Boss

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Eu nunca tinha feito fic, então relevem tá.
Ontem eu acordei querendo fazer uma adaptação e aqui estou.

Pov Bianca

No dia seguinte, quando chego ao escritório, todos parecem felizes. Cruzo com Fred e não posso deixar de sorrir. Ele e a chefe. Se eles soubessem que os vi... Mas, como não quero pensar nisso, vou até minha mesa e, enquanto ligo o computador, vejo que ele vem vindo.

- Bom dia, Bianca.

- Bom dia.

Fred, além de ser meu colega, é um sujeito muito simpático. Desde meu primeiro dia no escritório, ele tem sido um amor comigo e nos damos muito bem. Quase todas no trabalho babam por ele, mas, não sei por quê, em mim ele não surte o mesmo efeito. Será que não gosto dos caras meguinhos e sorridentes? Mas, claro, agora, sabendo o que sei e tendo visto como é bem-dotado, não posso deixar de olhá-lo de outra forma enquanto tento não gritar: "Garanhão!"

- Está sabendo que hoje à tarde tem reunião geral?
- Aham.
Como era de se esperar, ele sorri, segura meu braço e diz:
- Vem, vamos tomar um café. Sei que você adora um cafezinho e uma torrada da cafeteria.
Sorrio também. Como me conhece, esse desgraçado... Além de simpático e gato, o cara não deixa passar uma. Isso, somado a seu sorriso constante, é o grande atrativo de Fred. Sempre gentil. É assim que ele enrola todas na conversa.

Quando chegamos à cafeteria do nono andar, vamos ao balcão, fazemos os pedidos e nos dirigimos à nossa mesa. Digo "nossa mesa" porque sempre sentamos ali. Paco e Raul se juntam a nós. Um casal gay com o qual me dou muito bem. Como sempre, me dão um beijinho no pescoço e me fazem rir. Começamos a conversar e eu logo me lembro do que vi na noite anterior no estacionamento. Fred e a chefe! Que trepada insana, e bem na minha frente. Que menino-prodígio, esse meu colega!

- O que houve? Você parece distraída - pergunta Fred.

Sua abordagem me desperta. Olho para ele e respondo, tentando esquecer as imagens que surgiam na minha mente:

- Estou meio fora do ar, eu sei. Minha gatinha está cada dia mais fraquinha e...

- Que pena, a luete - murmura Paco, e Raul faz uma cara compreensiva.

- Ah, sinto muito, querida - responde Fred, enquanto segura minha mão.

Por alguns instantes conversamos sobre meu gato e isso me deixa ainda mais triste.
Adoro a Lua e, inevitavelmente, a cada dia que passa, cada hora, cada minuto, seu tempo de vida diminui. É algo que aprendi a admitir desde que o veterinário me alertou, mas ainda assim me dói. Me dói muito.
Logo minha chefe chega, rodeada por vários homens, como sempre. É uma galinha!
Fred a vê e sorri. Eu fico quieta. Minha chefe é uma mulher muito atraente. Cá entre nós, uma cinquentona poderosa, uma morena cheia de si, solteira mas não solitária, e que dizem ter vários casos na empresa. Cuida-se como ninguém e vai todo dia à academia. Ou seja, ela gosta... que gostem dela.

- Bianca - me interrompe Fred.
- Falta muito?

Volto a mim e deixo de olhar minha chefe para olhar meu café da manhã. Bebo um gole de café e respondo:

- Terminei!

Nós quatro nos levantamos e saímos da cafeteria. Temos de começar a trabalhar.
Uma hora mais tarde, após tirar umas cópias e finalizar um documento, me dirijo à sala da minha chefe. Bato na porta e entro.

- Aqui está o contrato pronto para a sucursal de Albacete.
- Obrigada - responde secamente enquanto passa os olhos pelo documento.

Como de hábito, fico parada diante dela à espera de suas ordens. O cabelo da minha chefe é lindo, tão ondulado, tão cuidado. Nada a ver com meu cabelo castanho escuro e liso que
costumo prender num coque no alto da cabeça. O telefone toca e antes que ela me olhe eu atendo.

The Boss / RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora