Chris e Sam sempre foram inseparáveis, desde os flertes de "brincadeira" até as confidências nas madrugadas. Entre risos, trocas de olhares e momentos que pareciam roubados do tempo, ambos guardavam um segredo que crescia como uma chama silenciosa:...
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Boston, Massachusetts, 23 de dezembro de 2022.
Desde que meus pais se separaram, os finais de ano tem sido diferentes, eu não me sinto mais tão empolgada com o natal quanto antes. Não que viver com a minha mãe seja horrível, mas não é a mesma coisa. Olhando ela e George embrulhando os presentes enquanto meus irmãos dormem me faz sentir falta de me sentir parte de uma família.
Minha mãe construiu uma nova família, meu pai se casou novamente, e eu sou o meio termo entre os dois, presa no passado e tentando me encaixar em algum lugar.
Olhei pela janela, uma nevasca veio com força no meio de dezembro, foi inevitável não pensar em Chris vendo os flocos se acumulando na janela, ele ama a neve, se estivesse aqui tenho certeza que estaríamos fazendo algo juntos lá fora. Desde que ele e os irmãos se mudaram para Los Angeles eu tenho passado mais tempo em casa. Só saio com Nicole de vez em quando, e com Nate quando tem os jogos na faculdade. Mas nenhuma amizade jamais vai ter o lugar de Chris em minha vida, e eu odeio que ele esteja do outro lado do país agora.
– Filha, pode atender? – Olhei minha mãe um pouco confusa. – A porta... – George soltou uma risada.
– Samantha e seus devaneios... – Ouvi a campainha então me levantei, abrindo a porta devagar, e ali, debaixo de um enorme casaco, está a razão do meu coração acelerado e o sorriso enorme que surgiu no meu rosto.
– CHRIS! – Gritei me jogando nos seus braços, fazendo nós dois cair quando ele escorregou na neve.
– Samantha, sempre bambeando as minhas pernas. – Ouvi ele dizer, ainda com o rosto enfiado no seu peito, suas mãos se apertaram mais em volta da minha cintura. – Também senti sua falta. – Falou erguendo meu rosto.
