A vida diante os meus olhos.

357 80 100
                                    

Gustavo Ribeiro.

Ela desmaiou.

Eu havia falhado como sempre, por que caralhos eu nunca consigo fazer nada certo? O que eu queria era salvá-la e e agora ela estava sentindo dor por minha culpa!

Tudo o que eu podia fazer era acelerar e acelerar.

— Gustavo... eu não consigo mais! - A amiga de Isabella diz entre choros, a garota era fraca para conseguir pressionar o sangue.

— Você sabe dirigir? - Pergunto rapidamente sem tirar o pé do acelerador.

— N-Não. - A garota diz e eu sinto que era aquilo ou nada.

— Aprenda agora. Você vai precisar comandar o carro enquanto eu tento estancar a ferida. Coloque na cabeça que é isso, ou Isabella está morta! - Digo e rapidamente olho pra garota, o olhar dela transmitia medo e nervosismo.

— Agora porra! - Digo e Heloísa sai do transe, apenas aceitando, me levanto do banco do motorista com o carro ainda em movimento e vou para o banco de trás, em questão de segundos a garota já estava lá na frente tagarelando em como fazia para dirigir.

— Faz o que a sua intuição manda! Só não nos mate! Temos algum tempo! - Grito enquanto amarro a perna da Isabella e coloco meus dedos em baixo do nariz dela, ela estava respirando, mas não por muito tempo.

Aperto o mais forte que posso para fazer que não vaze muito sangue, Heloísa parecia estar dirigindo um carro de bate bate e tudo piorava.

Eu suava frio, não por medo de que batesse o carro, e sim que o motivo da minha vida morresse antes de mim.

Meus olhos fixaram com os de Isabella que estavam fechados, a garota estava cada vez mais branca, finalmente termino o no na perna dela.

— Troca comigo de novo! - Digo e em questão de segundos a ação feita a minutos atrás estava desfeita, cada um em seus lugares iniciais.

O carro de ph se aproxima ao meu, estando lado a lado.

— Você sabe pra onde temos que ir. - Ele diz e rapidamente eu piso no acelerador, ph ficando atrás novamente.

— Gustavo... - Ouço a voz de Isabella, ela chamar o meu nome foi o suficiente pro meu coração bater como tambor e cada vez eu me tremer mais.

— Concentra em não deixar ela apagar novamente, a sacuda se necessário! - Digo para a Heloísa.

Isabella Parker.

Gustavo mantinha a expressão fria, mas sua respiração pesada denunciava a tensão. Seus dedos seguravam o volante com força, os nós das mãos esbranquiçados enquanto ele desviava habilmente dos carros na estrada.

Heloísa já não pressionava mais a minha perna, ao olhar para a ferida, pude observar o sangue quente.

— Droga, Gustavo, acelera mais! — ela gritava, com o tom de desespero evidente.

Meu corpo tremia, e uma sensação de fraqueza tomava conta de mim.

A dor era excruciante, mas o que me atormentava mais era o silêncio. Eles sabiam o que estava acontecendo, mas ninguém falava comigo. Por quê?

— Gustavo, o que está acontecendo? Quem estava na casa? — tento perguntar novamente, minha voz saindo em um sussurro.

Ele não responde.

Em vez disso, acelera mais, o carro ziguezagueando pela estrada escura.

Finalmente, ele pega um atalho de terra que parecia levar a lugar nenhum.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: a day ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Entre luxos e simplicidade.Onde histórias criam vida. Descubra agora