Jealousy Jealousy // Jegulus & Rosekiller (tradução)

23. Esboços

Evan

Evan está congelado no lugar. Ele está na porta do dormitório e sente que não consegue se mover. Ele está olhando para Barty, que está de costas para Evan e o caderno de esboços de Evan em suas mãos.

Se ao menos Evan não se atrasasse para voltar ao dormitório.

Se ao menos ele não tivesse encontrado os amigos ao voltar da ala hospitalar.

Se ao menos Madame Pomfrey não tivesse forçado Barty a ir embora.

Se ao menos o carnívoro escalador Itius não tivesse mordido Evan.

Se ao menos Barty não tivesse visto as Rosas Solitárias.

Se ao menos Barty não tivesse visto que Evan estava tenso.

Se ao menos Evan não tivesse pegado seu caderno de desenho para olhar os esboços de Barty.

Se ao menos ele não tivesse acordado sozinho.

Estaria tudo bem se Evan tivesse acordado dez minutos depois.

Naquela manhã, quando Evan acordou, ele estava sozinho. Sua cabeça latejava e ele estava confuso, Barty dormiu lá com ele, não foi?

Ansiedade de repente o encheu enquanto flashes da noite apareciam diante de seus olhos. O que ele tinha feito? Ele tentou juntar suas memórias.

A festa. Ele estava com Emmeline, mas queria estar com Barty.

Ele continuou seguindo-o, implorando para que ficasse junto, abraçando-o. Ele passou as mãos sobre o rosto, querendo que a cama o engolisse e desaparecesse.

O terreno. Ele tinha saído com Barty, mas suas memórias ficaram nebulosas.

Ele de repente se levantou de um pulo. A compreensão o atingiu.

Ele disse a Barty que o amava.

E Barty não respondeu.

Ele começou a entrar em pânico ao lembrar como ele tinha continuado insistindo, reiterando isso, mesmo depois de Barty ter dito que eles eram apenas amigos. Ele até implorou para Barty dormir com ele.

Ele estava em pânico total e se xingando a essa altura. Ele bebeu demais, não deveria.

E agora Barty estava se distanciando, claro que estava. Ele certamente estava desconfortável.

Ele tinha arruinado tudo.

Mas ele podia culpar o álcool, brincar sobre isso e continuar como se nada tivesse acontecido. Sim, ele decidiu, ele faria isso.

Ele viu seu caderno de esboços dentro da bolsa na mesa. Olhando para os esboços, ele se viu lamentando algo que não existia, a mera possibilidade de estar com Barty. Ele pensou que deveria destruir todos eles e tentar seguir em frente.

Enquanto seus pensamentos continuavam girando, a porta se abriu e Barty apareceu.

"Bom dia", Barty sorriu. "Como você está se sentindo? Eu trouxe o café da manhã para você".

Evan fechou rapidamente o caderno de desenho e o colocou atrás dele na cama.

Ele olhou para Barty atentamente, procurando por algum traço do que ele estava pensando, mas não conseguiu encontrar nenhuma pista. Barty estava sorrindo, ele parecia seu eu normal.

O sorriso de Barty vacilou, "Você está bem?", ele disse, caminhando até ele. Evan assentiu, olhando para suas mãos, incapaz de olhar para ele.

"Estou feliz que você se sinta melhor."