Capítulo 20

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Este capítulo é dedicado à menina Patrícia, porque ela hoje faz aninhos!
Eu espero que tenhas um dia maravilhoso e já agora que gostes do capítulo!
Love you <3 

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"As melhores e mais bonitas coisas no mundo não podem ser vistas ou tocadas, elas devem ser sentidas com o coração." - Helen Keller

P.O.V Harry

Eu sempre adorei o mar.

Lembro-me da minha infância em Holmes Chapel, no orfanato da menina Margarett, e de quando chegava a altura de ir à praia. Percorríamos 53 km e ao fim de uma hora estávamos na praia mais próxima em New Brighton.

As outras crianças divertiam-se a fazer castelos na areia, a apanhar conchas ou a brincar na água, mas eu ficava sentado na areia a olhar o mar.

Alguns miúdos achavam-me estranho, no entanto eu não me importava. Eu gostava de ficar ali quieto a olhar as ondas quebrarem na areia.

Aí, a minha mãe do coração sentava-se ao meu lado e dizia:

-O mar é uma metáfora perfeita para a vida. Repara, a água toda do mar não pode afundar um navio, a não ser, claro, que entre nele. Do mesmo jeito, a maldade do mundo nunca te derrubará, a menos que deixes a maldade ficar dentro de ti.

A Alicia sorriu após eu ter citado as palavras da minha mãe. Depois deitou a cabeça no meu ombro, enquanto olhávamos a maré.

-Parece uma mulher fantástica, Harry.

-Ela era. – Depositei um beijo no topo da cabeça da Ali e envolvi os meus braços à volta do seu corpo que estava aninhado no meu.

À nossa frente, um sol tímido começou a aparecer na linha do horizonte, exibindo os seus primeiros raios.

-Temos de ir, Harry. – A Ali sentou-se ao meu lado e bocejou. Eu ri. – Não dormimos nada!

Levantei-me do areal e estendi a mão à rapariga linda de cabelos despenteados. Pegamos nas nossas coisas, sacudimos os pequenos grãos de areia das nossas roupas e saímos da praia.

Entrelacei os meus dedos nos da Ali e juntos caminhamos pela adormecida Coney Island. Apesar de todos os carrosséis estarem ainda desligados, aquele sítio era mágico.

-Temos de voltar cá com o pessoal. – Concordei, sorrindo.

Finalmente chegamos à estação de metro, onde entramos no metro da linha D que nos levaria de volta a Soho.

Durante a viagem, tiramos algumas fotografias e partilhamos os meus fones para ouvir música.

O metro parou e nós saímos na estação do bairro.

Ao meu lado a Alicia começava a cambalear um pouco e a dificuldade em manter os olhos abertos era evidente. Por isso, sem ela estar à espera, peguei-a às cavalitas, fazendo-a dar um pequeno grito de surpresa.

-Está bem instalada?

-Muito bem! Obrigada, menino Harry. – Ela deitou a cabeça nas minhas costas e eu depositei um pequeno beijo no seu braço que me agarrava para não cair. –Para onde vamos?

Ponderei durante um tempo enquanto avançávamos pelas ruas que agora começavam a encher pouco a pouco.

-Bem, tu precisas de dormir, por isso, podemos ir para minha casa...Acho que não entro na tua sem ser barrado. – Comecei a rir, mas senti a Ali ficar tensa com a minha brincadeira e insultei-me mentalmente por ser tão inconveniente.

Once in a LifetimeWhere stories live. Discover now