Chris e Sam sempre foram inseparáveis, desde os flertes de "brincadeira" até as confidências nas madrugadas. Entre risos, trocas de olhares e momentos que pareciam roubados do tempo, ambos guardavam um segredo que crescia como uma chama silenciosa:...
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– O que deu em você pra abrir a janela a essa hora? – Perguntei, lançando um olhar de falsa indignação para o garoto ao meu lado. Ele sorriu daquele jeito despreocupado, os dedos traçando linhas invisíveis nas minhas costas. O ar fresco da madrugada entrava pela janela enquanto a lingerie laranja repousava esquecida no canto do quarto. – São cinco da manhã, nem acredito que não dormimos ainda – Acrescentei, soltando um suspiro.
– Logo o sol vai nascer, e você precisa aprender a apreciar essas coisas. – Ele se voltou para mim, com aquele brilho travesso nos olhos. – Ah, e tem mais uma coisa. – Chris se esticou até a gaveta ao lado da cama e puxou algo. Quando se virou, ergui o olhar curiosa. Ele segurava um envelope.
– Semana que vem vamos pra Boston. E você vai com a gente! – Abri o envelope devagar, o coração já acelerado. Dentro estava uma passagem.
– Chris... – Sussurrei, olhando para ele, sem acreditar que ele fez aquilo.
– Você não foi visitar sua família no final do ano. Sua mãe reclamou pra minha que sente sua falta.
– Eu queria ir, mas tenho aulas... – Tentei argumentar, embora já sentisse minha desculpa derretendo com o jeito confiante dele.
– Falei com o Tyler. Ele vai providenciar uma licença pra você assistir às aulas online por alguns dias. – Ele me lançou um sorriso de quem já sabia que tinha vencido.
– Ele pode fazer isso?
– Disse que consegue. – Chris deu de ombros, como se resolver toda a minha vida fosse a coisa mais simples do mundo. Olhei novamente para a passagem, tentando encontrar uma última objeção.