Chloe sentou-se no chão, respirando fundo e fechando os olhos enquanto mergulhava mais uma vez na mente de Embry. Precisava empurrá-lo ao limite, despertar o potencial druidico que ainda dormia nele antes de completar o ritual. Dessa vez, porém, sentia que estava ficando sem tempo e, principalmente, sem forças. Sabia que Embry resistiria com todas as suas forças, mas isso só tornava tudo mais... interessante.
Dentro da mente de Embry, o cenário era sombrio e opressor, um reflexo dos sentimentos de confusão e angústia que ele vinha enfrentando. No canto mais escuro, lá estava ele, encolhido, os olhos castanhos fixos em Chloe com uma mistura de medo e ódio.
_ Por que você está fazendo isso comigo? Quem diabos é você? - Embry perguntou, sem mover um músculo, mas a tensão em seu corpo deixava claro que estava prestes a explodir.
Chloe apenas o observou por um momento, os lábios formando um sorriso frio e calculado. Caminhou lentamente em direção a ele, a voz baixa e sem um traço de remorso.
_ Infelizmente, não posso te contar todos os detalhes, Call. Mas digamos que você é apenas um meio para um fim... um caminho para minha liberdade.
Embry recuou ao vê-la se aproximando, seu corpo encolhido em pura defesa. O olhar de Chloe se suavizou por um breve instante, e ela sussurrou:
_ Eu sinto muito, Embry... Não pense que sou uma pessoa ruim...
Mas antes que pudesse terminar a frase, Embry avançou, jogando-se sobre ela com um movimento rápido e feroz, as mãos firmes e quentes apertando seu pescoço.
_ Sua bruxa maldita! - Ele cuspiu as palavras, os olhos ardendo de raiva.
Chloe arqueou uma sobrancelha, mesmo sob o aperto dele, mantendo o tom sarcástico.
_ Prefiro que me chame de Mágica, sabe? "Bruxa" é meio... pejorativo.
A resposta dela só o enfureceu mais, e ele pressionou o pescoço dela com mais força, inclinando-se sobre ela, os dentes cerrados.
_ Reverta o que você fez comigo. Ou eu quebro seu pescoço agora mesmo, desgraçada.
Chloe soltou uma risada baixa, embora seu rosto estivesse ligeiramente empalidecendo pela falta de ar.
_ Vá em frente... não tem... como... me matar... completamente. Eu sempre vou voltar, bonitinho.
Antes que pudesse completar a frase, Embry girou a mão ao redor do pescoço dela com uma força brutal, e um estalo ecoou pela mente dele, como o som de um galho quebrando. Chloe, do lado de fora da mente de Embry, sofreu o impacto da quebra. Seu corpo enrijeceu, e ela tombou, sem vida.
Max, que a observava em silêncio, pulou a tempo de segurá-la antes que seu corpo caísse com tudo no chão. Ele a deitou com cuidado no sofá, sentindo um misto de preocupação e irritação.
_ Merda, Chloe... o que você aprontou agora? - murmurou ele, enquanto a ajeitava, observando seu rosto sem expressão. Embora soubesse que a morte dela não era definitiva, a visão ainda o incomodava.
Max pegou sua irmã nos braços e a carregou até a cama. Já era a terceira vez naquele mês que Chloe caía inconsciente por uma "morte temporária". Ele sabia como funcionava — um Leclair não morria facilmente, apenas uma lâmina específica, uma adaga ancestral de sua mãe, Amélie Rousseau Leclair, podia realmente colocar um fim neles. E até o momento, ela estava bem longe daquela adaga.
O tempo passou devagar, mas logo Chloe deu um leve sobressalto, os olhos se abrindo devagar. Ela piscou, se recuperando da "morte" recente, e soltou um suspiro de exaustão.
_ Você realmente precisa parar de brincar com fogo, Chloe - Max disse, cruzando os braços e fitando-a com um olhar de repreensão.
Chloe suspirou, sentando-se mais ereta na cama, enquanto Max a observava com um misto de preocupação e exasperação. Ela ainda sentia uma leve dor no pescoço, resultado da força bruta que Embry havia usado contra ela. Esse druida escondia mais poder do que ela havia previsto.
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Encantos
Fiksi PenggemarChloe Leclair era uma das magicas mais rebeldes do clã, mas não do jeito que você esta pensando, Chloe era a única magica que queria liberdade depois de 300 anos presa a magia do clã Leclair, ela queria finalmente viver sua vida. Embry Call, o meta...