma.

O homem se aproximou, seu rosto agora visivelmente contorcido em um misto de raiva e vingança. Ele olhou para Ava e então, com uma expressão de dor mal disfarçada, disse:

— Já imaginou, Jack, como é perder um filho? — Sua voz estava carregada de amargor. — Acho que vou fazer vocês sentirem um pouco do que eu senti.

Antes que Jack pudesse reagir, o som do disparo preencheu a sala. Ava gritou, o som cortante de dor ecoando no ambiente, e uma mancha vermelha começou a se expandir em sua blusa. Ela tombou para o lado, a mão indo automaticamente para o ombro atingido, seu rosto pálido pela dor.

Mas Jack não hesitou. Seu instinto de proteção foi imediato. Em um movimento rápido e preciso, ele agarrou a arma do homem, lutando para desarmá-lo. Com uma força imensa, Jack conseguiu tomar controle da situação. Ele atirou no homem, atingindo sua perna com precisão, fazendo-o cair no chão, gritando de dor.

— Você nunca deveria ter feito isso. — Jack rosnou, a raiva e a frieza dominando sua voz. Ele olhou para Ava, que ainda estava no chão, segurando seu ombro, com lágrimas nos olhos.

— Fica comigo, Ava, fique comigo. — Ele se abaixou ao lado dela, tirando seu celular e ligando para a ambulância e a polícia. Sua voz estava calma, mas o medo podia ser percebido em seus olhos. Ele não a perderia, não depois de tudo o que haviam passado juntos.

Enquanto a ambulância era chamada, os amigos de Jack e Ava correram para ajudar, mas ninguém se atrevia a se aproximar do homem caído, que agora gemia de dor, sua perna sangrando.

Ava, apesar do ferimento, estava tentando se manter consciente. Ela olhou para Jack, seu rosto pálido, mas com os olhos ainda firmes.

— Jack... — Ela sussurrou, sua voz fraca. — Eu... estou com medo.

Ele a abraçou, seu toque firme e protetor, e beijou sua testa com carinho.

— Não se preocupe, meu amor. Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de você.

Enquanto isso, o homem, que agora estava imobilizado, olhou para Jack, e seu olhar cheio de ódio não se apagava. Mas Jack sabia que aquilo não era o fim. A batalha estava longe de terminar, e com o peso das escolhas que haviam feito, ele estaria preparado para o que viesse a seguir. Eles haviam cruzado uma linha, e agora não havia volta.

Quando a ambulância chegou e os paramédicos começaram a cuidar de Ava, a polícia chegou logo em seguida, prontos para lidar com a situação. O homem, agora sendo preso, ainda se debatia, mas já não tinha mais o controle. Ele fora derrotado, mas o que se seguiria seria algo muito mais sombrio.

Jack, com Ava agora em segurança, se aproximou dos policiais e, com um olhar gelado, disse:

— Certifiquem-se de que ele nunca sairá.