Arquivo

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Ansiosas para os próximos capítulos?
Preparem o coração 💓.

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— Tudo bem, senhorita Andrade. Vamos deixar que eles se divirtam — me sussurra.
Quero morrer!
Que vergonha!!
Instantes depois, não se ouve nada exceto o som das bocas e línguas deles dois se encontrando. Assustada com aquele silêncio incômodo, espio pela abertura da porta do arquivo e tapo a boca ao ver minha chefe sentada sobre sua mesa e Fred acariciando-a. Minha respiração se acelera e Kalimann sorri. Passa a mão pela minha cintura e me puxa ainda mais para si.
— Excitada? — pergunta.
Olho para ela e não digo nada. Não pretendo responder essa pergunta. Estou envergonhada pelo que estamos presenciando juntas. Mas seus olhos curiosos se cravam
em mim e ela aproxima sua boca da minha.
— O futebol a deixa mais excitada do que isso? — insiste.
Ai, Deus! Ela é que me deixa excitada. Ela, ela e ela.
Como não ficar excitada com uma mulher como essa em cima de mim e diante de uma situação como essa? Que se dane o futebol! No fim, volto a fazer que sim com a cabeça como um bonequinho. Que sem-vergonha eu sou.
Kalimann, ao me ver tão alterada, também move a cabeça. Espia pela fresta e me arrasta até ficarmos as duas diante do vão da porta. O que vejo me deixa sem palavras.
Minha chefe está de pernas abertas sobre a mesa, enquanto Fred passeia sua boca com vontade no meio das coxas dela. Fecho os olhos. Não quero ver isso. Que vergonha!
Instantes depois, a alemã, que continua me segurando com força, me empurra de novo contra o arquivo e me pergunta ao pé do ouvido:
— Está assustada com o que vê?
— Não... — Ela sorri e eu acrescento, cochichando:
— Mas não acho certo a gente ficar espiando, senhora Kalimann. Acho que...
— Espiá-los não vai nos fazer mal e, além do mais, é excitante.
— É minha chefe.
Faz um gesto afirmativo e, enquanto passa sua boca por minha orelha, sussurra:
— Eu daria tudo para que fosse você que estivesse em cima da mesa. Passearia minha boca por suas coxas, para depois enfiar minha língua dentro de você e te possuir.
Boquiaberta.
Perplexa.
Alucinada.
Mas... o que foi que essa mulher disse?
Impressionada e absurdamente excitada, me preparo para dar uma resposta atrevida quando, de repente, todo meu corpo reage e eu sinto meu ventre se contraindo. O que
essa mulher acaba de dizer está mexendo comigo e eu não consigo disfarçar, por mais grosseiro que tenha sido o comentário dela. Então, o percurso de seus lábios se detém diante da minha boca. Sem tirar os olhos de mim, põe para fora sua língua molhada, passa por meu lábio superior, depois pelo inferior e, finalmente, me dá uma leve e doce
mordidinha no lábio.
Não me mexo. Não consigo nem respirar!
Ao ver que estou ofegante, volta a esticar a língua e, sem pensar, eu abro a boca.
Quero mais. Suas pupilas se dilatam. Confiante, enfia a língua na minha boca e, com uma habilidade que me deixa atordoada, começa a movê-la até me fazer perder os sentidos.
Esquecendo tudo, correspondo a suas exigências e em seguida sinto que sou eu quem se aperta contra seu peito em busca de algo mais. Me deixo levar pelo meu desejo. Durante alguns segundos, nos beijamos apaixonadamente no mais absoluto
silêncio, enquanto escutamos os gemidos da minha chefe. Meu corpo treme ao contato de seu corpo. Sinto suas mãos agarrando minha bunda e tenho vontade de gritar... mas
de prazer! Logo retira sua língua da minha boca e, sem tirar de mim seus olhos verdes, pergunta:
— Janta comigo?
Volto a balançar a cabeça, mas desta vez para negar. Não pretendo jantar com ela. É a BOSS, a dona da empresa. Mas minha resposta não parece agradar, e ela afirma:
— Sim. Você vai jantar comigo.
— Não.
— Gosta de me contrariar?
— Não, senhora.
— Então?
— Não janto com chefes.
— Comigo sim.
Sua proximidade é irresistível, e o novo ataque à minha boca é ... E, quando consegue me ter derretida em suas mãos, tira novamente a língua da minha boca e insinua um sorriso. Adoro essas
insinuações!
Sem fala e perturbada, eu a encaro. Que merda estou fazendo? Sem se mexer um milímetro sequer, pega do bolso um Blackberry preto e começa a digitar. Minutos depois, ouço baterem na porta da minha chefe, ao mesmo tempo que ela me pede silêncio.
Fred e minha chefe se recompõe rapidamente e eu não consigo deixar de me surpreender com sua capacidade de reação. Segundos mais tarde, Fred abre.
— Desculpe, senhora Versiani — diz uma voz que não reconheço. — A senhora Kalimann quer tomar um café com a senhora. Está esperando na cafeteria do nono andar.
Através da porta entreaberta e ainda com a alemã em cima de mim, vejo Miguel indo embora e minha chefe tirando uma nécessaire de uma das gavetas de sua mesa. Retoca o batom rapidamente e, depois de ajeitar o cabelo e a roupa, sai da sala. Nesse momento, sinto que a pressão dessa mulher sobre mim diminui, e ela me solta.
— Ouça, senhora Kalimann... Mas ela não me deixa falar. Volta a pôr um dedo na minha boca. Sinto vontade de mordê-lo, mas me contenho. E, após abrir as portas do arquivo, me olha e diz:
— Tudo bem. Não nos trataremos por “você”. — Caminha até a porta e acrescenta com uma segurança esmagadora:
— Passo na sua casa às nove. Esteja linda, senhorita Andrade.
E eu fico olhando para a porta como uma idiota.
Mas qual é a dessa mulher?
Quero gritar “não!”, mas, se eu fizer isso, o escritório inteiro vai me ouvir. Cheia de calor e agitada, saio do arquivo e, enquanto caminho até minha mesa, meu celular apita.
Uma mensagem. Abro e fico espantada quando leio:
“Sou sua chefe e sei onde a senhorita mora. Nem pense em não estar pronta às nove em ponto.”

Gostaram!
Tempera e tempera e essa comida nunca tá boa pra comer...kkkkk

The Boss / RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora